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Qualquer estreia dá sempre aquele friozinho na barriga. No futebol é a mesma coisa: desde quando um jogador da categoria de base debuta pelos profissionais como também quando chega a um novo clube. Mas fora de campo também rola um nervosismo. Na manhã desta sexta-feira, Allan foi pela primeira vez na carreira conceder uma entrevista coletiva e, logo que se sentou diante das câmeras admitiu a ansiedade.

E a pressão era mesmo grande. Parceiro de quarto de Felipe, um dos mais experientes do elenco, Allan, de 20 anos, brincou falando que o amigo toda hora o pressiona para ele ir logo conceder entrevistas. Até comparações dizendo que quando era mais jovem encarava a imprensa ele faz. Obviamente isso deixa Allan ainda mais nervoso. No entanto, de cara com o microfone, o jogador apresentou desempenho tão bom quanto nos gramados, apesar de se sentir mais confortável dentro das quatro linhas.

- Bate um nervosismo, não é? Estou envergonhado aqui. E é bem mais difícil do que em campo, mesmo jogando fora da minha posição de origem (risos). Lá, antes de a bola rolar, você sente um friozinho na barriga. Depois que começa o jogo fica mais fácil. Aqui, senti a mesma coisa. Depois da primeira pergunta fiquei tranquilo. Dá até para voltar mais vezes (risos) - brincou.

Allan admitiu as provocações de Felipe, mas não vê problema. Pelo contrário, o jogador se sente honrado por poder dizer, sem forçar nenhuma barra, que se tornou amigo do antigo ídolo. O camisa 6 do clube é seu parceiro de quarto nas concentrações do Vasco e virou um dos seus principais conselheiros. Apoiador por origem, Allan ocupa hoje a lateral direita, fazendo o caminho inverso de Felipe, que era lateral-esquerdo e hoje comanda o meio-campo. Portanto, ninguém melhor do que ele para dar dicas.

- A gente conversa muito na concentração e toda hora ele corrige meu posicionamento. É um amigo, e para mim, é uma honra, afinal de contas ele sempre foi meu ídolo. Parava de fazer qualquer coisa para ver o Felipe jogar - afirmou Allan, que não pensa ainda em se fixar como lateral-direito.

- O que eu quero mesmo é jogar. Na posição que pintar, não interessa. Por enquanto estou como lateral, mas estou pronto para voltar ao meio. Faço isso para ajudar o Vasco. Mas também é bom mostrar para todos que sou um jogador versátil - finalizou.

Fonte: GloboEsporte.com