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Por trás da reaproximação entre Edmundo e Roberto Dinamite, que veio a público na madrugada de ontem, durante a comemoração do título da Copa do Brasil, para convidar o ídolo para realizar uma partida de despedida com a camisa do Vasco, existe a negociação do perdão de uma dívida na ordem de R$ 1,8 milhão.

Cerca de um mês atrás, o advogado do ex-jogador, Luiz Roberto Leven Siano, e o vice-presidente de futebol, José Hamilton Mandarino, se reuniram para discutir a divida que o clube de São Januário possui não apenas com Edmundo, mas também com outros ex-jogadores, como Euller e Donizete.

Outros encontros aconteceram e o distanciamento de Edmundo do clube entrou em pauta. O nome do ex-atacante ainda é gritado pela torcida na arquibancada, mas, apesar disso, o atual comentarista se mantém afastado de São Januário desde que a diretoria o dispensou no fim de 2008, após a queda para a Série B.

Por conta de um atraso este ano no pagamento da dívida trabalhista referente ao acordo traçado em janeiro de 2008, quando Edmundo foi contratado ainda pelo presidente Eurico Miranda, o jogador obteve o direito de reclamar na Justiça o pagamento de R$ 1,8 milhão. Mas abriu mão do valor por conta dessa reaproximação com a diretoria atual.

A partir disso, surgiu a ideia da disputa de um jogo de despedida. A declaração de Roberto Dinamite ontem não o pegou, mas Edmundo já havia deixado claro à diretoria que não gostaria de receber a homenagem antes de agosto, quando a eleição do clube vai acontecer, para que não tenha qualquer interferência no resultado.

O perdão da dívida caiu como uma luva para os cofres vascaínos. Com a conquista da Copa do Brasil, o clube já trabalha com a previsão de um aumento nos investimentos no futebol para a Libertadores. Menos R$ 1,8 milhão faria muita diferença.

Fonte: Terra