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Ao deixar o Porto, Carlos Alberto colecionou confusões por onde passou


Quinta-feira, 28/04/2011 - 22:53

No Corinthians a sua contratação estourou como uma bomba...

Kia Joorabchian e sua tenebrosa MSI haviam contratado o melhor brasileiro atuando na Europa.

O de melhor fase.

Ele voltaria ao Brasil para se valorizar.

Carlos Alberto.

Campeão mundial pelo Porto de José Mourinho.

E da Champions League.

Tem as duas taças tatuadas nas costas.

E mais a singela mensagem:

"Muitos querem, poucos conseguem".

Ele mesmo se apresenta como um incrível vencedor...

Como alguém para ser admirado...

Idolatrado...

Seria o meia ideal para Carlitos Tevez.

O arco para a fecha argentina.

Desde que chegou ao Parque São Jorge seu comportamento foi estranho.

Não era, mas se comportava como se fosse a grande estrela da companhia.

Não gostava de ficar à sombra de Tevez.

Logo a expectativa que o precedeu se transformou em decepção.

Não era o grande craque que assessores da MSI gostavam de espalhar.

Muito pelo contrário.

E para piorar as coisas, seu comportamento começou a irritar os treinadores.

Atrasos, discussões.

Tudo ficou pior quando começou a engordar.

Os preparadores físicos pediam compaixão aos repórteres.

Ele havia perdido um grande amor e descontava a ansiedade comendo sanduíches.

Perdeu a posição de titular.

Se tornou cada vez mais agressivo.

Trocou socos, pontapés e cusparadas com Tevez.

Quase agrediu o então técnico Leão ao ser substituído em uma partida contra o Lanús.

Com a Polícia Federal ameaçando a MSI ele acabou sendo emprestado ao Fluminense, clube onde nasceu.

De lá, acabou vendido para o Werder Bremen.

Foi um fracasso.

Não conseguiu jogar.

Para não perder todo o dinheiro, os alemães resolveram emprestar o brasileiro.

Ao clube que aparecesse.

Foi para o São Paulo.

Não conseguia entrar em forma e não parava de criar confusões.

Foi dispensado após uma briga.

O Bremen não o quis de volta.

E o emprestou desta vez ao Botafogo.

Estava bem, mas o clube não lhe pagou.

Foi à justiça e abandonou a equipe.

Acabou emprestado ao Vasco.

Em 2008 era o seu terceiro clube.

Foi um dos jogadores mais importantes na volta do clube para a Série A, em 2009.

Seu problema crônico de peso era um tormento para os preparadores físicos.

E também sua falta de controle emocional.

O que provocou recordes de cartões amarelos e vermelhos.

Acabou discutindo com o presidente do Vasco, Roberto Dinamite no início deste ano.

E foi emprestado ao Grêmio.

Em Porto Alegre prometeu ser um novo jogador.

Seria o grande líder de Renato Gaúcho.

Seu futebol foi fraquíssimo.

Era nítida a sua dificuldade em entrar em forma.

Estava sempre pesado e irritado.

Apesar de Renato fazer tudo para defender o meia, acabou por colocá-lo na reserva.

Não havia jeito.

Estava prejudicando o time.

Alegando problemas particulares no Rio, largou o Grêmio por uma semana.

Os dirigentes ficaram irritadíssimos.

Expôs Renato Gaúcho para a exigente imprensa de Porto Alegre.

Abandonou coletivas para não brigar com jornalista.

Seu ambiente era péssimo.

Nos vôos do time se recusava a apertar o cinto de segurança e discutia com aeromoças.

Chegou a quebrar uma janela irritado após uma partida que jogou mal.

Contra o Universidad Catolica entrou em campo como solução do banco de reservas.

Não conseguiu produzir nada de bom.

Parecia um ex-jogador.

Fora de ritmo, sem força muscular.

E adquiriu a mania de arrumar inimigos no twitter.

Ficava ironizando torcedores, escrevendo bobagens.

O ponto final seria a irritação da direção ao saber que ele arrumou confusão na terça-feira.

No hotel onde o Grêmio estava concentrado.

Às seis da manhã teria resolvido tomar um banho de piscina.

E acabou por perturbar hóspedes que dormiam, que se queixaram à recepção do hotel.

Foi repreendido por um segurança e arrumou uma grande confusão.

Não completou sequer três meses no Grêmio.

Jogou 12 jogos e marcou apenas um gol.

A direção do Vasco não quer aceitá-lo de volta.

Prefere reemprestá-lo para quem aparecer.

Só que não há interessados.

Ele recebe um bom salário por contrato.

Carlos Alberto tem apenas 26 anos.

Quando José Mourinho esteve no Brasil em 2009, estranhou,.

Não entendia o porquê de Carlos Alberto não ter se transformado em um jogador de nível internacional.

Se ele morasse aqui, talvez entendesse...

Fonte: Blog Cosme Rímoli - R7