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Relembre a carreira de Silvinho, que atuou no Vasco nos anos 80


Segunda-feira, 07/02/2011 - 06:28

No tempo em que a técnica falava mais alto que a força, o futebol viveu os seus melhores anos. Jogadas rápidas, que encantavam a torcida, eram vistas pelos estádios brasileiros. Profissionalizado no final da década de 1970, o ex-jogador Silvinho, que atuou na ponta-esquerda e ataque, guarda boas histórias e títulos desses anos. Em sua caminhada pelo esporte mais popular do mundo, o ex-atleta se orgulha de nunca ter sido reserva pelos clubes que passou. Atualmente, Silvinho, com 52 anos, administra os bens que conseguiu adquirir na carreira futebolística, além de, ainda, disputar jogos festivos e do Master do Vasco. Hoje, ele mora no Ingá, em Niterói.

O início da trajetória foi nas divisões de base do Fluminense, onde, atuando pelo juvenil e júnior, conquistou todos os títulos das categorias. Depois, virou profissional no América-RJ, quando ganhou o prêmio de revelação do Campeonato Carioca, de 1978. Nos anos seguintes, atuou em vários clubes, como Vasco, Náutico, Portuguesa-SP, Joinvile, Botafogo, CRB, CSA, Fortaleza, Shimshon Tel Aviv (Israel), Desportiva-ES e Itaperuna. Vascaíno de coração, assim como toda a sua família, os anos em São Januário são lembrados com carinho.

“Tenho muito orgulho de ter conseguido defender o Vasco, em duas oportunidades. Em 1980, quando fui pela primeira vez para o clube, joguei ao lado de jogadores consagrados, como Roberto Dinamite e Paulo César Caju. Até hoje sou bem recebido em São Januário e fiz boas amizades. O Dinamite é padrinho do meu casamento. Quando saí do clube, em 1985, a minha camisa 11 foi passada para o Romário, que era muito jovem na época. Anos mais tarde, ele imortalizaria a mesma camisa”, lembrou Silvinho, que é nascido em Itaperuna, mas adotou a cidade de Niterói para morar.

Sua única experiência de jogar fora do país, foi pelo Shimshon Tel Aviv (Israel), em 1989. Porém, a passagem pelo futebol do Oriente Médio não foi uma das melhores e, quando voltou, decidiu se aposentar dos campos.

“Não foi como pensei, pois pretendia jogar em Portugal. Tudo é muito diferente: o idioma, a alimentação, a cultura. Morei em um hotel e só tinham três canais de TV, todos em hebraico”, disse Silvinho.

Apesar da certeza em parar de jogar, o ex-jogador ainda atuou pela Desportiva-ES e Itaperuna. “Um amigo me convidou para jogar no Espírito Santo e, depois, fui atuar na cidade em que nasci”, contou Silvinho, que se orgulha de ter recebido o Prêmio Belfort Duarte, concedido pela CBF aos atletas mais disciplinados. “Fiquei 10 anos sem ser expulso e ganhei uma carteira que posso entrar em todos os estádios de futebol de graça”, explicou.




Fonte: O São Gonçalo