O técnico Paulo César Gusmão aproveitou a oportunidade para fazer muitas substituições e observar jogadores, alguns deles caras novas, como Eduardo Costa, Marcel e Misael.
A próxima vez que o time entrar em campo, será para valer. Na quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), na Colina, o Vasco enfrenta o Resende na estreia do Campeonato Carioca.
Empolgado com o apoio da torcida e com a festa antes do jogo, o Vasco começou a partida com o domínio das ações. Apesar da maior posse de bola o time tinha muito dificuldade de penetrar na zaga paraguaia. Além do grande número de erros de passe, pesou contra os cruzmaltinos a falta de entrosamento dos homens de frente.
Por diversas vezes Marcel não se entendeu com os meias Carlos Alberto e Felipe e com o atacante Eder Luis. Exemplo foi a jogada feita pelo capitão, que deu passe nas costas da defesa e o centroavante, livre de marcação, não avançou para ficar de frente para o goleiro paraguaio.
Carlos Alberto mostrou bastante empenho, como de costume, mas abusou das jogadas individuais e atrapalhou alguns contra-ataques. Na metade final da primeira etapa, o Vasco conseguiu ser mais efetivo na parte ofensiva. A jogada mais bem trabalhada aconteceu aos 30 minutos, quando Fagner fez ótima jogada pela direita e cruzou na medida para Marcel, que, de cabeça, mandou por cima do gol do Cerro.
Pouco depois, Dedé aproveitou bem o escanteio cobrado por Ramon e desviou de cabeça para o gol. O goleiro Diego Barreto se esticou e fez boa defesa. Se o arqueiro paraguaio teve que trabalhar, o mesmo não pode ser dito sobre Fernando Prass, que praticamente só assistiu ao jogo no primeiro tempo.
Na volta do vestiário, o panorama da partida não mudou muito. Na hora de chegar até a área do Cerro, até que o Vasco ia bem. O problema era no último passe, que sempre saía errado ou era interceptado pela defesa. O técnico Paulo César Gusmão optou por voltar sem alterações para dar mais entrosamento ao time. A primeira mudança só aconteceu com 15 minutos, depois que Fagner deu lugar a Irrazábal.
A partir daí, o time mudou bastante com a alteração de muitas peças, algumas delas caras novas, como Patric e Misael, que passaram a formar o ataque nos lugares de Marcel e Eder Luis. Mas a primeira boa jogada, aos 26, saiu com velhos conhecidos da torcida. Carlos Alberto fez fila pelo meio e rolou para Felipe, que mandou uma bomba de perna esquerda. O goleiro fez boa defesa. Na sequência do lance, o camisa 19 ficou com a bola e chutou forte, rasteiro, mas a bola saiu à direita do gol. O lance serviu, ao menos, para acordar a torcida.
O clima, então, estava formado para o gol, que aconteceu logo depois, aos 31 minutos. Estreante, Anderson Martins mandou uma bomba rasteira de falta e acertou o canto direito do goleiro, que não achou nada: 1 a 0. Logo no primeiro gol no Vasco, o zagueiro fez o seu primeiro gol como profissional. Logo depois ele foi substituído por Douglas e recebeu muitos aplausos da torcida.
A festa podia ter sido ainda maior. Aos 36, Carlos Alberto foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou o pênalti. O próprio capitão foi para a bola mas chutou para fora, à direita da trave paraguaia. Misael ainda teve duas chances para ampliar, mas perdeu as duas oportunidades e a partida terminou 1 a 0 para o Vasco, que inicia 2011 com o pé direito.
VASCO 1 x 0 CERRO PORTEÑO-PAR
Competição: Amistoso
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 15/01/2011 (sábado)
Hora: 17h (horário de Brasília/horário de verão)
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Assistente nº1: Dibert Pedrosa Moisés (RJ)
Assistente nº2: Rodrigo Pereira Jóia (RJ)
Acréscimo 1º tempo: 0'
Acréscimo 1º tempo: 3'
Público pagante: 4.813
Público presente: 5.744
Renda: R$ 52.720,00
Cartões amarelos: Jorge Nuñez 7'/2ºT (CER), Eduardo Costa 13'/2ºT (VAS), Rodrigo Burgos 29'/2ºT (CER), César Benitez 32'/2ºT (CER), David Mendoza 35'/2ºT (CER), Dedé 39'/2ºT (VAS)
Cartões vermelhos: -
Gol: Anderson Martins (falta) 30'/2ºT (VAS)
VASCO: 1-Fernando Prass; 23-Fágner (22-Irrazábal 16'/2ºT), 25-Anderson Martins (16-Douglas 34'/2ºT), 26-Dedé e 33-Ramon (32-Márcio Careca 25'/2ºT); 8-Eduardo Costa (35-Allan 33'/2ºT), 37-Romulo, 6-Felipe (17-Enrico 30'/2ºT) e 19-Carlos Alberto [cap]; 7-Eder Luis (40-Misael 18'/2ºT) e 9-Marcel (30-Patric 17'/2ºT). Técnico: Paulo César Gusmão.
Reservas não utilizados: 12-Alessandro, 28-Renato Augusto.
CERRO PORTEÑO-PAR: 12-Diego Barreto [cap]; 2-César Benítez, 23-Mariano Uglessich e 15-Luis Cardozo; 5-Iván Piris (11-Oscar Romero 36'/2ºT) e 18-Lautaro Formica (13-David Mendoza 29'/2ºT); 16-Jorge Núñez (10-Julio dos Santos 20'/2ºT), 14-Javier Villarreal e 6-Rodrigo Burgos; 7-Juan Lucero (20-Juan Maldonado 27'/2ºT) e 19-Roberto Nanni (9-Freddy Bareiro 17'/2ºT). Técnico: Javier Torrente.
Reservas não utilizados: 1-Sérgio Valinotti, 3-Danilo Ortiz, 22-Javier García, 11-Diego Madrigal, 17-Digno González. (Obs.: Embora Diego Madrigal tenha sido relacionado com a camisa 11, foi Oscar Romero quem efetivamente entrou em campo com esse número. Completaram o elenco do Cerro Porteño em sua excursão ao Brasil os seguintes jogadores: Pedro Benítez, César Serna, Luis Cáceres, Martin Cabrera, Jorge Rojas.) Na Rádio Globo não falaram o nome do Romero que entrou com a Nº. 11. Eles disseram "11- [Diego] Madrigal"; O outro sem numeração - Digno González - foi Nº. 17.
Obs.: Carlos Alberto perdeu um pênalti aos 36'/2º, chutando a bola para fora.
Fonte: GloboEsporte.com (texto, vídeo), Site oficial do Vasco (fotos), O Globo online (ficha, fotos), NETVASCO (ficha), Terra (foto)