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VP de Patrimônio fala sobre retirada de outdoors de São Januário


Terça-feira, 19/04/2011 - 18:50

Dentro de campo o Vasco vive um momento de tranquilidade, invicto há 10 partidas, classificado para as semifinais da Taça Rio e com a mão na vaga para as quartas de final da Copa do Brasil, fora dele o clima de eleição segue agitando os bastidores de São Januário. Nesta terça-feira, o movimento de oposição "Cruzada Vascaína" acusou a diretoria do clube de cobrir dois outdoors colocados em frente ao estádio. Um do próprio movimento e outro de protesto dos sócios sobre o contrato de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro, assinado com a "TV Globo".

Na manhã desta terça-feira, o SRZD entrou em contato com o vice-presidente de Patrimônio do Vasco, Frederico Lopes, para saber o que aconteceu com o outdoor da chapa "Cruzada Vascaína". O vice-presidente afirmou que o ocorrido é tão somente por conta de normas que o Vasco preza à empresa que lhes fornece os outdoors, uma vez que, de acordo com as leis entre ambos, não pode haver quaisquer vendas de publicidade política.

"A política entre a empresa que fornece os outdoors e o Vasco é a de não aceitar divulgações de críticas, cobranças, eleições etc.. Nós não buscamos publicidades que dizem respeito ao que ocorre dentro do clube. O outdoor foi coberto porque quem nos fornece este campo comercial está viajando e, quem ficou em seu lugar, não sabia destas normas. Foi um erro."

Ainda de acordo com Frederico Lopes, estas normas do clube são sabidas por todos que circulam pelo Vasco e, talvez, tenha sido até mesmo uma forma de protestar contra algumas leis, querendo fazer com que pensem que o Cruzmaltino funciona à base de um regime ditatorial.

"O outdoor pode ter sido um protesto contra algumas políticas do clube. Talvez tenha sido alguém lá de dentro, planejando, para criar um conflito no Vasco, querendo passar aos torcedores que há ditadores no clube. Nós não podemos divulgar quaisquer situações que ocorrem dentro do Vasco em outdoor que esteja à frente do São Januário."

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, também foi ouvido pelo SRZD. Para ele, o ocorrido não tem nada a ver com o clube, já que não há problemas no Cruzmaltino e, particularmente, não está dando ênfase às questões das eleições do Vasco, já que prefere correr atrás de assuntos que, atualmente, estão em evidência, como os dois jogos que o "trem-bala da Colina" realizará nesta semana (contra o Náutico, em jogo de volta pela Copa do Brasil e contra o Olaria, pela semifinal da Taça Rio).

"Minha preocupação está focada nos jogos do Vasco. Pelas eleições, qualquer pessoa pode se candidatar, desde que esteja regularizado e se preocupe em trabalhar para e pelo Vasco. Não me interessa falar mal ou fazê-lo a alguém."

Presidente da "Cruzada Vascaína" se irrita com políticas do Vasco

Leonardo Gonçalves, que disputa a presidência do Vasco pela chapa "Cruzada Vascaína", falou ao SRZD que não há como o Vasco impedir de serem feitas propagandas eleitorais, justamente por este ato ser considerado um crime. Para o presidente da chapa, é lamentável esta "democracia" da atual diretoria do Cruzmaltino. Ademais, Leonardo lembra que um outro outdoor, sem menções políticas, também foi censurado.

"Isso é uma vergonha, em pleno século 21, porque o Vasco foi o clube mais democrático do Brasil, vencendo barreiras, dar uma ordem pra cobrir dois outdoors, um deles sem fins políticos, de sócios e outro de grupo de oposição, que não fazia menção a atual diretoria. Acho que os sócios vão ter de tomar uma decisão se é essa democracia que eles querem para os próximos três anos."

Fonte: SRZD