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Paulo Angioni afirma que Jael não foi procurado pelo Vasco
Terça-feira, 21/12/2010 - 14:51
Amigos blogueiros, dando sequência à nossa série de entrevistas com os dirigentes dos clubes que conquistaram o acesso para a Série A, hoje é dia de Paulo Angioni, diretor de futebol do Bahia. Angioni assumiu o cargo em abril deste ano, pouco antes do início da Série B.
Sob o comando de Renato Gaúcho, o Bahia vinha de um vice-campeonato estadual para o Vitória e uma eliminação na segunda fase da Copa do Brasil para o Atlético-GO. A expectativa para a Segundona era boa, mas havia uma ponta de desconfiança. Mesmo assim, o Tricolor foi bem desde o começo da competição e, mesmo com a saída de Renato durante (para a entrada de Márcio Araújo), o time continuou firme e conseguiu o acesso.
Nessa entrevista exclusiva, feita nesta segunda pelo Junior Maurell, Paulo Angioni conta como foi o ano do Bahia sob sua perspectiva, as contratações e perdas para 2011, Rogério Lourenço e muito mais. Confira!
Após 7 anos, o Bahia finalmente voltou à elite do futebol brasileiro. Como diretor de futebol do clube, qual a sua sensação?
É de muito prazer, de resgate da autoestima da massa tricolor, que é uma das mais presentes, isso tudo é muito significativo. Até porque essa massa é uma das que mais comparece aos estádios pelo Brasil e merecia ver seu time novamente na Série A.
O que foi fundamental para que o time conquistasse o acesso?
Primeiro, a energia do torcedor. Segundo, a instituição, que é muito grande. Depois os amigos de outros clubes, que emprestaram atletas sem custos e, por fim, as categorias de base do Bahia, que abasteceram o time principal.
Quais foram as maiores dificuldades encontradas?>
A dificuldade é a própria competição, que é muito nivelada e sempre tem um declínio. O ambiente às vezes é conturbado, os salários às vezes atrasam, mas soubemos superar tudo.
Quando o Renato Gaúcho deixou o Bahia para assumir o Grêmio você temeu que o trabalho pudesse ser prejudicado?
Não tenha dúvida que o Renato contribuiu muito e sempre uma saída pode trazer alguma dificuldade. Graças a Deus a escolha do Márcio (Araújo, técnico) foi acertada e, pela pessoa que ele é, acabou centralizando o trabalho de uma forma tranquila e positiva.
Em relação a 2011, o Márcio Araújo não renovou e o Bahia contratou Rogério Lourenço, que teve uma passagem pelo Flamengo recheada de críticas. Qual foi o critério para a escolha do Rogério?
O Rogério tem uma trajetória rápida e boa no futebol. O futebol precisa de sangue novo. Ele fez um trabalho positivo na Libertadores (NR: assumiu nas oitavas de final e foi eliminado nas quartas no comando do Flamengo) e ficou três anos na CBF com as Seleções de base. Ninguém fica três anos na CBF se não for competente.
Em relação ao time, reforços já foram contratados, alguns deles experientes (como o atacante Souza e o goleiro Tiago), outros apostas (como o atacante Bruno Paulo, o meia Magno e o volante Rafael Jataí). Isso mostra que a tendência do Bahia para 2011 é mesclar juventude e experiência?
A juventude se faz necessária, mas não estamos apostando em ninguém. Eles são jovens e já foram testados em outros clubes. A gente tem que mesclar experiência com saúde. Até porque futebol não existe sem saúde.
Existe a possibilidade de uma grande contratação para o ano que vem?
Vamos ver. No primeiro momento não, vamos esperar o Estadual para depois analisarmos e, se for possível e necessário, vamos contratar algum nome forte.
Em relação ao Jael, houve uma história de que ele poderia sair, até em uma troca com o Vasco envolvendo o Rafael Coelho. Existe a possibilidade de saída do atacante?
O Jael tem compromisso até maio, ele tem uma cláusula no contrato que permite que ele seja negociado com a Série A ou o exterior, mas até agora ninguém procurou o Bahia. Com isso ele continua conosco.
Para finalizar, o que o torcedor tricolor pode esperar para 2011?
Eu desejo que o torcedor tenha um bom Natal e que para o Bahia 2011 seja uma sequência de 2010, que outras etapas sejam superadas.
Fonte: Blog Revista Série B - GloboEsporte.com