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Eurico fala sobre rompimento do acordo entre Vasco e TRT
Terça-feira, 17/05/2011 - 13:59
Declarações do presidente do Conselho de Beneméritos do Vasco, Eurico Miranda, ao programa "Casaca no Rádio" da última 2ª-feira (16/05):
"Vou abordar dois assuntos, porque são dois assuntos que fazem referência à administração passada. No caso, à minha administração. Nós alertamos inúmeras vezes, desde o primeiro dia, do descumprimento dos acordos que tinham sido feitos. E alertávamos que é uma coisa que acontece da maioria dos acordos. A maioria dos acordos, quando você faz o acordo judicial, esse acordo tem penalidades do seu não cumprimento. Não cumprir os acordos, por exemplo, na área cível, acontecia do vencimento total da dívida e permitia ao credor a executar a totalidade da dívida, não a prestação que tivesse vencida. Normalmente, além da multa contratual, tem aquilo que é considerada vencida. Você faz um parcelamento da dívida, é considerado vencido todo o parcelamento da dívida total e permite a execução da dívida total. Existia um acordo, que era feito na minha gestão, renovado depois. O acordo com o TRT era em relação a todo o passivo trabalhista, em que inicialmente se pagava 15% sobre a arrecadação bruta do clube. Aquilo ia para uma vara centralizadora. Ela pegava todos os resultados das ações trabalhistas, aquelas que já tinham transitado em julgado e que estavam em execuções. Obedecendo uma fila, iam sendo amortizadas todas essas execuções. Depois, passou para 20%. A juíza da centralizadora se insurgiu contra isso, questionou e disse que considerava como não cumprido o acordo. Então, simplesmente, porque isso vem através de um ato do tribunal superior, mas a juíza embaixo tinha poder para isso, ela considerou rescindido o acordo. Claro, o Vasco apelou disso. Estava nos estertores quando eu estava saindo. O Vasco apelou e o processo estava lá em cima. O nosso jurídico, o da nossa época, especialista na matéria, que é o doutor Paulo Reis, sabedor de como as coisas estavam andando, teve o cuidado de ligar para o vice-presidente jurídico do Vasco para dizer 'Esse processo está lá, vai ser julgado e o Vasco não está falando nada. O Vasco não está acompanhando, vai terminar o tribunal lá de cima homologando a decisão aqui de baixo e vai ser rescindido'. 'Vamos ver'. Ofereceu a sua ajuda, da maneira como ele podia ajudar. Eles simplesmente ignoraram. No dia 5, o tribunal, aí já não a juíza considerou rescindido."
"Esse caso tem muita semelhança com a maioria dos casos que estão acontecendo no Vasco. E também têm semelhança as mesmas declarações desse seu Nelson Rocha. O seu Nelson Rocha vem dizer que estranhou porque o Vasco teve penhorado, se o Vasco vinha pagando tudo. 'Estamos comprovando para o TRT que a atual gestão tem honrado com os acordos e já pagou algo em torno de 20 milhões nos últimos anos', disse Nelson Rocha. Você sabe como é que o cara confessa crime? O cara confessa o crime assim. Ele não precisa mais nada. O Vasco é réu confesso nisso, porque se tem um acordo que você tem que recolher 20% e ele divulgou para o mundo inteiro, dentro das suas bazófias, vamos dizer assim, e coloca que o Vasco arrecadou, no ano de 2008, 2009 e 2010, 220 milhões, ele tinha que recolher 44. Isso é simples. Ele está confessando. Ele não tem que estranhar nada. Ele tem que estranhar tudo, porque ele não acompanha nada. A maioria desses valores, na verdade, o recolhimento é feito na fonte, porque quando você faz um contrato, por exemplo, de patrocínio, na fonte você já recebe o comunicado que você tem que depositar na conta do TRT os 20% referentes àquilo que você vai pagar. Na renda, você declara. Quando você vende um jogador, você recolhe. Isso não é feito na fonte. Você declara e tem que recolher sobre isso."
"Tem um fato que não foi comentado ainda e que precisa ser comentado. Esse Nelson Rocha foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade. Portanto, presume-se que entenda de contabilidade ou seja contador. O Vasco contratou uma empresa de auditoria, naquela caça às bruxas que eles estão tentando fazer até hoje. Eles não encontram bruxa nenhuma, só encontram algo que eles não gostariam de encontrar. Fizeram aquela auditoria. Acho que ficaram, de uma certa forma, satisfeitos. O que fizeram? Mandaram o contador de mais de 20 anos do Vasco embora e contrataram um cidadão para ser o contador do Vasco, que era da auditoria. Claro que isso é tudo dedução minha. Ao publicar esse último balanço, que publicaram e que o Conselho Fiscal não viu nada, não tomou conhecimento de nada, ele deve ter colocado coisas no balanço que não agradaram muito a esse seu Nelson Rocha, porque, pasmem, depois de ele assinar esse balanço, sabe qual foi o último ato? Demitiram o contador. O contador foi demitido. Talvez porque conste lá no Vasco aquele negócio da Locaflat e aquilo não era para constar. Simplesmente, foi demitido. O grande problema que acontece no Vasco é que quando eles vêm a público justificar alguma coisa, pioram a situação. Isso é aquela mesma justificativa do negócio da Locaflat. Cada vez que o cara vem justificar alguma coisa, piora mais a situação. Eles se incriminam mais. Ali parece que existe uma associação em se fazer esse tipo."
Fonte: NETVASCO (transcrição)
"Vou abordar dois assuntos, porque são dois assuntos que fazem referência à administração passada. No caso, à minha administração. Nós alertamos inúmeras vezes, desde o primeiro dia, do descumprimento dos acordos que tinham sido feitos. E alertávamos que é uma coisa que acontece da maioria dos acordos. A maioria dos acordos, quando você faz o acordo judicial, esse acordo tem penalidades do seu não cumprimento. Não cumprir os acordos, por exemplo, na área cível, acontecia do vencimento total da dívida e permitia ao credor a executar a totalidade da dívida, não a prestação que tivesse vencida. Normalmente, além da multa contratual, tem aquilo que é considerada vencida. Você faz um parcelamento da dívida, é considerado vencido todo o parcelamento da dívida total e permite a execução da dívida total. Existia um acordo, que era feito na minha gestão, renovado depois. O acordo com o TRT era em relação a todo o passivo trabalhista, em que inicialmente se pagava 15% sobre a arrecadação bruta do clube. Aquilo ia para uma vara centralizadora. Ela pegava todos os resultados das ações trabalhistas, aquelas que já tinham transitado em julgado e que estavam em execuções. Obedecendo uma fila, iam sendo amortizadas todas essas execuções. Depois, passou para 20%. A juíza da centralizadora se insurgiu contra isso, questionou e disse que considerava como não cumprido o acordo. Então, simplesmente, porque isso vem através de um ato do tribunal superior, mas a juíza embaixo tinha poder para isso, ela considerou rescindido o acordo. Claro, o Vasco apelou disso. Estava nos estertores quando eu estava saindo. O Vasco apelou e o processo estava lá em cima. O nosso jurídico, o da nossa época, especialista na matéria, que é o doutor Paulo Reis, sabedor de como as coisas estavam andando, teve o cuidado de ligar para o vice-presidente jurídico do Vasco para dizer 'Esse processo está lá, vai ser julgado e o Vasco não está falando nada. O Vasco não está acompanhando, vai terminar o tribunal lá de cima homologando a decisão aqui de baixo e vai ser rescindido'. 'Vamos ver'. Ofereceu a sua ajuda, da maneira como ele podia ajudar. Eles simplesmente ignoraram. No dia 5, o tribunal, aí já não a juíza considerou rescindido."
"Esse caso tem muita semelhança com a maioria dos casos que estão acontecendo no Vasco. E também têm semelhança as mesmas declarações desse seu Nelson Rocha. O seu Nelson Rocha vem dizer que estranhou porque o Vasco teve penhorado, se o Vasco vinha pagando tudo. 'Estamos comprovando para o TRT que a atual gestão tem honrado com os acordos e já pagou algo em torno de 20 milhões nos últimos anos', disse Nelson Rocha. Você sabe como é que o cara confessa crime? O cara confessa o crime assim. Ele não precisa mais nada. O Vasco é réu confesso nisso, porque se tem um acordo que você tem que recolher 20% e ele divulgou para o mundo inteiro, dentro das suas bazófias, vamos dizer assim, e coloca que o Vasco arrecadou, no ano de 2008, 2009 e 2010, 220 milhões, ele tinha que recolher 44. Isso é simples. Ele está confessando. Ele não tem que estranhar nada. Ele tem que estranhar tudo, porque ele não acompanha nada. A maioria desses valores, na verdade, o recolhimento é feito na fonte, porque quando você faz um contrato, por exemplo, de patrocínio, na fonte você já recebe o comunicado que você tem que depositar na conta do TRT os 20% referentes àquilo que você vai pagar. Na renda, você declara. Quando você vende um jogador, você recolhe. Isso não é feito na fonte. Você declara e tem que recolher sobre isso."
"Tem um fato que não foi comentado ainda e que precisa ser comentado. Esse Nelson Rocha foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade. Portanto, presume-se que entenda de contabilidade ou seja contador. O Vasco contratou uma empresa de auditoria, naquela caça às bruxas que eles estão tentando fazer até hoje. Eles não encontram bruxa nenhuma, só encontram algo que eles não gostariam de encontrar. Fizeram aquela auditoria. Acho que ficaram, de uma certa forma, satisfeitos. O que fizeram? Mandaram o contador de mais de 20 anos do Vasco embora e contrataram um cidadão para ser o contador do Vasco, que era da auditoria. Claro que isso é tudo dedução minha. Ao publicar esse último balanço, que publicaram e que o Conselho Fiscal não viu nada, não tomou conhecimento de nada, ele deve ter colocado coisas no balanço que não agradaram muito a esse seu Nelson Rocha, porque, pasmem, depois de ele assinar esse balanço, sabe qual foi o último ato? Demitiram o contador. O contador foi demitido. Talvez porque conste lá no Vasco aquele negócio da Locaflat e aquilo não era para constar. Simplesmente, foi demitido. O grande problema que acontece no Vasco é que quando eles vêm a público justificar alguma coisa, pioram a situação. Isso é aquela mesma justificativa do negócio da Locaflat. Cada vez que o cara vem justificar alguma coisa, piora mais a situação. Eles se incriminam mais. Ali parece que existe uma associação em se fazer esse tipo."
Fonte: NETVASCO (transcrição)
