O Clube Atlético Paranaense foi a agremiação brasileira com o melhor desempenho financeiro do futebol nacional ao longo de 2010 e leva o título de "Melhor Clube do País" do ranking realizado pelo jornal Brasil Econômico.
O trabalho tem como base as demonstrações financeiras dos 20 times que disputam a Séria A do Campeonato Brasileiro deste ano.
Para chegar ao resultado, utilizamos oito critérios que demonstram a eficiência dos clubes para manter a saúde financeira da agremiação ao longo da temporada aliando também ao desempenho do time dentro de campo.
São eles: receita, ativo total, endividamento geral, patrimônio líquido, superávit do futebol, custo por gol, custo por vitória e custo por ponto ganho.
Cada critério teve a pontuação máxima de 20 pontos sendo atribuída na ordem decrescente até 1 ponto de acordo com o desempenho dos clubes em cada quesito.
Como base para os critérios que avaliam o custo dos times de acordo com o desempenho dentro de campo, foram utilizados apenas os pontos, gols e vitórias do Campeonato Brasileiro de 2010 por ser o único torneio em que todos os times jogam o mesmo número de partidas e com o mesmo grau de dificuldade.
"É uma iniciativa que dá uma maior exposição à situação financeira dos times brasileiros, que por muitos anos sempre foi uma incógnita para todos", afirma Stephen Kanitz.
O Atlético Paranaense obteve o primeiro lugar ao somar 143 pontos de um total de 160 dentro dos oito critérios selecionados.
Na vice-liderança do ranking empataram Atlético Mineiro e Corinthians com 133 pontos. Entretanto, o primeiro critério de desempate é o de custo por vitória, no qual o clube mineiro levou vantagem sobre o paulista.
Falta de transparência
Apesar da divulgação dos balanços ser obrigatória há cinco anos, quatro clubes brasileiros não disponibilizaram suas demonstrações financeiras em seus sites e nem atenderam às solicitações do Brasil Econômico: Botafogo-RJ, Coritiba-PR, Ceará-CE e América-Mineira.
Pela falta de transparência, esses times ficaram com as últimas posições no ranking e não aparecem na tabela com os resultados.
Outros dois times, Bahia-BA e Atlético Goianiense divulgaram balanços incompletos e não tiveram notas nos quesitos referentes às informações que não estavam no documento.
Pioneirismo
A iniciativa do jornal Brasil Econômico ocorre em um momento em que as agremiações do futebol brasileiro começam a profissionalizar seus modelos de gestão e a diversificar suas fontes de receita com melhores ações de marketing.
Além disso, visa dar uma maior visibilidade à real situação dos times nacionais e a maneira como os recursos são utilizados por seus administradores.
Vale lembrar também que a perspectiva para os próximos anos é positiva levando em consideração a inserção do país no cenário esportivo com a realização da Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
"O resultado é que o futebol brasileiro ainda é pouco profissional mas a tendência é que a situação melhore nos próximos anos", avalia Kanitz.
Confira a cobertura completa sobre o assunto na edição desta sexta-feira (20/5) do jornal Brasil Econômico.
Palmeiras tem preço por gol mais alto do Brasileirão
O Palmeiras foi o time do Campeonato Brasileiro que teve o preço por gol marcado mais elevado em 2010, chegando a R$ 4,3 milhões.
Na esteira desse desempenho ficou o Flamengo, cujo preço por gol foi de R$ 4,16 milhões.
O preço por gol do São Paulo e do Corinthians foi de R$ 3,82 milhões e R$ 3,11 milhões, respectivamente.
No Santos, o preço por gol atingiu de R$ 2,28 milhões.
Por sua vez, os times Figueirense, Bahia e Avaí registraram o custo por gol marcado mais baixo do campeonato, de R$ 380 mil, R$ 490 mil e R$ 720 mil, nesta ordem.
Confira ao lado o custo por gol marcado do seu time.
Flamengo tem custo por vitória mais elevado
O Flamengo foi o time do Campeonato Brasileiro com o custo por vitória mais elevado. Em 2010, o montante chegou a R$ 18,95 milhões.
O segundo lugar do ranking foi ocupado pela agremiação paulista Palmeiras, cujo custo por vitória somou R$ 15,05 mlihões.
Na sequência, estão São Paulo, Inter e Corinthians, com R$ 13,74 milhões, R$ 11,30 milhões e R$ 10,63 milhões, respectivamente, por vitória.
Na outra ponta, o Figueirense aparece como o time com menor custo por vitória. No ano passado, a despesa alcançou apenas R$ 1,36 milhão por vitória.
Confira ao lado quanto custou cada vitória do seu time.
Fonte: Brasil Econômico Online