Tamanho da letra:
|

Confira discurso do vice de relações especializadas em evento na Lagoa


Sábado, 16/04/2011 - 02:05

Nesta última quinta-feira (14/04), na Sede Náutica da Lagoa, foi lançado o livro “Marcas Solidárias”, obra sobre a saga dos portugueses no Brasil. O evento contou com a presença do presidente Roberto Dinamite, da diretoria do clube, conselheiros, beneméritos do Vasco, do Cônsul de Portugal e de membros da comunidade portuguesa.

No início do lançamento, o vice presidente de Relações Especiais do Vasco, João Ernesto, fez um discurso sobre o “Vasco, da Gama, Daqui e D’além-mar”, artigo escrito pelos estagiários do Centro de Memória do clube, Walmer Peres Santana e Nixon Marques da Silva, e pelo professor Ricardo Pinto dos Santos.

Confira o discurso:

Senhoras e Senhores, Boa Noite!
Uma noite tipicamente vascaína, brasileira e portuguesa, como a que reforçar o que diz nosso hino, “traço de união Brasil-Portugal”.

Vejo aqui tantos que de lá vieram. Outros tantos que aqui nasceram, gerados pelos que de lá vieram.
De modo a cumprir a missão que me foi dada pelo nosso Presidente, a de falar aos Srs, optei por compilar muito do que já foi dito acerca do envolvimento de brasileiros e portugueses, cuja liga é capaz de produzir uma noite como essa. Produziu e mantém esse Gigante, que é o nosso Clube, o nosso Vasco.

E por que estamos aqui hoje? Estamos para festejar mais uma contribuição do Vasco ao sentimento da luso-brasilidade. Para comemorarmos aqui, em nossa Casa, a alegria que tivemos ao ver acolhido o artigo “Vasco, Da Gama, Daqui e D'Além-Mar – A importância dos portugueses no cenário esportivo brasileiro”, de autoria de integrantes do nosso Centro de Memória.

É isso o que celebramos nessa noite, a satisfação em poder colaborar com a República Portuguesa quando esta resolveu consolidar em uma publicação as boas práticas das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo no tange ao combate à pobreza e à exclusão social, no contexto de que 2010 foi o Ano Europeu de combate a estas 02 mazelas da humanidade.

E aí está o livro “Marcas Solidárias: Obras Sociais das Comunidades Portuguesas”. E lá está o nome do Club de Regatas Vasco da Gama. Foi com muito orgulho, Sr Cônsul, que em março de 2010 recebemos vosso convite para participar desta obra. E foi com muita honra que vimos aceito o nosso contributo.

Esse é o Vasco que queremos, e que haveremos de manter nas gerações que se seguirem: elo de luso-brasilidade.
Mais do que convite, Sr Cônsul, o que VExa nos fez foi um chamamento, e atender a um chamamento de Portugal encheu-nos de orgulho o coração e de lágrimas os olhos. Lágrimas de emoção. Emoção porque pensamos nos nossos pais, avós e bisavós, que de lá vieram, para edificar o Vasco. De lá vieram para construir o Brasil.
Movidos por esse orgulho de ser luso-descendente é que nos lançamos à obra, tal qual os grandes navegadores lançavam-se ao mar. Mar que trouxe muitos do Srs que aqui estão. Mar que trouxe meus avós maternos. Mar que trouxe meu pai.

Está no gene do português a ligação com o mar. Essa forte marcação genética fez com que 04 patrícios tivessem a divina ideia de fundar um clube destinado à prática do remo.

À Henrique Ferreira Monteiro, Luiz Antonio Rodrigues, Manoel Teixeira de Sousa Junior e José Alexandre d'Avellar Rodrigues, toda a honra e toda a glória.

À eles, verdadeiras locomotivas da criação do nosso Vasco, logo juntaram-se quase 200 outros, também ávidos pela convivência associativa que os remetesse ao Portugal querido que haviam deixado além-mar.
E fundaram o clube, dando a ele o nome do maior de todos os navegadores.
Gomes Leal bem sintetizou o que representou a maior epopeia dos mares. Disse ele:

“Esse feito audaz inflama.
Foi preciso a nossa fama,
Para cometê-lo um Gama,
Um Camões para o cantar”

E quanto temos que agradecer a esse país, muito sabiamente chamado de “Jardim da Europa, à beira-mar plantado”.
Em editorial da revista Lusitania, de fevereiro de 1929, ficava bem caracterizado o “ser” português:
“O sentido de Portugal é o sentido do Atlântico, o sonho do mar, da expansão, da eternidade dos mundos, da aventura e da coragem, dos grandes feitos, da revelação e da conquista. É o sentido da vida e da civilização, da saudade e da glória, do trabalho e da fé, das caravelas e dos aviões.

Andamos, há oito séculos, a correr atrás de um sonho. E esse sonho é a nossa vida, o nosso sentido estético, moral, político, literário, nacional. A ideia da Pátria, sonhada e defendida por Viriato muitos séculos antes da existência de Portugal, veio até nós nos cantos dos poetas, vibratisada pelas espadas dos nossos guerreiros, espalhada e engrandecida pela aventura dos descobridores. E a sua grandeza é o sonho da nossa gente, da nossa Raça. Foi ele, o sonho, que levou Vasco da Gama à Índia e trouxe Pedro Álvares Cabral ao Brasil”.

Aos portugueses cabe de fato e de direito a glória de ter aberto à comunicação e ao conhecimento dos povos civilizados, a terra moça, imensa e bela do Brasil.

O feito dos portugueses no Brasil não restringe-se à Descoberta; está na Colonização, na obra formidável do desbravamento da terra, da construção de cidades, na revelação portentosa das suas riquezas e maravilhas.
Portugal nos legou, à custa de torrentes de sangue e de lágrimas, a Unidade da Pátria e a Unidade da Língua.
Por isso é que nós, brasileiros, nos orgulhamos de nossa descendência, descendência daquele povo que construiu na Europa um país de lendas e maravilhas e saiu depois, mares à fora, à conquista de mundos, abrindo novos horizontes à humanidade e à civilização. Povo de guerreiros, navegadores, de santos e de poetas, de gênios e de mártires.

Quis o destino que fosse Portugal o descobridor desta Nação que a cada dia se afirma mais no cenário internacional, e esse papel será representado com tanto maior brilho, quanto maior e mais profundo fôr a nossa união.
Antes de ler o artigo, razão de nossa presença aqui nessa grande noite, gostaria de fazer 02 agradecimentos.

Primeiramente, ao Sr Cônsul-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, Embaixador Antonio Almeida Lima, pelo generoso convite que nos fez a participar do livro que a República Portuguesa iria editar. Tenha certeza, Sr Cônsul, que nosso artigo é um misto de técnica e paixão.

Em seguida, agradeço também ao Presidente Roberto Dinamite, não só por ter nos confiado a missão da construção do artigo, ressaltando ele a importância da participação do nosso Clube na citada obra, como também, após ver acolhida a nossa contribuição, pela decisão de compartilhar com a comunidade portuguesa a nossa imensa alegria e o nosso orgulho.. Muito obrigado, Presidente.

Chamo ao palco, para que fiquem ao meu lado, o Prof Ricardo Pinto dos Santos, o Sr Walmer Peres Santana e o Sr Nixon Marques da Silva, autores que são do artigo “Vasco, da Gama, Daqui e D'além-mar”.
O Prof Ricardo Pinto, mestre em História, é o Coordenador das aitividades do Centro de Memória do Vasco. Fomos buscá-lo na Universidade Federal do Rio de Janeiro para que desse um perfil científico à tarefa de organizar e preservar o nosso maior patrimônio, o Patrimônio Histórico.

Walmer Peres e Nixon Marques são graduandos em História, também da UFRJ, e são nossos estagiários.
Vasco Da Gama, Daqui e D’além-mar
- A importância dos portugueses no cenário esportivo brasileiro -

Ricardo Pinto dos Santos
Centro de Memória Vasco da Gama - Coordenador Científico

Walmer Peres Santana
Nixon Marques C. V. da Silva
Centro de Memória Vasco da Gama - Estagiários

Se caminhássemos pelas ruas da Cidade do Rio de Janeiro no início do século XX, encontraríamos uma cidade/capital em plena transformação. Fosse pelo processo de urbanização e modernização, fosse pela política, experimentando uma recém instaurada República (15 de novembro de 1889) e, sobremaneira, pelas incontáveis transformações sócio-culturais do momento, a cidade vivia uma efervescência de movimentos que acabou por gerar um novo status quo e um novo modus operandi na capital republicana. Dentre os novos objetos que emergiram, um se destacou e transformou-se em um dos mais representativos objetos da cultura e da identidade brasileira, o futebol.

Entretanto, muito antes de ser reconhecido como o “País do Futebol”, muito disso pelo pentacampeonato mundial da modalidade, ou ainda como nação altiva e pungente nas relações internacionais, o Brasil republicano do início do século XX, periférico e demasiadamente rural, caminhava com passos curtos em busca da tão sonhada modernidade, marcada pela estética e por valores do Velho Continente, notadamente de franceses e ingleses. Diante de um fenômeno tão intenso, algumas questões se apresentaram e tornaram-se fundamentais no cenário brasileiro.

Com o fim da escravidão, ocorrida em 13 de maio de 1888, e a necessidade quase que exclusiva dos grupos dirigentes de manter, apesar das transformações, os lugares sociais intactos às mudanças e aos deslocamentos de classe, houve um grande esforço no sentido de excluir aqueles que estivessem vinculados ao passado e que naquele contexto pudessem desejar e/ou alcançar uma nova posição social. Foi nesta turbulenta cidade que os primeiros clubes esportivos se constituíram.

Durante as décadas finais do século XIX começamos a experimentar um cenário esportivo mais organizado e com uma importância cada vez maior para a cidade, abrindo caminho para inúmeras modalidades esportivas, e que não paravam de crescer. Primeiramente, com o turfe, em seguida com o remo, que afirmava-se como o grande representante da modernidade.

O esporte das pequenas embarcações conquistou a população da capital e re-configurou o espaço urbano do Rio de Janeiro, fazendo com que a enseada de Botafogo se tornasse o ponto de encontro da população. As populares regatas se fortaleceram, principalmente com o apoio do Estado, e produziram grandes feitos para o esporte. Foi com a prática do remo que o Club de Regatas Vasco da Gama iniciou a sua trajetória esportiva.

Fundado em 21 de agosto de 1898, no nº 293 da rua da Saúde, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, o clube trazia em seu nome homenagem ao grande navegador português que dera ao mundo o Caminho Marítimo para as Índias havia 400 anos.

Mas, em verdade, o clube não fez homenagem tão somente ao filho de Sines. Em todos os seus símbolos presta honra a todos os portugueses que dominaram a imensidão dos mares. O nome, o escudo, com uma caravela ao centro, e a Cruz de Malta que marca de forma tão emblemática o clube, foram manifestações de amor, gratidão, respeito e reverência àqueles que fizeram de Portugal Senhor do Mar.

A comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, com a criação dos clubes, tinha a possibilidade de estreitar os laços de identidade e, sobretudo, construir novos espaços para o lazer na terra que os acolheu. Aos portugueses que atracavam nos portos tupiniquins, acostumados com o trabalho exaustivo do comércio, pouco restava em tempo para o lazer. Neste sentido, a criação do Club de Regatas Vasco da Gama causou grande expectativa e conseqüente euforia aos patrícios portugueses.

Com o fim da escravidão, é importante lembrar, os setores urbanos ganharam mais força com a República. Influenciados pelo positivismo, a modernização tornou-se o grande objetivo dos diversos grupos sociais. Desse modo, era impossível romper categoricamente com o passado, o que levou a gerar uma acomodação entre o presente (moderno) e o passado (agrário). Também nos esportes, essa ambivalência, própria da modernidade, produziu uma remodelação do cenário. Turfe e o Remo passaram a representar passado e presente, respectivamente.

Neste cenário, e ainda sofrendo as vicissitudes por serem oriundos do país colonizador, a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro passava por perseguições que a levaram a traçar um novo rumo para o seu o papel na sociedade carioca. O Vasco da Gama, que aparentemente era para ser apenas mais um clube esportivo, forjava-se como poderosa ferramenta política contra a exclusão social e racial.

Passado, colônia, portugueses, escravidão, turfe tornaram-se marcas do momento histórico que deveria ser apagado. O presente, o moderno, a República, a liberdade, os franceses e ingleses e o remo eram os novos valores. Havia uma grande necessidade de construir “novos valores”. Com isso, o processo de exclusão implicou em um caminho sem volta; afinal, quando da definição dos representantes da nova sociedade, ficou claro quais seriam os que deveriam ser excluídos ou silenciados no processo em curso.

Entretanto, a grande problemática dessa dinâmica reside no fato de que a história não é linear, tampouco inteiramente controlada pelos grupos dirigentes. E, para validar este modelo, eis que o Vasco da Gama consolida-se como grande campeão no remo. O Rio de Janeiro tinha, então, um representante do passado como vitorioso do presente. O “problema” estava lançado.

Mais ainda, a capital federal tinha um clube que ousou em ter, em 1904, o primeiro presidente negro de um clube esportivo, Cândido José de Araújo, que dirigiu o clube em 1904 e 1905.
Tal fato distanciava o clube vascaíno dos reconhecidos clubes das elites cariocas. Contudo, pouco poderia ser feito diante da vitoriosa trajetória no remo. Os vascaínos, essa mistura salutar de portugueses e brasileiros, no entanto, insistiam em participar mais ativamente do processo geral que se desenvolvia no País.

Para tanto, partiram para a sensação daquele momento, o futebol. Neste esporte, atuaram, de forma decisiva, no maior conflito da história do futebol brasileiro, a luta contra a discriminação racial e social.

O Brasil tinha libertado seus escravos havia pouco tempo. Todavia, apesar da liberdade, não foi implementada uma efetiva política de integração do negro à sociedade. Para além da não integração, sobretudo no Rio de Janeiro, então capital federal, onde a população negra era numerosa, as práticas “esportivas” relacionadas às camadas populares passaram a ser perseguidas e, em alguns casos, criminalizadas.

Mais uma vez a colônia portuguesa rompeu com os paradigmas da época. Enquanto os "grandes" clubes encontravam no amadorismo, falso por sinal, uma forte base para manter seus quadros de atletas e sócios imunes às camadas populares, principalmente trabalhadores braçais e negros, outros clubes de menor envergadura financeira já possuíam estes agentes sociais como base fundamental em seus quadros.

Não obstante haver iniciado sua trajetória futebolística nos anos de 1915/1916, um tanto quanto tardia se compararmos aos outros grandes clubes do Rio de Janeiro, em pouco tempo o clube vitorioso nas regatas assumiria um papel decisivo na re-configuração das estruturas do esporte bretão .

Em 1923, a equipe vascaína, formada basicamente por negros e trabalhadores, causa o primeiro e, possivelmente, o mais importante choque nas estruturas do futebol nacional. O clube rompe com a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), após solicitação do presidente desta instituição, Arnaldo Guinle, no sentido de que fossem excluídos da equipe de futebol 12 jogadores que afrontavam os valores morais e estéticos da época, ou seja, eram negros e pobres.

A resposta, reveladora do caráter e, sobretudo, da compreensão daqueles que vieram d’além mar e encontraram uma nova e acolhedora casa no Novo Continente, não poderia ter sido mais significativa. Aquela briosa gente, a gente vascaína, representada por seu presidente, José Augusto Prestes, emitiu uma carta pública aos dirigentes da AMEA onde deixava clara a sua indignação e que, fundamentalmente, preferia deixar de fazer parte da Associação a ter que excluir dos seus quadros “alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do Campeonato de Football da Cidade do Rio de Janeiro de 1923” . Era a nossa segunda Abolição da Escravatura.

Não parou por aí a contribuição dos portugueses ao futebol brasileiro. Diante de uma nova tentativa de banir o famoso clube, agora campeão na Terra e no Mar, dos quadros futebolísticos do Rio de Janeiro, na década de 20, a AMEA passou a exigir dos clubes filiados a posse de um estádio de futebol para que os clubes pudessem participar da citada liga.

Tal fato excluiria definitivamente o clube do cenário futebolístico nacional, não fossem a paixão, a dedicação e, principalmente, a união da comunidade portuguesa àquele clube, que, em essência, era um pedacinho do Portugal querido. Enfim, e mais uma vez, o Vasco dava a volta por cima ao construir o maior estádio da América Latina, o Estádio Vasco da Gama, popularmente conhecido como São Januário, inaugurado em 21 de abril de 1927. Novamente viram-se frustradas as investidas da elite da capital federal para alijar os trabalhadores do panorama esportivo carioca.

A primeira parte da história do Clube da Cruz de Malta e, concomitantemente, dos seus principais agentes, os portugueses, é material para um extenso trabalho. Entretanto, vale destacar, as glórias não ficaram no passado. Além da continuada trajetória vitoriosa no segmento esportivo, ainda hoje o clube demonstra clara preocupação com as questões sociais da Cidade do Rio de Janeiro.

Presidido pelo maior ídolo de sua história, Carlos Roberto Dinamite de Oliveira, o Club de Regatas Vasco da Gama, pioneiro que foi no passado na luta contra a discriminação social e racial, consolida-se como uma das instituições esportivas com maior visão social no Brasil ao criar um departamento que trata exclusivamente de Responsabilidade Social.

Este departamento administra, além de tantas outras atribuições , o Colégio Vasco da Gama, iniciativa pioneira que leva educação de qualidade a 288 jovens. O projeto, iniciado em 2004, já em 2009 recebeu o prêmio do Mérito Social e Cultural dos Clubes, conferido pela Confederação Brasileira de Clubes (CBC), o que ratifica o reconhecimento pela relevância do projeto.


Em outra iniciativa ímpar, o Vasco avança de forma significativa no esforço em preservar sua diferenciada história, de sorte que as futuras gerações de vascaínos possam dela cada vez mais se orgulhar. A construção do Centro de Memória Vasco da Gama será o maior passo dado pela Instituição no sentido de preservar, reconhecer e, principalmente, divulgar a trajetória daqueles que tanto fizeram pelo clube e pelo Brasil.
Por todo esse acervo de glórias esportivas e de conquistas sociais, é bastante peculiar a trajetória do Club de Regatas Vasco da Gama. Nenhum apaixonado pelo esporte, ou mesmo aqueles que se debruçam sobre as questões sociais deste País, podem minimizar a importância do Gigante da Colina na história do Brasil. Diante disso, e por tudo isso, sigamos em frente, portugueses e brasileiros, negros e brancos, ricos e pobres, mas todos vascaínos, na sacrossanta luta contra a desigualdade e a exclusão social. Sigamos em frente para a construção de um mundo melhor.

Se perguntarem por que assim fazemos, responderemos que temos a fibra de uma raça de herois e uma raça de herois não degenera.

Como bem manda a nossa tradição, ao fim de qualquer participação de vascaínos devemos bradar o nosso tão aclamado “grito de guerra”...

“Casaca, Casaca, Casaca, Zaca, Zaca.
A turma é boa, é mesmo da fuzarca.
Vasco, Vasco, Vasco!”

Fonte: Site oficial do Vasco