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Fagner fala de seleção, formação e promete recuperação


Quarta-feira, 02/02/2011 - 02:45

O lateral-direito Fagner concedeu na noite desta terça-feira (01/02) entrevista para o programa semanal 'Só dá Vasco'. Na oportunidade o camisa 23 falou sobre o inicio de temporada, sobre seu desejo de chegar a seleção brasileira e garantiu que o Gigante da Colina irá sair da situação em que se encontra.

Confira na íntegra a transcrição da entrevista:

Antes de tudo, nos diga como está sendo sua experiência como pai.

"Graças a deus está indo tudo bem, ele não dá trabalho, é um menino iluminado e que só nos dá alegrias. Cada mês que passa é uma experiência nova que a gente vai aprendendo e vai tentando ensinar. É uma coisa divina, ser pai é uma coisa maravilhosa."

Você consegue encontrar explicar de alguma forma esse início ruim de temporada?

"É complicado. Não foi o início que a gente esperava. A gente esperava estar brigando para se classificar, para disputar uma semifinal de Taça Guanabara e hoje as coisas não saíram como planejavamos, como a gente gostaria que saisse. É complicado você tentar achar uma solução para um problema e você não saber, pois a gente não sabe explicar porque a gente não está ganhando com o time que treinou. Então, às vezes a gente pensa, reflete, tentar ver o que está fazendo de errado e o que tem que melhorar, mas é díficil você achar um erro e foi falar que foi esse o motivo que fez a gente não ganhar, que é esse o problema e que temos uma solução. Então, acho que agora é hora de trabalhar bastante, de se concentrar e ter certeza de que a bola vai começar a entrar, que a gente vai deixar de tomar gols e que o Vasco vai melhorar. Tenho muita certeza de que isso vai acontecer."

Como você a possibilidade de o Vasco atuar com um segundo volante mais ofensivo, estilo Jéferson, nos jogos contra times de menor expressão?

"Tem os prós e os contras. Quando você joga com dois volantes e dois meias, a jogada pela lateral se torna alternada; no momento que o Fagner aparecer, o Ramon tem que fechar para não ficar um buraco e os volantes, os meias e os atacantes aparecem para ajudar. Quando é do outro lado a mesma coisa. É meio complicado, pois a gente teve uma forma de jogar que tentou melhorar o jogos dos laterais, uma forma de sair melhor jogando, nos jogos contra os respectivos times pequenos e a gente acabou falhando. Acho que agora é o momento de acertar a casinha, não tomar gol, adquirir essa confiança de novo, que a gente tava tendo no ano passado, para pensar nessa parte ofensiva, que é liberar o ala, liberar o volante. Então, acho que esse é o momento ideal para a gente arrumar a casinha ali atrás, não tomar gols, pegar confiança, fazer gol, não tomar gol."

No ano de 2010 você se caracterizou muito por ser um jogador agudo, que buscava sempre chegar na linha de fundo para cruzar ou finalizar. Nesse início de temporada você não tem feito isso. O que você pode falar em relação a isso?

"No começo de temporada a gente tem que buscar adquirir de novo a confiança, a boa forma e acredito que nos primeiros jogos serviu como um resgate da confiança, do preparo físico. Acho que às vezes a falta de oportunidade, pois eu vinha tendo antes várias formas de fazer essa jogada, e hoje querendo ou não os jogadores já sabem qual é a característica do Fagner e já arrumam alguma forma de neutralizar isso. Então, eu vou buscar alternativas para que isso aconteça, adquirindo a confiança, estando bem fisicamente, pois só assim poderia buscar essas jogadas ousadas, de linha de fundo e finalização. Então, penso que tudo tem que ser progressivo e graças à deus eu venho tendo essa evolução. Se você pegar o primeiro jogo e o último, contra o Flamengo, você vai ver uma melhora considerável. Não gostaria que o começo de ano fosse assim, sei que tem que melhorar muito, mas não é momento para ficar de cabeça baixa e se lamentando."

Como você vê a questão da Seleção Brasileira?

"Para mim seria uma honra poder ser convocado para a Seleção Brasileira, é o sonho de todo jogador, mas acho que na minha posição tem jogadores mais experientes com a camisa da seleção. Então, meu foco é outro. Tenho primeiro que ir bem no Vasco, tá bem no Vasco, fazer apresentações boas pelo Vasco, fazer o Vasco ficar bem, ganhando e só assim poderei ter uma chance com a camisa da seleção. Então, eu procuro pensar só no Vasco, me objetivar só no Vasco, pois se eu pensar em duas coisas acabo não fazendo nenhuma. Então, penso em fazer primeiro meu trabalho para que um dia se acontecer, será pelo meu trabalho, pelo meu esforço. Também se não acontecer não vai acabar minha vida. Meu pensamento é só no Vasco."

O Ney Franco foi um dos treinadores especulados no Vasco. Você acredita que a vinda dele poderia facilitar sua chegada a Seleção Olímpica?

"Fica mais fácil, mas ao mesmo tempo mais díficil. Você no clube, tem dolado bom se você tem que dar o máximo sempre, para mostrar que tem condição e sem contar que você está próximo, sendo observado. Então, tem o lado bom e o ruim, mas independente tem que seja o treinador, independente de quem treine, a gente tem sempre que procurar fazre um bom trabalho, pois só assim a gente poderá pensar em uma seleção. Independente do treinador que vier, se você estiver bem, as pessoas vão estar te vendo para ver se você merece e é capaz de vestir a camisa da seleção."

O Vasco chuta muito pouco ao gol. Na sua opinião, que fator leva a isso?

"Acho que são características dos jogadores. Ano passado a gente tinha o Fellipe Bastos, que chutava bem de fora da área e estava sempre chutando, o próprio Nílton, que está lesionado e chuta bem de fora da área também, e o próprio Jéferson. Então, acabou mudando um pouco a característica do nosso time, pois a gente tem muitos jogadores de qualidade e na hora do chute, a gente preferia tentar uma jogada para trás, com a bola. Mas, acredito que no último jogo já melhorou, acredito que com o tempo isso vai mudar e a gente vai voltar a fazer o que a gente fazia, que é chutar no gol, pois sem chutar a gente não faz gol."

Fonte: Supervasco