Índio, criado no Vasco e campeão pelo Coritiba, está com o coração dividido
Sexta-feira, 03/06/2011 - 08:42
No primeiro jogo da final da Copa do Brasil, o Vasco levou a melhor. Em São Januário, um campeão brasileiro de 1985 caminha. Este é, até hoje, o maior feito do Coritiba no futebol nacional. "Eu plantei raízes lá em Curitiba, mas eu fui criado no Vasco da Gama. Então, para mim, que vença o melhor", diz Índio, que foi atacante do Coritiba em 85 e tem o coração dividido.
O sentimento é complicado, mesmo. No mesmo jogo tinha gente vivendo a mesma situação de Índio. Como o goleiro Fernando Prass, que fez 211 jogos pelo Coritiba, em um dos momentos mais importantes da história do clube, ele está do outro lado.
Neste jogo, Fernando precisa esquecer o antigo amor. "Quando olha para a camisa lembra, não tem como. Mas a gente está concentrando no jogo e são raras as vezes em que passa alguma coisa pela cabeça", afirma Fernando Prass.
Assim como Léo Gago, meio-campo do Coritiba. "Deixei amigos. Claro que estava triste por não estar jogando, mas deixei amigos, sim", disse ele que tem a missão de marcar os amigos que ficaram no Vasco.
Com a casa cheia e preparada para a festa, a explosão de alegria só veio mesmo no segundo tempo, quando um cruzamento na medida de Allan para a cabeçada certeira de Alecsandro. O resultado de um a zero dá a vantagem para o Vasco no jogo da semana que vem.
"Acho que ir para lá com a vantagem de jogar pelo empate, é uma vantagem considerável", diz Marcos Paulo.
"Somos obrigados a reverter, se quisermos ser campeões temos que reverter lá [em São Januário]"
Será mais uma noite e corações apertados agoniados. Do Índio, o Fernando, do Léo, do Alecsandro, só alguns deles vão ficar felizes quando acabar esta Copa do Brasil.