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Confira entrevista com o candidato à presidência José Henrique Coelho


Domingo, 15/05/2011 - 09:25

José Henrique Coelho, 50 anos, economista com pós-graduação em marketing pela ESPM e PUC-RJ, empresário do setor de comercio varejista, visitação a empresas no estrangeiro, idiomas espanhol, italiano, Frances e inglês.

Sócio dependente em 1964 e proprietário diamante a partir de 1998.

Membro da Comissão de Negociação Salarial:- da CRA – Distribuidora de Bebidas Brahma com a categoria de Transporte e do Sindilojas.

Diretor Social do MUV de 2001/2003, Coordenador de Campanha da Chapa Explosão Vascaína em 2003, presidente do MUV de 2004 a 2008, V.P. de Marketing de julho de 2008 a fevereiro de 2009.

Candidato a presidente do CRVG em 2011 pela Chapa SEREMOS CAMPEÕES.

1) Candidato, o senhor lembra exatamente o dia ou as circunstâncias em que a cruz de malta tocou definitivamente o seu coração ?

Desde pequeno, não tenho uma data. Na minha família todos são vascaínos. Os tios do meu pai, primeiros familiares portugueses a imigrarem para o Brasil, Jaime e Antonio da Cunha Cavacas, foram sócios desde 1910, sendo membros da comissão que arrecadou fundos para a construção do nosso estádio. Conheci os dois e ouvia atentamente os relatos sobre aqueles anos iniciais do nosso clube.

2) Qual a formação profissional, o currículo acadêmico e a experiência com esportes/futebol dos componentes da sua chapa ?

Tenho no grupo que me apóia um V.P. de Futebol Profissional – Cel.Luis Henrique e entre os beneméritos que tenho excelente contato um Diretor do Futebol Amador dos bons tempos: José Augusto Alexandre.

Nesta posição o clube nos últimos 25 anos teve apenas 3 V.P. de Futebol. Esta ausência de renovação dos quadros do clube precisa ser imediatamente revertida e é um dos meus objetivos. Junto com a renovação de quadros precisamos avançar na profissionalização do nosso departamento de futebol. Ele continua sem ser profissional, pois basta ver os procedimentos para contratação de profissionais
e admissão de jovens, sempre por indicação ou “conhecimento” de um conselheiro, “diretor” ou amigo ou parente do presidente.

3) Alguém da sua diretoria será remunerado? Fala-se em futebol profissional, mas como fazer futebol profissional sem remuneração (lembrando que profissionais remunerados podem ser demitidos) ? Qual será o tempo diário (médio) a ser dedicado pelos seus diretores nas rotinas diretivas do Clube ?

Quero ratificar que sempre defendi a profissionalização dos departamentos vitais do clube. Também conheço o estatuto e sei da sua limitação quanto a este aspecto e assim apenas os V.P. não podem ser remunerados, os diretores sim. Todos os que forem remunerados terão dedicação em tempo integral, responsabilidades e cobranças. Os seus salários serão de conhecimento dos Conselhos do clube,
afinal sou um dos poucos que continua defendendo a transparência das contas até hoje e vou praticá-la diariamente. O meu currículo me dá credibilidade para asseverar isto.

Será criado um programa de voluntariado, para receber e atender o potencial de ajuda que o clube possui através da paixão de seus torcedores. Este exemplo já vem sendo desenvolvido pelos administradores de programas sociais e mais recentemente por administradores com experiência no PanAmericano 2007 e Olimpíadas 2016.

4) O senhor pode antecipar os nomes fortes na direção do futebol ?

Não posso avançar com os nomes solicitados, pois estamos ainda em meio à campanha e entendo que ainda é cedo para esta apresentação. Posso dizer que para a presidência da Comissão da Reforma dos Estatutos, convidamos e aceitou esta missão o vascaíno, ex-presidente da Comissão de Valores Imobiliários, sobrinho do ex-presidente Ciro Aranha, o Dr. Luiz Leonardo Cantidiano, que procurará o Dr. José Maquieira, presidente da atual comissão que não chegou a apresentar os trabalhos desenvolvidos, para receber e dar prosseguimento ao projeto, dentro dos tópicos aqui apresentados.

5) CIÊNCIA DO ESPORTE - Quanto o senhor pensa em investir (percentual do orçamento anual) em desenvolvimento científico do futebol (estatísticas, medicina esportiva, fisiologia, nutrição, psicologia, preparação física, fisioterapia) ?

O futebol será a prioridade na minha gestão por ter o conhecimento do sentimento da massa vascaína que está carente de títulos e que faz o próprio clube depender deles. Esta é a nossa missão.

Quero dividir a resposta em duas partes:

1ª- o clube hoje ainda não possui uma base de dados integrada de cada atleta, profissional e da base. Esta modernização precisa ser iniciada.

2ª-os demais itens citados já existem no clube e devem compor esta matriz de informações sobre cada atleta. Como atuo cotidianamente como administrador, vou avançar nas questões de modernização, de modo a medir de forma mais eficaz os resultados e com uma velocidade maior, buscando um custo menor. O volume de recursos seguirá esta prioridade.

6) Quais as idéias da chapa para o departamento de marketing do clube?

Na reforma do estatuto precisamos criar a estrutura que até hoje não existe. Nele reunir as principais forças de trabalho, como a área comercial, licenciamentos, comunicação (todas as mídias), administração de jogo, e novos negócios.

Dentro de produtos ainda inexistentes já temos projetos envolvendo Ticket & Bus-service, baby-sitter, carnet por temporada, programa de fidelidade, visitação ao Estádio, Batismo Vascaíno, entre os mais imediatos. É importante destacar que alguns destes serviços foram abandonados pela atual diretoria, como o carnê de temporada e outros foram abandonados como o Ticket & Bus Service, serviço de restaurante
nas cadeiras especiais...

7) O que o torcedor pode esperar de novidades em relação ao patrimônio do clube ?

Estamos diante de dois projetos importantes:

1º- Parceria com a organização das Olimpíadas, Prefeitura, Estado e União no que diz respeito à adaptação para o rúgbi e nos acessos no entorno do clube, nas ruas São Januário, Francisco Palheta, Ricardo Machado e Gal Almério de Moura. Esta é a contribuição mais importante desde a inauguração do estádio em 1927.

2º- Reforma do complexo do Estádio Vasco da Gama. A partir do conhecimento do projeto executivo, fruto da parceria para as Olimpíadas, pode-se avançar na modelagem da reforma do complexo.

Quanto as sede da Lagoa, aproveitada basicamente como garagem para o remo, três reuniões por ano do Conselho Deliberativo e eventual aluguel do salão, precisa-se avançar com a prospecção junto aos sócios e junto ao mercado local, para a implantação de uma academia, restaurante e outras atividades sócio-econômicas que rentabilizem aquela área tão valorizada e pouco explorada para os sócios.

Quanto a sede do Calabouço, tenho a informação de que a área será desapropriada pela prefeitura para área olímpica. Precisamos defender este nosso patrimônio, em área tão importante e também dinamizá-la, investindo com ou sem parceria nas áreas de esporte, academia, restauração e eventos.

A maioria das ações anunciadas pela atual diretoria nesta área é de reformas e manutenção do patrimônio atual, que é obrigação de todas as diretorias. Ainda sobre as manutenções, foram realizadas em razão do surgimento de parceiros externos, caso contrário, com recursos próprios não teriam sido realizadas.

8) Quais as suas propostas para que o sócio vascaíno freqüente mais efetivamente o clube ? Que papel teriam a sede do Calabouço e a Sede Náutica na sua gestão ?

Respondido na questão 7.

9) Como o senhor vê a cessão do Estádio de São Januário para a disputa do Rúgbi nas Olimpíadas de 2016 ? Há intenção ou algum projeto de ampliação e/ou modernização do estádio? Em quanto tempo o torcedor vascaíno teria novidades ?

Respondida na questão 7.

10) Quais razões o torcedor vascaíno pode ter para acreditar que o CT para o futebol profissional sai na sua gestão ?

Já afirmei que o futebol será a prioridade na minha gestão. Mas não se pode mais falar em futebol profissional sem se falar de um Centro de Treinamento. Com parceria, com permuta ou por compra, o clube tem que avançar nesta área. A atual diretoria perdeu duas oportunidades de propostas desde que assumiu: - uma do exército, em Jacarepaguá e outra em São Gonçalo.

O atual presidente sempre vacilou nas importantes decisões. Foi assim no caso que relatei como em muitos outros como na contratação do Tita, dos Jonhy’s, na contratação do Plano de Sócios.

Hoje existe uma negociação envolvendo a CEF, a Prefeitura e o Vasco, onde o Vasco viria a ser beneficiado de uma concessão municipal de um terreno da CEF junto a Rio das Pedras. Para isto até a mudança de gabarito de construção já foi alterada, para permitir a negociação. Vamos ver se esta negociação pode avançar. Trabalharei para dar seguimento ao projeto e em seguida a uma campanha para levantar os fundos para a construção, a viabilidade de diretamente ou através de um instituto aproveitar os benefícios das leis de incentivo e usar os recursos do clube que devem ser direcionados para as prioridades e não para negócios escusos e imorais como aqueles noticiados esta semana envolvendo um dos vários parentes que o presidente tem no clube.

11) Qual a sua opinião sobre o terreno na Washington Luis ?

Técnicamente o terreno está perdido. Já existe decisão transitada pela reincorporação do terreno ao patrimônio da União. Mas levando em consideração que ainda estamos longe das regras e das instituições funcionarem como deveriam, precisamos ao menos tentar reverter à situação, seja através de nova cessão ou qualquer caminho que nos traga de volta aquilo que a administração Eurico
entregou para o seu amigo Wasghinton Reis e perdeu para o Vasco.

12) Caso sua chapa seja eleita, qual porcentagem do elenco atual a diretoria pretende manter ? O que se pode esperar em termos de contratações e dispensas de jogadores e quando ocorreriam ? Há alguma negociação em andamento ?

O elenco atual é melhor do que o anterior. Um elenco precisa ser desenvolvido. Raramente mudanças drásticas funcionam. As principais modificações nas contratações serão: - acabar com o monopólio de um só empresário no clube e contratar com base na decisão de um comitê diretor, de modo a evitar os negócios paralelos que se especulam sempre pela forma “escura” como são realizados os
contratos, com “luvas” e outras parcelas.

Quanto a negociações em andamento, elas são totalmente infrutíferas, pois nenhum negócio sério pode ser concretizado nesta etapa do processo. Empresário só negocia com oposição quando faz parte dela e aí o transforma em comprador e vendedor ao mesmo tempo, prejudicando o clube.

13) O que sua chapa pretende melhorar em relação ao panorama atual das categorias de base do Vasco ? Que percentual do orçamento anual a sua chapa pretende investir nessas categorias ?

Quanto às categorias de base vou criar processos para admissão e avaliação dos candidatos de peneiras e dos candidatos apresentados por “olheiros” e colaboradores. Desta forma acabar com as indicações “políticas” que gastam recursos do clube e ocupam espaços de outros menores com talento. Hoje se Neymar ou Ganso fossem levados a s divisões de base do Vasco, se não tiverem “padrinhos”
da família do presidente, conselheiros ou “empresários” não ficariam.

A execução do projeto do C.T. de Maricá receberá total atenção.

A hospedagem dos menores por conta do clube precisa de investimentos para dar melhores condições no seu desenvolvimento.

14) Quanto ao papel social do Vasco, o senhor pode citar alguma proposta da sua chapa nesse sentido ? Que papel teria o Colégio Vasco da Gama na sua gestão ?

A área de responsabilidade social passaria a ser um gabinete da presidência se desligando do departamento esportivo. O Vasco possui enorme importância no bairro e junto a diversas entidades governamentais. O entorno do clube hoje é área de modificações diante do projeto olímpico. E neste sentido que vejo o Vasco
como porta-voz de investimentos nas comunidades circunvizinhas, buscando um desenvolvimento para a região.

O Colégio Vasco da Gama está sempre exposto a condição de inadimplência das regras de funcionamento do MEC em razão do não recolhimento das contribuições sociais pelo clube, que amplia a importância da regularização tributária do clube.
O Colégio estará voltado para o atendimento aos atletas do clube e sempre atendendo a melhor formação psico-pedagógica dos atletas.

Não permitirei o uso “político” dado pelo atual presidente no atendimento de menores que não possuem nenhuma relação esportiva com o clube, como se fosse uma extensão da política social do seu gabinete de deputado.

15) Há algum projeto para os esportes olímpicos ? Qual a melhor forma de geri-los, uma vez que são pouco ou nada rentáveis ao clube, sob o ponto de vista financeiro ?

O remo é nosso esporte de fundação e será sempre mantido pelo clube. Os esportes olímpicos e não olímpicos devem por princípio ser auto-sustentáreis. Os primeiros seis meses serão utilizados para a avaliação e conquista dos recursos necessários que deverão vir de escolinhas, patrocínios, leis de incentivo (diretamente ou por instituto).

Dentro desta política o clube vai apresentar a funcionalidade, já utilizada na Europa, da televisão estatal (TV Brasil- TVE – TV Cultura) dar cobertura dos torneios esportivos das modalidades em com isto atrair o patrocínio para os clubes e arenas/ginásios que disputam os variados esportes.

Os esportes que o clube deverá manter serão aprovados pelo Conselho Deliberativo dentro de uma política de concentrar recursos em esportes vencedores, auto-sustentáveis e que permitam a recuperação financeira da instituição.

16) Sua chapa entende que o Estatuto do clube necessita de alterações ? Se a resposta for afirmativa, quais seriam as principais alterações necessárias ?

A reforma do Estatuto do CRVG é uma prioridade administrativa e jurídica para a modernização do nosso clube. O atual estatuto representa uma visão ultrapassada que registra outro momento das associações esportivas no Brasil – 1979.

Reforma Estrutural e Política

Propor a eleição direta para presidente do clube, com a restrição para uma única reeleição e estabelecer regras mais transparentes e objetivas na administração do processo eleitoral.

Propor a alteração da data da eleição, corrigindo o atual desajuste através de debate no Cons. Deliberativo.

O clube possui estatutariamente os cargos de presidente e 16 Vices-Presidentes. Esta estrutura além de numerosa e lenta cria inúmeros problemas operacionais ao clube, principalmente de cunho político, indo na contra mão das necessidades administrativas.

Propor a diminuição do número de V.P. para nove, incorporando por afinidade as funcionalidades das V.P. de esportes olímpicos e não olímpicos e extinguir o caso de V.P. por serem atividades meio e não atividade fim. Passaríamos a ter as V.P. Administrativa, Financeira, Marketing, Futebol, Remo, Esportes Olímpicos e Não Olímpicos, Patrimônio e Sociocultural e apenas um V.P. eleito.

Propor a criação do instrumento de licença para qualquer dirigente do clube, com o afastamento do cargo, quando for candidato a qualquer cargo público por processo eleitoral, quatro meses antes do pleito.

Propor a proibição da contratação de parentes de dirigentes e gerentes do clube (regra anti-nepotismo) diretamente ou através de terceiros.

Propor a regulamentação do artigo 53 sobre a responsabilização dos dirigentes por irregularidades no exercício de suas funções.

Propor a criação do instituto de impedimento do Presidente e suas regras, nos casos de graves transgressões ao estatuto.

Propor a transferência para o Conselho Deliberativo do poder e deliberação sobre períodos e demais regras para a execução de processo de anistia aos sócios do clube, retirando o caráter personalista da regra atual.

Visto que a eleição do Presidente passa a ser direta:
Propor que a participação no Conselho Deliberativo seja ocupada apenas por membros eleitos, exigindo-se que as chapas concorrentes tenham uma cota mínima de Grande Beneméritos e Beneméritos em sua composição. Realizar debate visando redefinir a quantidade de vagas para o Conselho Deliberativo, a partir desta modificação. Manter as funcionalidades do Conselho de Beneméritos e reavaliar o seu Regimento Interno e processo de indicação.

Propor alteração na composição do Conselho de Justiça, visando sua composição ser a mais isenta possível, com o objetivo de ser uma Corte do clube, composta por sócios e conselheiros, presidido pelo Presidente da Assembléia Geral.

Propor mudança alterando a estrutura do Conselho Fiscal do Clube:

1- aumentando o número de componentes de três para cinco, reservando-se três lugares para representantes da situação e dois para membros da oposição,
2- os membros do Conselho Fiscal se afastam do Conselho Deliberativo sendo substituídos pelo suplente da chapa,
3- o mandato de cada conselheiro passará a ser de cinco anos sem reeleição,
4- o processo eleitoral passa a ser anual, no mês de maio, renovando-se anualmente 1/5 do Conselho e garantindo total independência de atuação na fiscalização dos recursos do clube.
5-Propor novo Código Eleitoral para o Cons. Fiscal redefinindo novas datas para a sua eleição.

Propor a permissão do uso de uniformes esportivos em competições oficiais, com desenho e/ou cores diferentes do pavilhão original, alusivos a história do clube, e/ou fatos comemorativos, mas que nunca ultrapassem 50% do evento. Em torneios não oficiais ou amistosos esta restrição seria suspensa.

Adequar o Estatuto à Constituição e ao Código Civil, principalmente nos aspectos dos direitos e deveres do clube e dos associados.

Reforma Financeira

Propor a apresentação pela Diretoria Administrativa em período trimestral do balancete do período ao Conselho Deliberativo, com parecer do Conselho Fiscal e com o acompanhamento orçamentário.

Propor a alteração da data para aprovação do balanço patrimonial anual da primeira quinzena de janeiro para, no máximo, a quinzena da obrigação da apresentação fiscal.

Propor a alteração da data de apresentação do Orçamento Anual do clube da segunda quinzena de dezembro para a primeira quinzena de novembro, havendo especificação de mais de uma reunião para analise, debate e aprovação.

Propor a criação de regras para Controle Orçamentário, regulamentando o artigo 122, reiterando o caráter de autorização do orçamento do clube e regulando qualquer situação de descontrole de despesas e receitas, seja através de autorização extraordinária, seja pela proibição por mais de um trimestre, do desrespeito ao orçamento, responsabilizando a diretoria.

Propor regras estatutárias para aprovação de contratos de “elevados” valores pelo Conselho Deliberativo, com parecer do Cons. Fiscal.
Propor a criação da Ouvidoria do clube, como órgão da presidência.
Propor a criação da Auditoria Interna, como órgão da presidência.

Vice Presidência de Futebol

Propor na reforma do estatuto que a V.P. de Futebol assuma o departamento de futsal, hoje na V.P. de Quadra e Salão.

Vice Presidência Administrativa

Propor na reforma do estatuto a criação da V.P. Administrativa assumindo as funcionalidades da atual V.P. de Patrimônio e V.P. de Comunicação, com as seguintes competências:

Administrar:
- o almoxarifado do clube e de material esportivo, hoje no organograma da
diretoria de futebol.
- os controles de portaria, limpeza e segurança patrimonial.
- o funcionamento da secretaria e documentação do clube.
- o serviço de compras do clube.
- o departamento de tecnologia
- o departamento de pessoal

Vice Presidência de Marketing

Propor na reforma do estatuto a criação da V.P. de Marketing que deverá assumir as funcionalidades da então V.P. de Divulgação e Relações Públicas, com as competências anteriormente especificadas.

Vice Presidência de Desportos Náuticos/Remo

Propor na reforma do estatuto a criação da V.P. de Remo assumindo as funcionalidades da então V.P. de Esportes Náuticos.

Vice Presidência de Esportes Olímpicos e Não Olímpicos

Propor na reforma do estatuto a criação da referida V.P. assumindo as funcionalidades das demais V.P. de Desportos Terrestres, Desportos Aquáticos, Desportos de Quadra e Salão, Infanto-Juvenil, Relações Especializadas, Esportes Náuticos, transformando-as em diretorias.

Vice Presidência de Patrimônio

Propor na reforma do estatuto a alteração das funcionalidades da V.P., focando na administração e manutenção das instalações do clube.

Vice Presidência Sócio-Cultural

Propor a alteração das regras de admissão de sócios, observando as novas tecnologias de comunicação. Propor a revisão das categorias sociais especificadas no atual estatuto e criar a categoria de Torcedor vascaíno.

Propor a criação do Departamento do Centro de Memória e especificar a sua forma de financiamento.

17) Qual sua opinião sobre o “O Vasco é Meu” e o que sua chapa pretende fazer de modo a atrair mais sócios, e, o principal, mantê-los adimplentes como associados do clube?

Quando renunciei ao cargo de V.P. deixei em implantação o projeto de sócios hoje em funcionamento no Internacional de Porto Alegre, em contrato aprovado por unanimidade pela diretoria e assinado pelo presidente em 8 de janeiro de 2009. O contrato previa recadastramento geral de todos os sócios antigos, acabando com os problemas anteriores de um cadastro de sócios fraudado por eleições viciadas. A tecnologia adotada seria toda digital, com foto e biometria digital que permitiria segurança no acesso ao clube, mesmo em dia de jogos como também para a eleição. A carteira teria todos os dados armazenados também em chip.

Tudo isto a um custo médio de 4% da receita bruta, livre de impostos e pagos diretamente ao clube. Junto com o recadastramento, os sócios novos também estariam participando de um plano de fidelidade, “estilo Smiles”, para estimular a adimplência e participação em várias promoções com novos
produtos.

Por exemplo: -A revista do clube só se torna viável economicamente quando atrelada ao programa de sócios e seria incluída no pacote, visto que as oscilações do futebol podem fazer, como tem ocorrido , inviabilizar o produto. O atual licenciado já tentou acabar com a Revista, pois lhe dá prejuízo.

A atual empresa em operação, Torcedor Afinidade Ltda., entrou no clube pela janela, visto que no processo anterior tinha sido eliminada por estar tecnologicamente atrasada e seu currículo já apresentar deficiências em outros clubes. O seu custo atual para o clube é de 46% da receita bruta. Vou chamar a empresa para renegociar o contrato para obter melhores condições para o Vasco e re-estruturar o produto.

18) Como o senhor vê o imbróglio envolvendo a lista de elegíveis e votantes para as próximas eleições ? As eleições correm risco, na sua opinião ?

Sou um grande conhecedor do processo eleitoral e da formulação da lista de eleitores e elegíveis, depois de participar de quatro eleições consecutivas desde 2000.

A atual direção além de ter escolhido um péssimo parceiro para o programa de sócios, que não conseguiu até hoje efetuar a integração de duas bases de sócios existente, a antiga e a nova, não acompanhou durante 2 anos o serviço prestado e por isto descumpriu todas as regras eleitorais previstas no estatuto deixando possibilidades jurídicas para quem quiser explorá-las.

O atual processo eleitoral é uma bagunça e não é uma herança da antiga diretoria, é fruto da incompetência e da falta de trabalho desta diretoria.A lista de sócios autorizada pela junta Deliberativa possui ainda cerca de 600 eleitores suspeitos, 300 da base antiga e que foram impugnados pela justiça em 2006, mas que agora poderão votar e outros tantos da base nova, avaliados como inconsistentes pela numeração seqüencial não se encontrar de acordo com a seqüência de datas de admissão, levando a supor a mudança nas datas de admissão que dariam condição de voto a quem não tem.

Não irei pedir adiamento da eleição, mas lutarei pela correção da lista atual.

19) Em caso de vitória entre os sócios, o senhor vislumbra alguma dificuldade para sua chapa na eleição do Conselho ?

De forma alguma. Possuo uma margem segura para a vitória no Conselho Deliberativo.

20) Caso sua chapa seja a vencedora, existe a possibilidade de membro(s) da(s) chapa(s) derrotada(s) virem a colaborar em sua administração ? Em caso de resposta afirmativa, no que essa colaboração seria necessária e de que forma ocorreria ?

Sim, mas tudo depende dos nomes apresentados e do processo eleitoral ainda em
curso. O mais importante é termos pessoas capazes em cada área de atuação e disto não abro mão. Quanto à união do clube, acredito que dependa mais de uma postura de diálogo do presidente do que de nomes. A direção executiva precisa ser profissionalizada, mas a aproximam das diversas correntes de pensamento do clube dependem da aproximação das pessoas.

Dentro deste item vou promover a participação de todas as correntes na discussão de um Plano Estratégico para o clube com um projeto de 10 anos. Será um projeto do clube e não de uma diretoria.

21) A posse do novo presidente ocorrerá no meio do ano. O senhor pensa em iniciar as mudanças necessárias ainda em 2011 ou apenas no ano que vem ?

Quem assume a direção do Vasco não pode ficar parado um dia sequer, mas muitos processos precisam ser analisados com algumas informações que só temos lá dentro. Assim, como já apresentei uma série de medidas serão tomadas mesmo no primeiro dia, como a convocação do Conselho Deliberativo para analisar trimestralmente os balancetes, revisão do orçamento, ajuste do mandato presidencial, alteração do Conselho Fiscal entre tantas, outras medidas demandaram algum tempo.

22) Como é do conhecimento de todos, o Vasco está atolado em dívidas de toda a sorte. Quais suas propostas para viabilizar financeiramente o clube ? Como sua chapa pretende administrar essas dívidas ?

A atual diretoria adotou a mesma prática da diretoria anterior: fugir dos oficiais de justiça e dos cobradores, não atender as ligações e coisas do gênero. A postura do calote. O V.P. de Finanças mente quando diz que pagou. O Vasco teve tomado todos os recursos por penhoras e o número de R$115 milhões que teriam sido pagos até hoje não foi demonstrado para ninguém, nem mesmo aos Conselhos do clube, uma bravata de mais um candidato a político profissional.

Imediata redução de custos e avaliação dos processos administrativos. Fim das mamatas dos familiares do presidente, seus amigos “cabos eleitorais” e contratos de sogro para genro, e até mesmo de pai para filha, como no caso da V.P. Jurídica.

Renegociação do ato trabalhista, cujo anuncio na data de 14 de maio pela imprensa tomei conhecimento. Darei ao Tribunal do Trabalho provas que uma administração honesta pode e tem que cumprir com o que é assinado em nome do clube. Vou renegociar o acordo em bases melhores para o clube.

Na área cível, tratar os diversos pequenos casos de forma imediata, diminuindo inclusive o custo da administração jurídica do clube, que paga aos advogados mensalmente por ação em curso.

As ações de valores elevados, negociar diretamente, pois muitos dos casos são mantidos com o objetivo de postergar a execução. Neste caso podemos ainda criar um condomínio de credores, ou fundos de recebíveis, com o objetivo de estimar um fluxo de caixa regular que permita a operação cotidiana do clube e sua execução com planejamento.

23) Há o compromisso da chapa em relação à transparência dos negócios do clube ? Como exemplo, podemos citar a divulgação de balanços e demonstrações financeiras trimestrais de forma pública com auditorias periódicas por instituições independentes. A sua chapa tem interesse em ampliar o processo de participação dos sócios no Clube, especialmente quanto a discussão do orçamento e prestação de contas?

Sim, inclusive com o compromisso de estabelecer estatutariamente estas regras,como anteriormente já apresentado. Devemos ter como base as regras impostas pela Lei das Sociedades Anônimas. A legislação esportiva ainda não exige a devida transparência das associações, ainda que algumas delas como o Vasco já movimentem cerca de R$100 milhões por ano, com dirigentes que tomam medidas que
atendam aos seus objetivos pessoais esquecendo o clube.

Em nossa chapa se encontram vascaínos que desde 2000 defendem publicamente esta prática. Os que estão no clube só defendiam como discurso de campanha, como o tempo pode provar. O símbolo desta mudança é o atual V.P. de Finanças, Nelson Rocha.

24) O quê, em linhas gerais, o senhor entende que precisa ser mudado no clube ?

Muita coisa. As perguntas anteriores já me permitiram identificar, mas posso resumir que precisamos de Títulos, Gestão Força e União. Por isto definimos estas palavras como chave de nossa chapa.

25) O senhor pode citar os erros e acertos da administração atual ?

Já respondido anteriormente.

26) Para finalizar, Vasco x Flamengo deve ser encarado como um campeonato à parte ?

Vejo este tema dentro de um planejamento estratégico, ou seja, a quem devemos “desafiar” para crescer? Notadamente os clubes de grande torcida e no caso regional o Flamengo.

Mas este raciocínio nada tem ligação com a questão de fomentar ou atiçar a violência entre as torcidas. Também não nos adianta “atiçar” esta disputa esportiva se a própria diretoria não defende o clube nas condições de disputa, na Federação, com recursos e investimentos desiguais e assim passarmos a ser vítimas da própria provocação.

A atual diretoria, num grande erro estratégico e comercial, na recente negociação dos direitos de TV, acreditou que poderia negociar junto com os demais clubes do Estado e assim tirar proveito da negociação. Não foi isto que aconteceu. Perdeu status comercial e o clube foi “rebaixado” e receberá menos que o principal rival anualmente.

Agradecemos muito a sua participação nesse debate. O fórum Dignidade Vascaína espera ter contribuído, de alguma forma, para o engrandecimento do processo eleitoral no nosso clube. Deixe um último recado para os foristas do DV e para os vascaínos de uma forma geral.

Quero dizer aos vascaínos que me candidato por confiar na minha capacidade de reunir pessoas em torno de um projeto que leve o nosso clube de volta aos títulos.

Nosso clube passou muitos anos sem renovar seus quadros dirigentes e precisamos começar já.

Tenho a coragem, a força a determinação e a capacidade que este cargo exige.

Tenho a confiança que posso fazer a diferença na das decisões.

Por isto peço o voto dos vascaínos

Para conquistar títulos,
Avançar na gestão, com força e união.

VOTE SEREMOS CAMPEÕES

Fonte: Dignidade Vascaína