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Clube dos 13 anuncia nesta 6ª vencedor da licitação de TV aberta
Sexta-feira, 11/03/2011 - 08:07
O Clube dos 13 anuncia hoje o resultado da licitação dos direitos da TV aberta do Brasileiro pelo triênio 2012-14.
A cerimônia ocorre após a Globo decidir não participar da licitação. E depois de vários clubes, apoiados pela CBF, que faz oposição ao presidente Fábio Koff e é aliada da emissora, terem anunciado que revogaram do C13 a regalia de negociar seus direitos de TV e outras mídias.
A Globo anunciou que pretende negociar individualmente com os clubes os direitos. A Record, apesar de participar da licitação, também aderiu ao corpo a corpo, feito com pelo menos 11 times.
Representantes de outras mídias acompanharão com interesse a abertura dos envelopes -Record e Rede TV! apresentam propostas. De acordo com o que ocorrer hoje, interessados nas modalidades internet, telefonia e TV fechada terão um norte para guiar seus próximos passos.
Também o valor que será oferecido pela Record é encarado como algo que pode mudar o jogo a favor do C13 ou uma amostra do que a emissora está disposta a fazer nas conversas individuais com os clubes.
A Folha apurou que, na Record, a questão é vista como estratégica e que a ordem é para que não se economize.
O C13 lança mão do argumento de que reza o seu estatuto que, enquanto os clubes de futebol não se desfiliarem, a entidade está investida do poder de negociar por elas.
""Pelo presente estatuto, os associados autorizam a entidade a negociar de modo coletivo e previamente, com terceiros, os direitos individuais a eles pertencentes, especificados na legislação vigente", afirma o documento.
Mas partes envolvidas nas negociações, da perspectiva das outras mídias, lembram que o artigo seguinte retira os plenos poderes do C13, que teria de contar com os avais expressos das agremiações.
""A validade e eficácia da efetiva gestão dos negócios previstos no parágrafo anterior ficam condicionadas à anuência expressa dos associados, conforme estipulado na alínea "g" do caput deste artigo, formalizadas preferentemente nos contratos."
Para o advogado especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca, o que o Corinthians fez está em linha com o artigo. ""Cada clube, individualmente, pode não aceitar, revogando os poderes conferidos no parágrafo anterior."
A atitude do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que combate a anticoncorrência e com quem a Globo fechou acordo, é vista no mercado publicitário como um trunfo do C13.
Os cartolas da Indonésia já retaliaram a nova liga.
Primeiro, proibiram que árbitros ligados à federação trabalhassem nas partidas da competição alternativa.
Depois, com a justificativa de que a competição também não era reconhecida pela Fifa, vetaram a convocação de atletas que atuam nela para seleções nacionais.
Isso não impediu o interesse dos jogadores pelo novo mercado de trabalho. Atraídos por salários mais altos, até atletas de países vizinhos, como Cingapura, foram para a liga da Indonésia que tanto incomoda a Fifa.
Por trás da competição "rebelde" está um magnata do petróleo local. Segundo ele, o objetivo da competição é tornar o futebol, extremamente popular na Indonésia, mais forte e competitivo.
Além de seu dinheiro, a LPI tem o patrocínio de gigantes multinacionais, como a Coca-Cola e Unilever.
Com dinheiro farto, os dirigentes da liga tiveram até sonhos de grandeza, como a contratação de um astro inglês, o meia David Beckham.
A criação de uma liga era um dos objetivos do Clube dos 13 em 1987, quando a associação de clubes, hoje rachada, foi fundada. A ideia, porém, não foi adiante.
A CBF se mostrou dúbia sobre essa possibilidade desde então. Em algumas oportunidades, acenou com a possibilidade chancelar o torneio. Em outras, deu sinais de que faria a mesma coisa que a federação da Indonésia caso os clubes bancassem a criação de uma liga.
CARIOCAS REVOGAM PODER DA ENTIDADE
Botafogo e Vasco divulgaram ontem cartas endereçadas ao Clube dos 13 nas quais retiram da entidade a prerrogativa de negociar por eles. Também ressaltam que isso vale especialmente para a transmissão de seus jogos.
Fonte: Folha de São Paulo
A cerimônia ocorre após a Globo decidir não participar da licitação. E depois de vários clubes, apoiados pela CBF, que faz oposição ao presidente Fábio Koff e é aliada da emissora, terem anunciado que revogaram do C13 a regalia de negociar seus direitos de TV e outras mídias.
A Globo anunciou que pretende negociar individualmente com os clubes os direitos. A Record, apesar de participar da licitação, também aderiu ao corpo a corpo, feito com pelo menos 11 times.
Representantes de outras mídias acompanharão com interesse a abertura dos envelopes -Record e Rede TV! apresentam propostas. De acordo com o que ocorrer hoje, interessados nas modalidades internet, telefonia e TV fechada terão um norte para guiar seus próximos passos.
Também o valor que será oferecido pela Record é encarado como algo que pode mudar o jogo a favor do C13 ou uma amostra do que a emissora está disposta a fazer nas conversas individuais com os clubes.
A Folha apurou que, na Record, a questão é vista como estratégica e que a ordem é para que não se economize.
O C13 lança mão do argumento de que reza o seu estatuto que, enquanto os clubes de futebol não se desfiliarem, a entidade está investida do poder de negociar por elas.
""Pelo presente estatuto, os associados autorizam a entidade a negociar de modo coletivo e previamente, com terceiros, os direitos individuais a eles pertencentes, especificados na legislação vigente", afirma o documento.
Mas partes envolvidas nas negociações, da perspectiva das outras mídias, lembram que o artigo seguinte retira os plenos poderes do C13, que teria de contar com os avais expressos das agremiações.
""A validade e eficácia da efetiva gestão dos negócios previstos no parágrafo anterior ficam condicionadas à anuência expressa dos associados, conforme estipulado na alínea "g" do caput deste artigo, formalizadas preferentemente nos contratos."
Para o advogado especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca, o que o Corinthians fez está em linha com o artigo. ""Cada clube, individualmente, pode não aceitar, revogando os poderes conferidos no parágrafo anterior."
A atitude do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que combate a anticoncorrência e com quem a Globo fechou acordo, é vista no mercado publicitário como um trunfo do C13.
Os cartolas da Indonésia já retaliaram a nova liga.
Primeiro, proibiram que árbitros ligados à federação trabalhassem nas partidas da competição alternativa.
Depois, com a justificativa de que a competição também não era reconhecida pela Fifa, vetaram a convocação de atletas que atuam nela para seleções nacionais.
Isso não impediu o interesse dos jogadores pelo novo mercado de trabalho. Atraídos por salários mais altos, até atletas de países vizinhos, como Cingapura, foram para a liga da Indonésia que tanto incomoda a Fifa.
Por trás da competição "rebelde" está um magnata do petróleo local. Segundo ele, o objetivo da competição é tornar o futebol, extremamente popular na Indonésia, mais forte e competitivo.
Além de seu dinheiro, a LPI tem o patrocínio de gigantes multinacionais, como a Coca-Cola e Unilever.
Com dinheiro farto, os dirigentes da liga tiveram até sonhos de grandeza, como a contratação de um astro inglês, o meia David Beckham.
A criação de uma liga era um dos objetivos do Clube dos 13 em 1987, quando a associação de clubes, hoje rachada, foi fundada. A ideia, porém, não foi adiante.
A CBF se mostrou dúbia sobre essa possibilidade desde então. Em algumas oportunidades, acenou com a possibilidade chancelar o torneio. Em outras, deu sinais de que faria a mesma coisa que a federação da Indonésia caso os clubes bancassem a criação de uma liga.
CARIOCAS REVOGAM PODER DA ENTIDADE
Botafogo e Vasco divulgaram ontem cartas endereçadas ao Clube dos 13 nas quais retiram da entidade a prerrogativa de negociar por eles. Também ressaltam que isso vale especialmente para a transmissão de seus jogos.
Fonte: Folha de São Paulo
