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Oposição: Casaca divulga nota sobre protesto da manhã de sábado


Domingo, 30/01/2011 - 00:11

Nota publicada pelo site do Casaca, principal movimento de oposição da política vascaína:

NÓS FOMOS E REPRESENTAMOS A NÃO RESIGNAÇÃO DOS VASCAÍNOS

O Movimento de Oposição do Club de Regatas Vasco da Gama mais uma vez cumpriu o seu papel em nome do Club de Regatas Vasco da Gama neste sábado.

Este mesmo grupo em 2008, na véspera da partida contra o Coritiba, válida pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro foi à porta de São Januário manifestar-se contra a situação do clube na tabela e a possibilidade inédita de um rebaixamento iminente que envergonhou aos vascaínos de todos os cantos do país e do mundo.

Em 2009 marcou sua posição quanto à vergonhosa segundona que seria ali iniciada no estádio de São Januário. Com um dizer claro, direto, objetivo e contundente exclamou: “Primeira divisão é obrigação”! Mais uma vez representou aquele grupo a fala e o desejo de todos os vascaínos da face da terra. Era algo óbvio para uma potência da grandeza que é o Club de Regatas Vasco da Gama o retorno à elite.

No ano passado vendo a ridícula situação do Vasco antes da Copa do Mundo da África do Sul o movimento de oposição, a partir de uma reunião marcada na Casa dos Poveiros, lá se juntou a mais de quatrocentos vascaínos indignados que representaram a insatisfação de toda a nação cruzmaltina diante da inaceitável campanha feita até ali pelo time de futebol.

Após a bizarra sequência inicial no Campeonato Carioca com três derrotas consecutivas diante de Resende, Nova Iguaçu e Boavista nenhum torcedor vascaíno vivo se mostra feliz. É simplesmente o pior início de campeonato da história quase centenária do clube no Campeonato Carioca de futebol. Os torcedores do Vasco de norte a sul se envergonharam, se revoltaram com o ocorrido. Nada justifica o Vasco ser lanterna do grupo em que é coadjuvante do Flamengo. Nada apagará da história tamanho vexame.

Mas algum grupo tinha que ir à porta de São Januário manifestar a revolta da massa vascaína, dizer para que todos ouvissem não ser cabível, concebível ou admissível o que ocorreu, independentemente dos atletas em campo, do técnico, da tática, da sorte ou da falta dela. Nunca aconteceu antes diante de equipes tão frágeis e inexpressivas, exatamente pelo fato de não ser hipoteticamente provável para qualquer torcedor do Vasco o clube sofrer tais revezes em tão pouco tempo, de forma tão conformada e resignada.

Nós fomos! Beneméritos, sócios, torcedores organizados, anônimos e jovens vascaínos. Fomos por todos os que desejariam poder ter ido, pelos envergonhados que gostariam de confessar a ira pelas derrotas inexplicáveis consecutivas, pelos que moram distante da cidade e do estado do Rio de Janeiro, pelos que trabalhavam na hora do protesto, pelos que em casa sofrem com o atual momento do clube, pelos nossos pais e avós vascaínos, por quem nos lê e é verdadeiramente Vasco.

Fomos, é claro, pelo Vasco de 1923 que subiu para ficar de vez, fomos pelo de 1924 negro, branco e mulato; fomos por Jaguaré, Fausto, Mola, Russinho, Santana e Paschoal, time do 5 x 0 na final; fomos por Rey, Domingos e Itália e Orlando, Gringo, Nena, Almir e D`Alessandro; fomos por Feitiço, Luna e Oscarino; por Zarzur, Kuko e Marcelino; fomos pelo Expresso da Vitória, esquadrão que faz parte da história; por Barbosa, Augusto, Rafanelli e Jair, Jorge, Alfredo, Isaías e Moacir; por Danilo, Friaça, Maneca e Djair, por Dimas, Ipojucan, Heleno e Ademir; Tesourinha, Wilson, Chico e Ely, Nestor, Djalma, Lelé e Mário, desde invictos até o bi; fomos por Carlos Alberto Cavalheiro, Sabará, Vavá, Pinga e Marciano mais dois títulos, era quase um por ano; fomos pelos super-super bravos campeões, que na final foram onze leões; fomos por Andrada, Alcir e Buglê, Fidélis, Gilson Nunes e Renê, fomos por Valfrido, raçudo na chuva e na lama, sem nos esquecer das velas do Santana; fomos por Mazaropi e sua invencibilidade, Abel e Geraldo, zaga com vontade; Orlando Lelé, Zanata, Wilsinho e Dirceu, pelo atleta Dinamite que tantos gols nos deu; por Zé Mário, Ramon e Helinho, pelo Guina, Marco Antônio e Paulinho, mas sem esquecer do Wilsinho; fomos por Acácio, Marquinho, Dudu e Galvão; Celso, Jérson, Pedrinho e Adão; Nei, Ivan e Ernâni, Rosemiro, Palhinha e Geovani; fomos pelo bi com Tita e Cocada dois sacodes na mulambada; Dunga, Paulo Roberto e Mauricinho; Donato, Henrique e Mazinho, Fernando, Zé do Carmo e Vivinho, Luís Carlos, Romário e mantendo a rima com o Claudinho ; fomos pelo tri desde os pés de Valdir, com Yan William, Bismarck e Pimentel, Edmundo, Torres, Rocha, Cássio, Denner e Jardel; fomos pelos heróis do centésimo ano, começando pelo Carlos Germano; Odvan, Válber e Galvão; Felipe, Donizete e Luisão, pelo Pedrinho, e pelo Juninho, incluindo aí também o Luisinho; fomos por Fábio, Monteiro, Russo, Marques e Marcelinho, pela letra do Léo Lima e até pelo Edinho; fomos pelos times que brigaram e quase chegaram, que mesmo com as derrotas nos orgulharam, pelo Lopes, Joel, Welfare e Tim, Flavio Costa Ondino Vieira e Gradim, Gentil Cardoso e Lazaroni; Martim Francisco, Jair Pereira e titio Fantoni, por dirigentes, presidentes, pobre ou rico; por Cyro Aranha, pelo Prestes, pelo Eurico; pelo Vasco que amamos, por vocês, por brasileiro, preto ou branco e português.

Fomos e dissemos que amanhã quem entra em campo é o Vasco. O centenário Vasco. O sempre favorito Vasco. O histórico e altaneiro Vasco. Este Vasco que verdadeiramente é o nosso.

Ao grupo de oposição ao Vasco, ora no poder, respeitem o VASCO. Ou nós voltaremos…

Equipe Casaca!


Fonte: Casaca