Além dos jogadores, o Vasco também homenageou a família de Larissa dos Santos Atanázio. Os pais e o irmão da menina de 13 anos, assassinada no massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, receberam camisas personalizadas das mãos dos jogadores. O goleiro Fernando Prass era o grande ídolo de Larissa e não conseguiu segurar a emoção no momento da homenagem.
Agora, o Vasco vai enfrentar o Atlético (PR) nas quartas de final. As datas serão anunciadas nesta quinta-feira pela CBF. No próximo domingo, o time volta a campo para a final da Taça Rio, contra o Flamengo, às 16h, no Engenhão. Já o Náutico, que atuou no Rio com um time praticamente reserva, atua também no domingo, decidindo um lugar na decisão do Campeonato Pernambucano contra o Sport. O Timbu perdeu o jogo de ida, na Ilha do Retiro, por 3 a 1.
No jogo de ida, o Vasco conquistou uma vantagem muito expressiva após derrotar o Náutico por 3 a 0. Como o time podia perder por até dois gols de diferença, Ricardo Gomes resolveu escalar uma equipe mista. Apesar de ter mantido a estrutura tática, as novidades - Jumar e Eduardo Costa na proteção à zaga, Bernardo no meio e Elton no ataque - acabaram afetando o entrosamento. Além disso, o time nitidamente não entrou com o pé no acelerador para evitar possíveis lesões que atrapalhem a presença na decisão da Taça Rio, contra o Flamengo, no domingo.
O grande homenageado da noite, Felipe, que completava 300 jogos pelo clube carioca, chegou a tirar o pé de algumas divididas. Uma postura cautelosa providencial diante de um adversário, que também atuava sem vários titulares e era orientado pelo auxiliar Zé do Carmo (o treinador Roberto Fernandes ficou em Recife). E o Timbu estava afobado e chegou a abusar da violência em alguns lances. Bernardo, Ramon, Jumar e Eder Luis foram alguns dos que sofreram com a violência do time pernambucano. A equipe levou sete cartões amarelos. O Timbu só levou perigo em apenas um lance na primeira etapa. Em que a bola chegou a balançar a rede. Aos 43, Peter chutou de fora da área. Deyvid Sacconi desviou para a o gol, mas a jogada foi invalidada. O meia estava adiantado.
Na base do esforço, o Vasco tentava chegar ao gol. E teve três oportunidades claras para abrir o placar. A primeira foi com Eder Luis, mas o goleiro Douglas fez grande defesa. Depois, foi a vez de Bernardo desperdiçar duas chances. A primeira surgiu de uma tabela com o próprio Eder Luis. O camisa 31 recebeu na frente e poderia ter devolvido, mas resolver arriscar o chute e errou. O apoiador ainda recebeu de Elton sozinho na área. Em lance parecido com o jogo de ida no Recife, Bernardo driblou dois jogadores e chutou forte, carimbando o travessão.
O Vasco voltou ainda mais relaxado no segundo tempo. Já o Náutico resolveu tentar jogar e deixar de bater. O resultado dessa mudança foi uma bola na rede logo aos seis minutos, quando Silas desviou um chute de Elicarlos. A arbitragem anulou marcando impedimento que não existiu. O lance assustou o Vasco, que, com apoio da torcida, passou a equilibrar as ações. Mas isso continuou não significando chances claras para o time.
O técnico Ricardo Gomes resolveu, então, começar a poupar outros jogadores e dar oportunidades a outros. Após ficar um mês afastado devido a uma lesão no joelho direito, Fagner entrou no lugar de Allan. O objetivo foi dar ritmo de jogo ao lateral-direito de ofício, que vai ter de lutar para recuperar seu espaço. Felipe também deixou o campo para a entrada de Enrico. As mudanças deram mais velocidade, mas, novamente, o desinteresse pareceu predominar e as chances não apareciam.
Com a classificação vascaína decidida, as duas equipes seguiram com grande dificuldade de criar oportunidades de gol. E não havia outro resultado além do 0 a 0.
VASCO 0 x 0 NÁUTICO
Competição: Copa do Brasil - Oitavas-de-final - Jogo de volta
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 27/04/2011 (quarta-feira)
Hora: 21h50min (de Brasília)
Árbitro: Devarly Lira do Rosário (ES)
Árbitro Assistente nº1: José Ricardo Maciel Linhares (ES)
Árbitro Assistente nº2: Vanderson Antônio Zanotti (ES)
4º Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro (RJ)
Público: 3.793 pagantes; 5.557 presentes
Renda: R$ 64.240,00
Acréscimo: 1ºT, 2'; 2ºT, 4'
Cartões amarelos: Peter 30'/1ºT (NAU), Deyvid Sacconi 39'/1ºT (NAU), Fábio Reis 44'/1ºT (NAU), Ramon 10'/2ºT (VAS), Rodolfo Potiguar 15'/2ºT (NAU), Jeff Silva 17'/2ºT (NAU), Jorge Felipe 20'/2ºT (NAU), Elicarlos 25'/2ºT (NAU), Jumar 48'/2ºT (VAS)
Cartões vermelhos: -
Gols: -
VASCO: 1-Fernando Prass [cap]; 35-Allan (23-Fagner 11'/2ºT), 26-Dedé, 25-Anderson Martins e 33-Ramon; 18-Jumar, 8-Eduardo Costa, 300-Felipe (17-Enrico 21'/2ºT) e 31-Bernardo; 7-Eder Luís (20-Caíque 40'/2ºT) e 39-Elton. Técnico: Ricardo Gomes.
Banco: 12-Alessandro, 3- Cesinha, 21-Fellipe Bastos, 11-Jéferson.
NÁUTICO: 1-Douglas; 4-Nitsche, 5-Wescley e 3-Jorge Fellipe; 2-Peter, 7-Rodolfo Potiguar, 8-Elicarlos [cap], 10-Deyvid Sacconi (16-Marcus Vinícius 31'/2ºT) e 6-Jeff Silva; 9-Philip (15-Daniel Silva 37'/2ºT) e 11-Fábio Reis (17-Silas, intervalo). Técnico: Zé do Carmo.
Banco: 12-Gideão, 13-Fernando Barros, 14-Marcelo, 18-João Ananias.
Obs.: Por estar completando 300 jogos pelo Vasco, Felipe utilizou a camisa de nº 300. Vasco classificado (venceu o jogo de ida por 3 a 0).
Col. | Jogador | Média | Col. no ano | Média no ano |
1º | Dedé | 7.2767 | 1º | 7.5480 |
2º | Felipe | 7.2042 | 3º | 7.0043 |
3º | Anderson Martins | 7.2016 | 5º | 6.8976 |
4º | Éder Luís | 7.1910 | 7º | 6.3571 |
5º | Fernando Prass | 7.0791 | 6º | 6.6852 |
6º | Bernardo | 6.5244 | 2º | 7.4563 |
7º | Fagner | 6.4954 | 9º | 6.1744 |
8º | Elton | 6.4677 | * | 6.1485 |
9º | Ramon | 6.2385 | 11º | 5.7454 |
10º | Eduardo Costa | 6.0764 | 10º | 5.9854 |
11º | Jumar | 5.8116 | * | 6.1989 |
12º | Allan | 5.7997 | 13º | 5.6077 |
13º | Enrico | 5.3570 | * | 5.2624 |
14º | Caíque | 4.5534 | * | 5.4754 |