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Governo apresentou projeto da nova cobertura do Maracanã


Terça-feira, 17/05/2011 - 20:35

Num evento inédito no Tribunal de Contas da União (TCU), e com toda pompa e circunstância, autoridades do governo do Rio entregaram na manhã desta terça-feira, à Corte, o projeto de reforma do Maracanã. Estavam presentes quase todos os ministros do tribunal e secretários do governo fluminense, o vice-governador Luiz Fernando Pezão e muitos assessores. O secretário Ícaro Moreno, presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP), foi o responsável pela apresentação do projeto, exibido num telão num auditório do TCU. O custo total de toda obra será de R$ 956,7 milhões. A previsão anterior era que a reforma do Maracanã custaria pouco mais de R$ 700 milhões.

As autoridades justificaram o encarecimento da obra às permanentes exigências da Fifa e também o preço dos equipamentos importados, responsáveis por 47% do total das despesas. Ícaro afirmou que o aumento da obra ficou em torno de 35% da proposta original e que a lei permite, nesta fase, um adendo de até 50% do valor total. O ministro Valmir Campelo, responsável pela análise das obras da Copa de 2014, disse que o Rio estava na legalidade.

- A lei permite - disse Campelo, que elogiou a iniciativa do Rio em entregar a proposta e chamar representantes do TCU e da CGU para a cerimônia.

O governador Pezão garantiu que a obra não ultrapassará o custo de R$ 1 bilhão.

-Vamos lutar para baixar um pouco. O Maracanã vai ficar melhor que Wembley (na Inglaterra), considerado o melhor do mundo e que custou R$ 3 bilhões sua reforma. Teremos uma arena moderna. É um estádio para Copa e para as Olimpíadas (2016). O Maracanã tem uma taxa de ocupação de 120 eventos por ano. Nenhum cidade no mundo terá a programação do Maracanã nos próximos 30 anos - disse Pezão.

As autoridades do Rio também tiveram que explicar sobre a demolição da cobertura do Maracanã, que não estava previsto. Ícaro explicou que, durante as obras, detectou-se que o estado da estruturas era péssimo e que não tinha condições de aproveitar.

- O concreto era o pior do que se imaginava, de recuperação dificílima. Havia o indicativo da demolição. Foi a maior sinuca de bico - disse.

- Foi sofrível a demolição da cobertura. Os técnicos disseram que ia desabar - afirmou Pezão.

No lugar, será construída uma nova cobertura, que também encareceu a obra. O custo da cobertura representa 27% do total da obra.

O novo Maracanã terá capacidade para 78.639 torcedores e toda obra consumirá 173.320 sacos de cimento. Serão construídos 110 camarotes - vips e very vips -, quatro conjuntos de rampa, serão instalados 16 elevadores e 12 escadas rolantes. A dimensão do campo será reduzida dos atuais 113 m x 78 para 105 x 68. O número de bares saltará de 24 para 60, o de banheiros de 228 para 231, o de vasos sanitários de 761 para 927, o de mictórios de 542 para 747.

Para demonstrar o estado precário da estrutura do velho Maracanã, as autoridades levaram para o TCU pedaços de concreto e da estrutura metálica anterior.

Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã
Projeto da nova cobertura do Maracanã


Fonte: O Globo online