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Cruzada Vascaína divulga sua análise sobre o balanço de 2010 do Vasco


Segunda-feira, 09/05/2011 - 20:52

Nota publicada pelo grupo de oposição Cruzada Vascaína:

"Seguindo nossa linha de fiscalizar a gestão do Vasco de perto e trazer ao Vascaíno as informações do clube para que ele possa julgar com maior embasamento os rumos do clube, a Comissão de Estudos Financeiros se reuniu novamente, desta vez para analisar o balanço de 31 de dezembro de 2010 que o Club de Regatas Vasco da Gama publicou no final do mês de Abril.

Segundo o economista João Marcos Amorim, presidente da Comissão da Cruzada responsável pela analise, a situação do financeira do Vasco é lastimável e com a politica implantada pela atual gestão não é possível enxergar possibilidade de melhora.

“O resultado de despesas realizadas muito acima das orçadas e incompatíveis com as receitas obtidas é o de mais um ano de contribuição para o crescimento da dívida do clube. Mesmo com as demonstrações financeiras muito pouco transparentes, se comparadas com a de outros clubes, e sem atender a importantes recomendações técnicas, podemos constatar o total descaso com o compromisso de que o clube não seria administrado às custas de endividamento. Já se pode projetar que, com os gastos anunciados para o futebol até abril, a dívida irá superar os R$ 400 milhões até o final do ano.” comentou Amorim.

O empresário Leonardo Gonçalves, presidente da Cruzada e candidato a presidência do Vasco, acompanhou de perto o trabalho da comissão e se mostrou muito preocupado com o quadro: “O balanço do clube reflete a irresponsabilidade da atual diretoria. Extrapolar as despesas previstas no orçamento é um crime contra as finanças do Vasco. Mais um ano que a divida aumenta, o futebol não conquista títulos e não há investimentos em estrutura como um CT. Lamentável.”

Segue abaixo todo o parecer dos membros da Cruzada:

Análise das Demonstrações Financeiras do Club de Regatas Vasco da Gama

31 de dezembro de 2010

Com a publicação, no dia 29 de abril de 2011, do balanço do exercício de 2010 do Club de Regatas Vasco da Gama, a Comissão de Estudos Financeiros da Cruzada Vascaína esteve reunida para, novamente, analisar, discutir e esclarecer as questões que envolvem os aspectos econômicos e financeiros retratados no balanço anual do clube.

A divulgação dos números foi aguardada com grande expectativa por algumas razões: a realização de altos investimentos no futebol ocorridos no segundo semestre, a conhecida dificuldade de recebimento dos recursos do patrocínio master, os constantes anúncios de redução do endividamento do clube, a falta de informação de prévias de resultados e dos custos de contratações de atletas e, por fim, a expectativa pela realização do lucro de R$ 18 milhões apresentado no inconsistente orçamento de 2010.

No decorrer do ano de 2010, acompanhamos de perto os problemas com a aprovação das contas de 2009. Apresentamos nossas críticas e nosso parecer em relação às contas e aos acontecimentos ocorridos, mas, infelizmente, até hoje não houve desfecho favorável ao clube. No final do ano, ao analisarmos o orçamento apresentado ao Conselho Deliberativo para o ano de 2011, tomamos ciência de que a contabilidade apresentava grande atraso nos lançamentos do exercício, o que certamente prejudicaria a montagem do orçamento para 2011 e comprometeria a qualidade na elaboração das demonstrações financeiras de 2010.

Ainda que as demonstrações financeiras publicadas não contenham os detalhamentos necessários nos relatórios ou nas notas explicativas, não apresentem algumas importantes informações, não indiquem a natureza de contas relevantes que possibilitariam ao sócio conhecer e entender, com clareza, a situação atual, como já ocorre nos demais grandes clubes brasileiros, os números apresentados não deixam dúvida de que o resultado de 2010 agrava ainda mais o endividamento do clube, a exemplo do que ocorreu nos anos anteriores, seja sob a gestão da atual administração, seja sob a gestão das administrações anteriores.

A realização de despesas muito acima do planejamento anunciado, e incompatível com as receitas obtidas, não poderia trazer outro resultado senão o acréscimo no endividamento. Ainda que, forçosamente, tenham ocorrido amortizações de dívidas, outras tantas foram aumentadas e novas ainda foram contraídas, resultando em um acréscimo líquido da dívida no montante de R$ 27,8 milhões, em 2010.

Nossa constatação, após a avaliação dos relatórios e diante do panorama de gastos observados já nos primeiros quatro meses de 2011, é a de que o endividamento do clube aponta para a superação da casa dos R$ 400 milhões de dívida antes do final do ano em curso.

Para nossa avaliação, as análises do balanço foram divididas em quatro itens:

I) comparativo com exercício anterior;

II) comparativo com o orçamento apresentado;

III) comparativo com relatórios financeiros divulgados de outros clubes;

IV) abordagem em relação à apresentação e à abrangência das informações divulgadas

I) Comparativo com o exercício anterior

Receitas e despesas

O ano de 2010 marca a volta do clube para a disputa do campeonato brasileiro da série A, condição que credenciou o retorno ao nível anterior de receitas com contratos de televisão. No entanto, o que se observa ao analisar o total de receitas é que o valor em 2010 foi inferior ao ano anterior em R$ 1,3 milhão, o que se deve à não ocorrência de receitas expressivas com vendas de direitos federativos em 2010, como havia ocorrido em 2009.

Além dessa constatação, não foi possível uma análise mais detalhada das receitas, já que nem a demonstração de resultados nem as notas explicativas detalharam as contas de receitas com futebol profissional por natureza, deixando de discriminar receitas de bilheteria, de direitos de transmissão televisiva, de patrocínios e repasses de direitos federativos de atletas.

As despesas com futebol profissional, que já haviam crescido 81% em 2009, tiveram aumento de R$ 10,7 milhões (19%) em 2010.

Com a redução nas receitas e o aumento das despesas, o resultado apurado no exercício de 2010 foi um prejuízo de R$ 14,6 milhões (já ajustado após amortizações).




Endividamento

O expressivo prejuízo apresentado, o conhecido problema de liberação dos recursos financeiros das verbas de patrocínio e os lançamentos referentes a exercícios anteriores contribuíram para o aumento do endividamento do clube em R$ 27,8 milhões, o que corresponde a um crescimento de 8%, e ao saldo total de R$ 381 milhões em 31 de dezembro de 2010, conforme discriminado no quadro a seguir.




A variação de R$ 27,8 milhões é resultado do aumento de R$ 72,9 milhões em dívidas, menos a amortização de R$ 45 milhões de dívidas existentes.

Destacam-se as novas dívidas com Patty Center Vasco Barra (R$ 12 milhões) e com os atletas Carlos Alberto e Felipe (R$ 7,3 milhões somados).

Houve repetição do padrão de não se pagar as contas de encargos sociais e tributos. Do saldo de R$ 27 milhões, essa conta, sozinha, responde por mais de R$ 11 milhões. Ressalta-se aqui o risco do não recolhimento dos tributos retidos pela caracterização de apropriação indébita e sua conseqüente penalidade.

Mudou a composição na predominância dos credores do clube: reduzidas e trocadas dívidas com o Clube dos 13 e Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) por dívidas com o Banco BMG e com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), além do aumento da dívida com a Globo.

Não está considerado, no total da dívida, a conta “Sal. Ind. Férias Grat. Transp. Alim.” que totaliza R$ 6,6 milhões. Destaca-se, nessa conta, o saldo existente em “Salários”: R$ 5 milhões em 2010 contra R$ 1,6 milhão em 2009.

Estão registrados, no ativo imobilizado, R$ 14,9 milhões referentes a direitos econômicos de atletas e R$ 3,2 milhões foram amortizados no período. Os valores investidos no ano totalizaram R$ 10,4 milhões. Com os atletas em formação, os gastos foram de R$ 3,6 milhões.

Não estão discriminados os principais atletas registrados nessa rubrica e não temos conhecimento se a administração do clube avaliou a recuperabilidade econômico-financeira dos direitos, de acordo com a determinação da Resolução nº 1005/2044, do Conselho Federal de Contabilidade. Dessa forma, não se pode estimar se os valores contábeis apresentados refletem o valor de recuperação dos correspondentes ativos e, por isso, não foram deduzidos do total considerado para o endividamento.




Foram registrados, além dos resultados referentes ao ano de 2010, R$ 16,7 milhões referentes a lançamentos de exercícios anteriores. Esse valor é composto por R$ 5 milhões de processos trabalhistas de 2002 e 2003, R$ 6,3 milhões de processo judicial CT Vasco Barra, R$ 3,1 milhões de ajustes de inventário e R$ 2,2 milhões de diversos lançamentos.

A seguir, apresenta-se a destinação e as fontes dos recursos financeiros movimentados no exercício. Conclui-se que, para cobrir os prejuízos do exercício e dos referentes a exercícios anteriores e os custos com aquisição de direitos e formação de atletas, foi necessário recorrer à tomada de novos empréstimos, de novos financiamentos de credores e ao recebimento de recurso de venda de direitos federativos referentes ao ano de 2009.




II) Comparativo com o orçamento apresentado

A análise dos resultados obtidos no exercício de 2010 confirma a expectativa de que o orçamento elaborado pelo clube estaria distante de qualquer correspondência com a realização econômico-financeira no período.

As receitas realizadas no ano foram de R$ 83,6 milhões, inferiores em 10% ao orçamento, de R$ 92,7 milhões. As receitas não estão discriminadas nas demonstrações, o que inviabiliza a análise precisa das causas para essa variação negativa.

As despesas foram orçadas em R$ 74,5 milhões, mas o total gasto no período foi de R$ 98,1 milhões (já ajustado), ou seja, superior em 32%: R$ 23,7 milhões. É importante destacar que esses gastos feitos além do orçamento previsto foram realizados sem a autorização do Conselho Deliberativo, o que demonstra, mais uma vez, o desrespeito da administração com os poderes do clube e, consequentemente, com todos os vascaínos.

A despesa com o futebol profissional foi orçada em R$ 56,6 milhões, enquanto a despesa realizada foi de R$ 68,3 milhões, que significa despesa mensal de R$ 1 milhão além do orçamento aprovado.

As receitas inferiores às projetadas, combinadas com o acréscimo de um terço das despesas, resultaram em prejuízo de R$ 14,6 milhões, bem distante do lucro orçado de R$ 18,3 milhões (-180%).




Na proposta orçamentária para o ano de 2010, também foram projetadas as amortizações das dívidas do clube. O valor orçado foi de R$ 76 milhões, no entanto, em vez de amortização de dívidas, o clube viu crescer as dívidas em R$ 27,8 milhões com empréstimos, credores diversos e tributos.




III) Comparativo com relatórios financeiros divulgados de outros clubes

Aqui, foram levantadas as informações constantes dos balanços de alguns clubes brasileiros, para efeito de comparação com os resultados obtidos pelo Vasco. No quadro a seguir, os valores de receitas totais e os gastos com futebol profissional de três grandes clubes do Rio de Janeiro são confrontados. Por apresentarem distorções nas classificações, os números do Fluminense não foram considerados.







Os gastos com futebol no Vasco foram muito próximos aos no Flamengo. A distorção ocorre ao considerarmos as receitas obtidas pelos clubes: enquanto o Flamengo arrecadou R$ 128 milhões e destinou 54% dos recursos para o futebol, o Vasco obteve R$45 milhões a menos e destinou o mesmo que o Flamengo, ou 82% do total dos recursos.

O Botafogo arrecadou 40% a menos do que o Vasco, e investiu R$ 26 milhões a menos em futebol. O montante dos recursos destinados a futebol pelo Botafogo, ainda que bem reduzido quando comparado ao do Vasco, trouxe resultados positivos, tendo em vista o título alcançado no campeonato estadual e a 6ª colocação no campeonato brasileiro, comparada com a 11ª alcançada pelo Vasco.

Vale destacar, tanto para o Vasco quanto para o Botafogo, o baixo valor do saldo remanescente para fazer frente às despesas administrativas, os serviços e as amortizações das dívidas. No caso do Vasco, isso explica os constantes atrasos salariais dos funcionários administrativos do clube, habitualmente quitados após meses acumulados, e com recursos de terceiros, em muitos casos.

Ao se comparar as receitas do Vasco com a de outros clubes brasileiros, vê-se que a arrecadação é apenas a 10ª maior do país, duas posições abaixo de 2009, quando o clube terminou o ano com a 8 ª maior arrecadação.

Com o grau de abertura das receitas apresentado no balanço do Vasco, não é possível maior aprofundamento nas análises comparativas em busca das causas para as defasagens observadas.




IV) Abordagem em relação à apresentação e à abrangência das informações divulgadas

A extinção da Lei do Passe e, posteriormente, a exigência de que as entidades desportivas profissionais passassem a publicar suas demonstrações contábeis devidamente auditadas mostraram a necessidade da padronização quanto ao reconhecimento dos eventos específicos relacionados à atividade de futebol, dentre eles custo de formação de atletas, remuneração, direito de arena, direito de imagem etc.

A Resolução no. 1.005/2004, do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) surgiu para criar a definição de um padrão das demonstrações contábeis dos clubes de futebol, aprovando a NBC T 10.13 – Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Esportivas Profissionais.

No ano de 2006, com a participação do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), do CFC e do Clube dos 13, o Ministério do Esporte lançou a Cartilha de Padronização de Práticas Contábeis para os clubes de futebol profissional. Dela, destaca-se um trecho das considerações finais:

“… é importante frisar que as demonstrações contábeis, citadas no modelo descrito no tópico 4 , deverão ser acompanhadas de notas explicativas bem estruturadas com o máximo de informações, compondo os saldos patrimoniais e de resultados mais relevantes, explicação de sua natureza etc., que possibilitem ao usuário esclarecer qualquer dúvida, efetuando, inclusive, comparações com outras entidades.”

No ano de 2008, com a intenção de refletir a realidade da situação patrimonial nas demonstrações financeiras do Vasco, foi contratada a empresa de auditoria KPMG, a qual promoveu drásticos ajustes no balanço assinado pela administração passada. Entretanto, a prática de tornar transparentes os números do clube não foi adiante e ficou apenas nesse primeiro movimento.

O terceiro balanço assinado pela atual administração não apresenta qualquer evolução em sua função de esclarecimento e detalhamento das informações relevantes. A transparência nos atos da administração, mais uma vez, não foi evidenciada no balanço anual do clube.

Foi relatado, nas notas explicativas ao balanço, que a NBC T 10.13 foi atendida ao serem registrados os gastos com a contratação ou a renovação de contrato de atletas profissionais no ativo imobilizado, em conta específica, pelo valor efetivamente pago ou incorrido. No entanto, esses registros referem-se apenas ao primeiro (item a) dos oito itens da NBC T 10.13.5.1, que não foram atendidos, conforme demonstrado a seguir:

As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas elaboradas de acordo com a NBC T 6 – Da Divulgação das Demonstrações Contábeis e as respectivas interpretações técnicas, além das específicas da atividade, tais como:

a) gastos com a formação de atletas, registrados no ativo imobilizado e montante baixado para o resultado no exercício;

b) composição dos direitos sobre os atletas profissionais, registrados no ativo imobilizado com a segregação do valor correspondente a custo e amortização e prazo médio remanescente a amortizar; (não atendido)

c) receitas obtidas e seu correspondente custo de aquisição com a negociação e a liberação de atletas profissionais, segregados os valores das negociações com o mercado externo; (não atendido)

d) valores em moeda estrangeira de direitos e obrigações com o mercado externo; (não atendido)

e) composição do valor das receitas, custos e despesas relevantes por tipos, desde que não evidenciadas na demonstração de resultado; (não atendido)

f) direitos e obrigações contratuais não passíveis de registro contábil em relação à atividade desportiva profissional; (não atendido)

g) contingências ativas e passivas de natureza tributária, previdenciária, trabalhista, cível e assemelhadas; (não atendido)

h) seguros contratados para os atletas profissionais e demais ativos da entidade. (não atendido)

Cabe aqui ressaltar que foram analisados os aspectos relacionados à apresentação dos balanços também em outros grandes clubes brasileiros e a conclusão é a de que o grau de transparência e de detalhamento das informações nas demonstrações financeiras do Vasco é muito inferior ao dos demais clubes.

Discriminação por atleta dos valores dos direitos econômicos negociados, prazos de amortização de contratos, taxas de juros de empréstimos e mútuos, detalhamento das receitas com futebol e discriminação dos itens de imobilizado são alguns dos exemplos de informações não disponibilizadas no balanço publicado do Vasco, mas que podem ser encontradas nas demonstrações do resultado ou nas notas explicativas dos balanços do Botafogo, Fluminense, Internacional, São Paulo, Flamengo, dentre outros.

Uma mostra do compromisso com a transparência pode ser consultada no site do Sport Club Internacional que, nas notas explicativas do balanço de 2010, descreve:

“11. Intangível (Direitos Econômicos de Atletas)

“O Clube, em 31 de dezembro de 2010, apresenta 148 (2009 – 132) profissionais registrados como atletas formados em seu ativo intangível. Os principais atletas registrados nesta rubrica em 31 de dezembro de 2010, por valores, são: Giuliano Victor de Paula, Andrés D´Alessandro, Wilson Tiago Matias, Dalton Moreira Neto, Pablo Horácio Guinãzu, Alecsandro B. Filisbino, André Luiz Tavares, Gonzalo Sorondo Amaro, Edmo Pereira Campos, Tiago Humberto Gomes e Lauro Junior Batista da Cruz.

Aquisições

As aquisições ocorridas, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, incluem, principalmente, os valores relacionados a percentuais de direitos econômicos para aquisição ou manutenção (termo de renovação de contrato) dos direitos federativos dos atletas: Wilson Tiago Matias, Dalton Moreira Neto, Elton Divino Celio, Ronaldo Conceição Silveira, Talles Henrique da Cunha, Frederico Rodrigues de Paula Santos, Paulo Cesar Fonseca do Nascimento, Eduardo Concenti Antunes, Ronaldo Luiz Alves, Kaoe Folles Ferreira da Silva, César Augusto Gomes Nascimento, Elton Junior Melo Ataide e Marcos Vinicius Rocha Vilela.



Vendas

O resumo das transações com atletas, em 31 de dezembro de 2010, também pode ser assim apresentado:”




Para concluir, destacam-se também as restrições apontadas pela auditoria no balanço do clube:

i) não foram contabilizadas as depreciações dos imóveis, e o ativo imobilizado está registrado a maior;

ii) não foram efetuadas avaliações para redução dos ativos ao “valor recuperável”;

iii) o saldo da conta Estoques não foi confirmado, pois o clube não tem procedimentos estabelecidos para a realização de inventários periódicos;

iv) não foram disponibilizados, para a auditoria, os valores atualizados dos processos judiciais para as provisões para contingências.
"

Fonte: Cruzada Vascaína