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Bernardo diz que pode jogar como volante para permanecer titular


Segunda-feira, 14/03/2011 - 18:10

Filho de Helio, ex-atacante do Fluminense, Sport e Palmeiras na década de 1990, Bernardo chegou ao Vasco sob a cobrança de revelação que não estourou. Campeão pela seleção brasileira no Sul-Americano no sub-15, quando foi o melhor jogador da competição e marcou três gols na final contra a Argentina, e também na sub-17, o garoto de 20 anos já ganhou os torcedores do Vasco em pouquíssimo tempo. De folga nessa segunda-feira, dia seguinte que marcou três vezes com a camisa do Vasco - o que um jogador não conseguia desde Dodô no início do ano passado -, ele foi buscar a mulher e dois dos seus três filhos em Belo Horizonte. Na entrevista por e-mail, Bernardo fala sobre o ótimo entrosamento com Felipe, sobre como poderia jogar com a chegada de Diego Souza e sobre a oportunidade que vem tendo com a camisa do Vasco.

Neste domingo, você e Felipe mostraram, novamente, um excelente entrosamento. Foi uma coisa natural ou baseada nos treinos, na conversa?

A gente trabalha bastante e aos poucos o entrosamento vai melhorando. Quando cheguei, ele logo veio conversar comigo, está sempre me dando toques nos treinos táticos. Felipe é um jogador diferenciado e muito inteligente, então fica mais fácil. Estou muito feliz de jogar ao seu lado e não esperava que isso acontecesse na carreira. A gente se entendeu rápido dentro de campo e essa dupla realmente funcionou bem. Mas o time todo está de parabéns por não ter desistido.

Tem gente já o comparando ao Juninho Paulista, que brilhou no Vasco, outros ao Juninho Pernambucano, que usou a 31 quando foi campeão brasileiro em 2000 pelo clube. Qual acha que faz mais o seu estilo?

Não gosto de comparações, apesar de admirar bastante eles dois. Sou o Bernardo, estou buscando o meu espaço e também quero construir uma história bonita no Vasco.

Quais seus ídolos no futebol?

Jogador de futebol sempre admira jogadores diferenciados e sempre gostei muito de ver jogar o Juninho Pernambucano, Ronaldo e o Zidane. Procuro segui-los como bons exemplos.

Ricardo Gomes já sabe que vai ser difícil tirá-lo do time. Você disse, recentemente, que queria jogar, não importa muito a posição. Você se vê jogando mais adiantado ou mais recuado? Como prefere?

Comecei jogando de volante, mas no Sul-Americano sub-15 na final contra a Argentina, no qual vencemos por 6 a 2, fiz três gols. Quando fui para a sub-17, o Edgar Pereira (técnico na ocasião) resolveu me efetivar como meia e, a partir daí, passei a jogar mais adiantado. Jogava ao lado do Fellipe Bastos e nos tornamos amigos desde então. É claro que hoje estou bem adaptado e me sinto mais à vontade jogando como meia, mas onde o Ricardo Gomes quiser me escalar, estou pronto para ajudar.

O diretor-executivo do Vasco, Rodrigo Caetano, disse que essa pode ser a maior chance da sua carreira. Você concorda? O Vasco é um clube carente de ídolos.

Jogar no Vasco é uma grande oportunidade. Todo jogador quer atuar em grandes clubes, fazer sua história e essa é minha meta. Estou chegando agora, criei uma identificação rápida com o clube e torcida, mas ainda temos um caminho longo pela frente.

Como você explica essa ascensão tão rápida no Vasco, diferentemente do que aconteceu no Cruzeiro?

Ainda sou jovem, tenho 20 anos, e é normal nessa fase da carreira buscar o espaço. Apareci com certo destaque no Cruzeiro, mas depois acabei sendo emprestado para o Goiás e as coisas não deram certo. Hoje estou tentando escrever uma nova história no Vasco. O torcedor é apaixonado e ter feito dois bons jogos logo no começo

Por fim, soube que você está em Belo Horizonte com a família. Como todos reagiram às suas belas atuações?

Todos ficaram muito felizes, claro. Fui para Belo Horizonte porque vim para o Rio sozinho. Esperei as coisas se acalmarem, consegui um lugar legal para morar e aproveitei para buscar milha esposa (Laila) e meus dois filhos Enzo e Lucca. A Beatriz, minha filha, mora com a mãe

Fonte: O Dia