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R. Caetano diz que quando chegou ao Vasco o cenário era 'arrasador'
Quarta-feira, 08/06/2011 - 09:40
A torcida que festejar nesta noite o inédito título da Copa do Brasil dificilmente se lembrará dos nomes de Rodrigo Caetano ou Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho.
Mas os dois tiveram papel fundamental na construção dos elencos de Coritiba e Vasco, que decidem quem será o primeiro representante do país na Libertadores-2012.
O time carioca venceu o jogo de ida por 1 a 0 e será campeão mesmo se perder por um gol, caso marque ao menos uma vez nesta noite.
Um título será a volta por cima do Vasco após passagem pela Série B do Brasileiro. Curiosamente, o Coritiba trilhou o mesmo caminho.
E foi justamente após o descenso que os dois clubes decidiram dar poderes para aqueles que se transformaram em seus homens fortes.
Com auxílio de Carlos Leite, empresário do técnico Mano Menezes e então figura forte no clube, o Vasco contratou o valorizado dirigente Rodrigo Caetano, que trabalhara na reconstrução do Grêmio após o descenso.
"Quando cheguei aqui, em janeiro de 2009, o cenário era arrasador. Tínhamos só oito ou nove atletas, e o primeiro salário do ano só saiu no meio de março", afirmou o diretor-executivo de futebol.
Ex-jogador de pouco sucesso, Caetano assinou contrato inicial de dois anos e recebeu autonomia para contratar e dispensar jogadores.
Com as finanças mais aliviadas, trouxe neste ano nomes caros, como Diego Souza, Felipe e Juninho Pernambucano (que ainda não estreou). A folha salarial, que era de aproximadamente R$ 1 milhão em 2009, dobrou.
"Nunca tive interferência do presidente [Roberto Dinamite]", disse o dirigente, que já foi cogitado para assumir posto na CBF e pode ir para o Fluminense em breve.
Assim como o Vasco, o Coritiba contratou um dirigente para recuperar a imagem: Felipe Ximenes, ex-Fluminense. Mas quem acabou ganhando força foi o empresário Luiz Alberto, dono da LA Sports e parceiro do Avaí.
Amigo de família do vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, o filho de um ex-senador recebeu aval para pôr seus atletas no time que venceria a Série B de 2010. Hoje, tem oito jogadores no elenco, sete em parceria com o clube.
"O Coritiba escolhe o jogador, e eu viabilizo sua chegada. Mas já indiquei jogador meu. No ano passado, indiquei o atacante Leonardo, que estava afastado no Avaí.
Até disse que pagaria o salário dele se fracassasse", disse Luiz Alberto.
Fonte: Folha de São Paulo