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Festa vascaína entra pela madrugada na Zona Sul do Rio
Quinta-feira, 09/06/2011 - 01:47
Eram gritos e cantos que estavam entalados na garganta desde 2000. O torcedor vascaíno soltou a voz para desabafar e comemorar tudo o que podia na conquista da Copa do Brasil 2011. No Baixo Gávea, um dos tradicionais locais de boemia da Zona Sul carioca, não foi diferente. A festa tomou conta de cerca de 100 vascaínos presentes, aos gritos de "Casaca!Casaca!", do hino vascaíno e do samba-enredo feito pela Unidos da Tijuca em 1998.
O lema usado no momento mais dramático do clube carioca era repetido à exaustão: "O sentimento não pode parar", afirmava a jovem Ana Carolina, 26 anos, acompanhada das amigas Marcele, 25, e Ana Paula, 26. "É o Trem-Bala da Colina, agora vamos para a Libertadores", completou.
"É um sentimento difícil de explicar. É um momento mágico depois de muitos anos sem títulos", destacava Pedro Mello, 26 anos, enrolado na bandeira do clube da Colina. "É um sentimento enorme de poder ver o Vasco voltar a ser aquele time de antes de 2000, que ganhava tudo", explicava Pedro Henrique, 23 anos. Os dois frisam que a disposição do time comandado por Ricardo Gomes tem que prosseguir no Campeonato Brasileiro. "Não tem que mudar nada", ressaltou Pedro Henrique, ao ser questionado se mudaria alguma coisa no elenco.
Entre todos os ouvidos pela reportagem do SRZD, um sentimento de gratidão pelo presidente do clube, Roberto Dinamite. Leila Barbosa Fonseca, de 65 anos (também agarrada ao pavilhão vascaíno), não queria saber de esquecer os anos de gozações por parte das torcidas adversárias. Em especial a rubro-negra: "Nós ganhamos a Copa do Brasil e agora vamos para a Libertadores. E ganhamos jogando, não foi por pênalti. Não adianta ganhar uma coisa se não vão para a Libertadores".
Ela diz que viu Dinamite nascer no Vasco: "Ele é meu ídolo. Viemos da segunda divisão e agora estamos aqui, campeões". Perguntada se, com a conquista da Copa do Brasil, o Vasco pode até deixar o Brasileirão de lado: "Podemos brincar no Brasileirão". Até serem rebaixados de novo, dona Leila?: "Não, aí não, rebaixados não".
Fonte: SRZD