O duelo entre Vasco e Cabofriense, neste sábado, às 18h30m (de Brasília), em São Januário, tem um sabor especial para o técnico da equipe da Região dos Lagos. Além de ele já ter vestido a camisa cruz-maltina na curta carreira de jogador, ele irá reencontrar dois dos atletas que ajudou a formar nas categorias de base da Seleção Brasileira: Fellipe Bastos e Bernardo. O treinador só tem elogios para os antigos pupilos, que, segundo ele, não davam trabalho.
Lucho Nizzo lembrou que Bernardo foi pai muito cedo e por isso tinha uma atenção especial da comissão técnica.
- As lembranças que tenho são as melhores possíveis. Tínhamos um grupo muito forte. Além do Bernardo e do Fellipe Bastos, tinha os gêmeos do Manchester, Rafael e Fábio, Alex Teixeira, Lulinha... O Bernardo não participou do Pan-Americano e do Mundial porque se machucou na pré-temporada que fizemos em Rio das Ostras (Região dos Lagos, no Rio de Janeiro). Nenhum dos dois dava trabalho. Na época, o Bernardo já tinha um filho e se mostrava responsável. Conversávamos bastante. O Fellipe também. Acompanho ele desde o mirim do Botafogo.
O treinador está animado com a oportunidade de rever os jogadores, mesmo que na condição de adversários. Fellipe Bastos deve seguir como titular na vaga de Eduardo Costa, que está no departamento médico. Bernardo é o provável substituto de Diego Souza, que está suspenso.
- O Bernardo há muito tempo que não vejo, terei esta oportunidade neste sábado, agora como adversários. O Fellipe eu encontrei recentemente no shopping.
Passado como atleta na Colina
Sobre sua relação com o Vasco, Nizzo reconheceu que ainda restam laços de afetividade com o clube. Este sábado ele terá a primeira oportunidade de enfrentar o Gigante da Colina como técnico de um time profissional.
- Fiquei no Vasco de 1976 até 1983. Fui campeão carioca de juniores, o técnico era o Joel Santana. Em 83, fui campeão novamente e o treinador é o Julio Cesar Leal. Tenho um laço de afetividade com o clube. Foram muitos anos. Será a primeira vez que vou enfrentar o Vasco como treinador profissional.
Já faz tanto tempo que Lucho Nizzo saiu de São Januário que ele não espera rever muitas pessoas conhecidas neste sábado.
- Não acho que tenha alguém da minha época ainda no clube. O Ricardo Gomes eu joguei contra quando ele estava no Fluminense. Mas não tivemos muito contato, até porque ele ficou bastante tempo na França.
A realidade de Lucho Nizzo e do Cabofriense no Carioca é bastante complicada, já que a equipe corre sério risco de rebaixamento. O técnico assumiu na sexta rodada da Taça Guanabara, quando o time ainda não havia pontuado. Agora, depois de muitas dificuldades encontradas, são oito pontos somados.
- Quando assumi, o time não tinha pontuado ainda. Fui o quinto treinador da equipe. A autoestima estava baixa. Fizemos o que foi possível, e agora temos oito pontos. Tem sete jogadores no departamento médico desde que eu cheguei. Não temos as mesmas facilidades dos grandes. Houve falha no planejamento, eu sabia que seria difícil. Mas não me arrependo. Aceitei o desafio. Para o jogo contra o Vasco, vou trabalhar com os atletas que eles precisam deixar a melhor imagem possível, minimizar esta situação difícil.
Bernardo (deitado de camisa azul) e Fellipe Bastos (na direita, ao lado de Alex Teixeira) juntos com a Seleção Brasileira comandada por Lucho Nizzo
Bernardo (camisa 8) e Fellipe Bastos (camisa 7) campeões do Torneio das Oito Nações
Fonte: GloboEsporte.com