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Fellipe Bastos: 'Me dedico muito. Treino é jogo, e jogo é guerra'


Terça-feira, 12/04/2011 - 09:53

Fellipe Bastos torce para que o Vasco renove o seu empréstimoPC Gusmão já havia elogiado o futebol de Fellipe Bastos. Durante a pré-temporada, o então treinador do Vasco já havia avisado que o encaixaria no time até uma fratura no dedo atrapalhar os planos. PC saiu, Ricardo Gomes chegou, mas a impressão sobre o volante continuou a mesma. Faltava apenas uma maneira de escalá-lo. Com a lesão de Eduardo Costa, a vaga apareceu, e Bastos vem correspondendo como se esperava. Mas qual é o segredo para encantar tanta gente? Para o próprio a palavra é uma só: disposição.

- Me dedico muito. Treino é jogo, e jogo é guerra. São os treinos que nos dão condicionamento. E com essa disposição eu acabo conquistando os treinadores. Eu aprendi isso com meus pais - afirmou.

Com apenas 21 anos, Fellipe Bastos já percorreu uma estrada longa em sua carreira. Atuou no PSV (Holanda), Benfica, Belenenses (Portugal) e Servette (Suíça) antes de chegar ao Vasco. Revelado como volante, foi sendo adiantado cada vez mais em campo. Um dos motivos para isso é a facilidade que tem para chutar. E com as duas pernas. No Vasco, por exemplo, foram quatro gols, marcados sendo três com a perna esquerda e um com a direita, que é considerada a boa. Outra vez, Fellipe Bastos recorre aos pais para explicar a característica.

O volante se recorda que o pai, Feliciano, trabalhava embarcado em estações de petróleo. E nos 15 dias que passava em casa, não parava de jogar bola com o filho. Na brincadeiras, incentivava o pupilo a treinar as duas pernas. E Fellipe levou a lição tão a sério que aprimorou os fundamentos. Agora, sempre que vê uma brecha sobe e arrisca os chutes.

Gosto de tentar. Tenho um chute colocado, mas me sinto melhor chutando com força. E com as duas pernas. Meu pai foi fundamental nisso, me treinando desde criança - explicou o volante, que, assim como Eder Luis, espera que o Benfica aceite a proposta do Vasco e prorrogue por mais um ano o seu empréstimo.

- Tenho contrato até o fim de junho, mas pretendo continuar. Estou muito feliz aqui. Converso com o Rodrigo Caetano, e ele me diz para manter a tranquilidade. É isso que vou fazer até ter uma posição mais concreta. Mas todos sabem o meu desejo - explicou.

No Vasco, um retorno às origens

Como o próprio Fellipe reconheceu, nos últimos anos ele jogou com muita liberdade, sem ter grandes obrigações na defesa. No entanto, no Vasco isso não pode acontecer. Como ele entrou no lugar de Eduardo Costa, que marca muito mais do que apoia, não é sempre que dá para subir e arriscar seus potentes chutes. Essa questão já foi levantada internamente e publicamente também pelo técnico Ricardo Gomes, que também não quer prendê-lo o tempo todo na zaga.

Fellipe Bastos reconhece que tem de se readaptar com as novas obrigações caso queira se manter na equipe. O camisa 21 já conversou com o treinador e diz que vai se policiar. Ele ainda garante que o posicionamento é um retorno ao que fazia quando começou a jogar futebol.

- Era segundo volante, exatamente como estou jogando agora. É um retorno às minhas origens. Passei um bom tempo jogando mais avançado, mas preciso me adaptar. É muita vontade de ganhar que eu até esqueço. Mas já conversei com o professor Ricardo Gomes - explicou.

Fonte: GloboEsporte.com