Conheça Ricardo Noir, atacante que esteve próximo de acertar com o Vasco
Domingo, 06/03/2011 - 22:22
Ricardo Noir, tem apenas 23 anos e foi formado nas categorias de base do Boca Juniors, esteve muito próximo de assinar com o Vasco da Gama (inclusive o blog, por ter recebido informações direto do clube argentino, chegou a afirmar que a transação estava concluída).
Noir fez sua estreia no clube com um gol em cima do Racing Club, em plena Bombonera, mas depois enfrentou altos e baixos, lesões, e acabou não vingando no clube xeneize.
Também com passagem pelo Barcelona de Guayaquil, o jogador tem um histórico de lesões que sempre atrapalharam em momentos chaves. No Boca, foram duas lesões: a primeira foi uma fratura no perônio da perna esquerda, e a segunda foi uma ruptura dos ligamentos cruzados do joelho esquerdo. Já no clube equatoriano, a lesão também foi nos ligamentos, mas somente uma distensão.
O atual treinador do Boca Juniors, Julio Cesar Falcioni, consultado pelos dirigentes do clube, manifestou interesse em contar com Noir no elenco, mas as boas atuações de Pablo Mouche, e a grande concorrência que teria pela frente com outros atacantes dentro do grupo, como por exemplo, Lucas Viatri e Sergio Araújo, foram os principais motivos que o fizeram buscar novos ares. Mas, após o Boca ter liberado, Noir voltou a conversar com Falcioni e decidiu permanecer no clube xeneize (versão passada por dirigentes do clube).
Pefil técnico e tático de Noir, por Renato Zanata
Ricardo Noir tem o perfil técnico do homem de frente que estamos acostumados a identificar como segundo atacante. Busca os lados do campo para disputar o mano a mano com laterais e zagueiros, ou os espaços nas costas dos defensores avançados.
Noir também utiliza sua destacada velocidade realizando diagonais em direção a grande área adversária, procurando o arremate, servindo seu parceiro de frente (o atacante mais fixo) ou os companheiros que chegam de trás, em melhor posição para concluir em gol.
Uma referência para puxar contra-ataque, em virtude do bom controle de bola em velocidade, quando se posiciona nas proximidades da linha que divide o gramado, servindo de opção para receber o passe(ou lançamento) de um dos volantes, ou do meia recuado.
Seu futebol se assemelha ao do também atacante e ex-Boca Juniors, Rodrigo Palácio, hoje no Genoa, e que atuou no clube xeneize, entre 2005 e 2009. Quando Palácio deixou o clube, alguns chegaram a colocar o atacante como possível substituto, mas as lesões, duas no clube, o impediram de ter o sucesso esperado.
Diagrama tático ilustrativo
Como naquele Boca Juniors de 2008, o lado esquerdo do time treinado por Carlos Ischia era bastante explorado pelo trabalho associado entre o lateral esquerdo Morel Rodriguez, o volante Jesús Dátolo, e o enganche, Juan Roman Riquelme, Ricardo Noir era destacadamente a opção de jogadas verticais e de profundidade do time xeneize, pelo seu lado direito de ataque.
Como o camisa 23, Jésus Dátolo, é um volante de características bem ofensivas pelo lado esquerdo do campo, e Noir, não sendo um atacante típico de área, que além disso, se apresenta no centro da cancha para servir como opção para puxar contragolpes, podíamos visualizar neste Boca Juniors destacado no diagrama acima, o desenho tático, 4-2-3-1, em algumas situações de jogo em que a equipe azul y oro, era detentora da posse de bola, em sua intermediária ofensiva.
Assista ao gol de Ricardo Noir nesta vitória do Boca Juniors sobre o Newell’s Old Boys, e perceba que Noir parte do campo defensivo do Boca, em velocidade, e chega pelo miolo da área adversária, para concluir cruzamento efetuado do lado esquerdo do campo.