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Clubes do Rio descartam saída do Clube dos 13 mas cobram mudanças


Quinta-feira, 24/02/2011 - 12:46

Na quarta-feira, os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro avisaram que vão negociar os direitos de transmissão dos próximos três campeonatos brasileiros de forma independente, indicando que um rompimento com o Clube dos 13 era iminente. Nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no hotel Windsor, no Rio de Janeiro, os presidentes Maurício Assumpção, do Botafogo, Patrícia Amorim, do Flamengo, Peter Siemsen, do Fluminense, e Roberto Dinamite, do Vasco, descartaram que vão seguir os passos do Corinthians e pedir desfiliação da entidade.

"Não há interesse em romper om o Clube dos 13, mas de retomar a essência. O Rio está na vanguarda, consegue perceber que o coletivo precisa prevalecer. A essência deve ser mantida, mas o processo deve evoluir", argumentou Patrícia Amorim.

"Nenhum de nós temos qualquer problema com o Fábio Koff e o respeitamos muito. Ainda fazemos parte do Clube dos 13. Então ele é o presidente da associação da qual fazemos parte, ainda. O Clube dos 13 deixou de cumprir seu papel, de representar as maiores equipes do futebol brasileiro", lamentou Maurício Assumpção.

Peter Siemsen, presidente do Fluminense e motivador do protesto carioca, foi menos ponderado, e abriu a possibilidade de um desligamento no futuro. "No momento, estamos extremamente pragmáticos com a negociação dos direitos de transmissão para 2012. Não queremos deixar o Clube dos 13, mas, caso não mude, isso pode acontecer nos próximos anos. É um grito de independência em relação à situação atual", avisou.

Maurício Assumpão ainda negou que a causa da permanência no C13 é a dívida de R$ 60 milhões que os clubes cariocas têm com a entidade. "No que me consta, não creio que o C13 seja uma instituição financeira. Não temos uma real dívida com eles. Nossas dívidas são com outros parceiros comerciais e o C13 é quem nos repassa. Elas existem sim, e serão honradas", prometeu.

De qualquer forma, os presidentes das equipes reforçaram o descontentamento com a forma como as negociações dos direitos de transmissão dos próximos três campeonatos brasileiros foram conduzidas e, novamente, Maurício Asssumpção foi o porta-voz do grupo.

"Não não estamos concordando com o modelo de negociação. É uma questão que vai mudar a nossa vida nos próximos três ou quatro anos. Isso não foi uma atitude política. Percebemos que, entre nós, as dúvidas eram as mesmas. Temos uma oportunidade única de os clubes resolverem muitos dos seus problemas. Temos a possibilidade de trazer para dentro dos clubes parceiros comerciais que nem vislumbravam participar do futebol. Agora, com quem nós vamos fechar, o que faremos, é um próximo passo", explicou.

"A gente não tinha confiança de que daria certo para os próximos anos. Não foi um passo político, foi um passo comercial, baseado em dados técnicos, como nós conversamos", acrescentou Peter Siemsen.

Fonte: Gazeta Esportiva