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Poucos lembram, mas 10 do Atlético-PR, Paulo Baier, foi do Vasco
Quinta-feira, 12/05/2011 - 13:23
Nas duas últimas semanas, o nome mais falado em São Januário foi o de Paulo Baier. Afinal de contas, os chutes e lançamentos do veterano de 36 anos são consideradas as principais armas do Atlético-PR, rival do clube na luta por uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Mas o que pouca gente lembra é que, ele já esteve do outro lado. Em 1999, o então lateral-direito Paulo César vestiu o manto do Gigante da Colina.
A passagem foi curta e não deixou saudades. Pelo Vasco foram apenas 18 jogos e dois gols marcados, sendo um deles de cabeça de fora da área, talvez seu momento de maior destaque. Na ocasião, Paulo, que ainda não era conhecido pelo sobrenome Baier, veio do Criciúma por empréstimo. Seis meses após chegar, o lateral-direito, que passou a maior parte da passagem como reserva do questionado Maricá, voltou ao clube que o revelou.
O apoiador Felipe e o preparador de goleiros Carlos Germano foram companheiros de Paulo Baier na época. Mas a prova definitiva de que ele realmente não deixou saudades para a torcida vascaína foi que nenhum dos dois se lembra muito bem do jogador. A única recordação de Felipe, por exemplo, é a batida na bola.
- Sempre foi muito boa. Mas aqui ele não jogou muito, passou bem rápido mesmo. E ainda jogou em uma posição diferente - recordou.
Carlos Germano também foi traído pela memória. De início, o ex-goleiro não soube precisar o ano. Arriscou final de 1996, início de 1997. Após perceber que não tinha acertado, cravou 1999 arrancando algumas risadas com as pistas. Mas, assim como Felipe, também não soube dar muitos detalhes preferindo contextualizar a época.
- Ele ficou pouco tempo e não se firmou. Encontrou um time em formação, que não estava em grande momento. Me lembro também que jogava como lateral-direito e ainda não tinha incorporado o Baier - relembrou o preparador.
O mais curioso foi que quem mais se lembrou não estava nem perto do clube. O técnico Ricardo Gomes ainda brincou com a memória da imprensa para certos assuntos.
- Ele jogou com o Felipe e com o Carlos Germano aqui em 1999. A gente não sabe de tudo como vocês, mas lembramos de algumas coisas (risos) - brincou o treinador, que elogiou o futebol do veterano, mas garantiu que ele não é o único problema do Atlético-PR.
- O Paulo Baier leva perigo na bola parada. O Atlético sabe muito bem como utilizar este recurso. Mas não é só isso. Se fosse seria bom para gente, era só treinar esta jogada. Mas eles possuem um ataque veloz e um time com qualidade. Temos de estar atentos - finalizou.
Baier diz que passagem foi importante
Se poucos vascaínos se lembram, o próprio Paulo Baier tem grandes recordações dos seis meses em São Januário. Ele mesmo admite que não teve tempo para se destacar, mas ressalta que o clube foi importante em sua carreira. O apoiador se lembra bem de Felipe e Carlos Germano e disse que vai voltar a falar com a dupla antes do jogo.
- No jogo passado, eu já dei um abraço neles. Vai ser bom reencontrar os dois de novo. Estou feliz por ter essa chance de falar com eles, mas é cada um no seu lado - disse Baier, ressaltando que Felipe precisa ser marcado de perto.
Fonte: GloboEsporte.com