Na primeira rodada do Brasileiro, sábado passado, o Vasco vinha de cnco empates seguidos e, ao passar pelo Ceará, mostrou força para eliminar o Avaí fora de casa na Copa do Brasil. Hoje, na segunda rodada, o time de Ricardo Gomes enfrenta o América-MG , em São Januário, às 18h30. Mais que a liderança, vale para o clube terminar com uma marca incômoda: desde 9 de abril, quando venceu por 2 a 1 a Cabofriense, o Vasco não conquista uma vitória em São Januário.
Para não chegar com esse jejum no jogo decisivo da Copa do Brasil, o time precisa de competência e, para alguns, também de muita fé. Na primeira parte, Ricardo Gomes espera a contribuição do elenco vascaíno, que tem entre os reservas nomes como Fagner, Fellipe Bastos e Bernardo.
Na outra metade, o time pode deixar na conta de Carlos Henrique do Nascimento, de 49 anos. O filho da dona Zélia, de 73 anos, é uma celebridade, como conta a mãe do vascaíno fanático, morador de Nova Iguaçu. Caíque, apelido do fanático torcedor, é o mais vascaíno dos três filhos da dona de casa Zélia. Ele se tornou “famoso” após aparecer na TV se benzendo na final da Copa Mercosul em 2000, quando o Vasco virou o jogo de 3 a 0 para 4 a 3, em cima do Palmeiras, no Palestra Itália lotado.
O pai de Caíque faleceu no início dos anos 1990. Mas foi ele quem levou o garoto, que hoje trabalha em fábrica de portas sanfonadas, para os estádios. "Meu marido não perdia um jogo do Vasco no Maracanã. Ele era mais nervoso, brigava mesmo, não deixava ninguém encarnar nele. O Caíque, não, é um menino tranquilo, que não briga com ninguém, nunca foi de torcida organizada. Anda só ele e Deus", conta dona Zélia.
O filho de Dona Zélia é casado e não tem filhos ("Graças a Deus, né, meu filho!?"). Apesar da influência do pai, que não deixava ele ir nos jogos sozinho quando era pequeno, Caíque só começou a ir aos jogos do Vasco com 14 anos, conta Dona Zélia. "Ele é apaixonado. Viaja para tudo isso aí. É São Paulo, Belo Horizonte, Volta Redonda. Outro dia ele estava no Engenhão no jogo do Vasco", disse dona Zélia, que guarda em casa a plaquinha com a inscrição "Fé" que Caíque leva para todos os jogos.
"É uma bênção ter um filho como ele. Agora ele está numa alegria só", afirma a mãe do vascaíno que não perde a "Fé" nem mesmo depois de tanto tempo sem colocar uma faixa de campeão no peito.
Fonte: Marca Brasil