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Vasco se destaca por público e jogadores pedem paciência à torcida


Quarta-feira, 27/04/2011 - 14:47

Depois de passar o início do ano amargando a ausência nas semifinais da Taça Guanabara, a torcida do Vasco parece ter deixado a desconfiança de lado e vem marcando presença nos jogos, em São Januário. Em comparação a outros 11 clubes de maior expressão no futebol brasileiro, o carioca se destaca nos números. Somando o público dos últimos confrontos com o mando de campo, o Cruz-Maltino lidera com uma média de 19.157 pagantes. Mesmo em jogos de Libertadores da América, algumas equipes apresentaram público bem inferior.

Nenhum dos três rivais do Rio de Janeiro bateu o Vasco. Contra o Cabofriense na penúltima rodada da Taça Rio, por exemplo, o time de São Januário teve a presença de 13.793 pagantes, superando os números de Fluminense x América do México, no Engenhão, que foi válido pela Taça Libertadores: 11.987.

Os vascaínos voltaram a mostrar força nas semifinais da Taça Rio. No jogo diante do Olaria, o público foi de 22.867 pagantes e acabou superando o do Fla--Flu de domingo, que teve 20.466.

Contudo, a presença em massa algumas vezes acaba se transformando em pressão. Em duas partidas, o meia Felipe chegou a se manifestar contra os torcedores que não apoiaram como se era esperado. Nesse mesmo jogo diante da Cabofriense, a equipe perdeu muitos gols e alguns jogadores foram vaiados, causando revolta do elenco que resolveu não saudar o púbico após o apito final do árbitro. O meia chegou a reclamar na entrevista coletiva pedindo mais paciência, principalmente com os jogadores mais jovens como Alan, que está improvisado na lateral-direita.

- Gostaria de, em nome do grupo, comentar a atitude da torcida, que poderia ajudar mais. Vaiaram o Allan, que está improvisado, me vaiaram, vaiaram o Eder Luis. Os torcedores têm que apoiar desde o primeiro minuto. Todos os jogadores ficaram chateados com o comportamento da torcida – disse na época.

O mesmo problema foi presenciado na semifinal do último sábado, no Engenhão. Após alguns passes errados, o jovem Alan voltou a receber vaias. Felipe gesticulou para a torcida pedindo apoio ao companheiro.

O Vasco sabe que o mando de campo é fundamental para que o time alcance seus principais objetivos na temporada. Mas pede paciência aos torcedores. A próxima partida em São Januário será muito importante para o time. Pela Copa do Brasil, o Cruz-Maltino enfrentará o Náutico, nesta quarta-feira, pelo jogo da volta das oitavas de final e, mesmo podendo perder por dois gols de diferença, precisará incentivo dos vascaínos.

- A torcida sabe da qualidade da equipe. A impaciência surge quando os gols demoram para sair. Mas temos que ver que todos os jogos são difíceis. A torcida tem que ir para o estádio em peso novamente e nos incentivar – disse o zagueiro Dedé.

Ainda comparando aos públicos de outras equipes, o Santos, que tem em seu elenco jogadores como Ganso e Neymar e ainda está na Libertadores, teve a média de 14.833 pagantes nos últimos cinco jogos. Em São Paulo, é o Palmeiras que chega mais perto do Vasco com 17.000.

Em Minas, Atlético e Cruzeiro levam desvantagem pelo fechamento do Minerião, que entrou em obras para a Copa do Mundo de 2016. Por isso, têm públicos inferiores. Mesmo disputando a Libertadores, a Raposa apresentou a média de 4.310 pagantes. As partidas estão sendo feitas na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas-MG.

No Sul, os torcedores estão marcando presença mais nos jogos da Libertadores. O Internacional leva muita gente ao Beira-Rio, mas não repete o feito no Campeonato Gaúcho. O Grêmio teve seu maior público contra o Junior Barranquilla: 31.836. Na final do primeiro turno, contra o Caxias, o Tricolor teve 23.465 pagantes ao Olímpico.

Veja a média de público pagante nos últimos 5 jogos com mando de campo:



Fonte: GloboEsporte.com