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Bismarck, hoje empresário, critica nível dos jogadores no Brasileiro Sub-20
Terça-feira, 28/12/2010 - 16:11
Alexandre Pato começou a ganhar fama ao se destacar na campanha que deu ao Internacional o título do primeiro Campeonato Brasileiro sub-20. Mas, na segunda edição do torneio, encontrar um novo candidato a craque não é tarefa tão simples. Pelo menos, é o que garantem empresários, olheiros e representantes de clubes do exterior que acompanham a competição no Rio Grande do Sul.
Apesar da presença de clubes tradicionais na revelação de jovens talentos, os observadores admitem que o nível técnico do torneio não levará nenhum jogador a grandes clubes da Europa e apostam apenas em possíveis negociações com equipes da “Série B” do velho continente.
- Os clubes de ponta não vão encontrar muita coisa aqui. Os superjogadores já estão nas equipes principais e, mesmo assim, são negociados rapidamente, como é o caso do Pato e do Anderson (do Manchester United-ING) – afirma um representante de um clubes inglês que trabalha há alguns anos no Brasil, mas não quis se identificar.
Ex-atacante do Vasco e da seleção brasileira na Copa de 1990 e agora empresário, Bismarck acredita que até mercados emergentes, como Ucrânia e Rússia, não encontrarão boas opções de reforços no Brasileirão sub-20. Mesmo assim, ainda considera a disputa mais vantajosa para observações do que a Copa São Paulo, que será disputada em janeiro.
- São jogadores para equipes medianas, como as de Portugal, por exemplo. O lado bom é que temos clubes que investem bastante na base. O nível da Copa São Paulo é ainda pior porque são muitos times e a qualidade só vai melhorar na fase final – explica.
Escondidos entre torcedores nas arquibancadas, os agentes contam até com a colaboração dos clubes para identificar talentos. Um membro de cada delegação entrega a eles uma relação com nome, idade e número da camisa dos atletas antes das partidas. Nos últimos dias, empresários holandeses, ingleses e espanhóis estiveram acompahando os duelos das quartas e semifinais.
A concorrência, aliás, faz os gastos dos agentes aumentarem, sobretudo na assistência de jogadores que ainda estão nas categorias de base e enfrentam problemas familiares.
- O mercado dá várias alternativas de encontrar talentos. O problema é o que você gasta para manter observadores, ajudar a família do jogador, pagar aluguel, comprar chuteira e muitas outras coisas. Você investe em 50 atletas, mas vai ter retorno com apenas um – diz Bismarck.
Fonte: Blog de Base