Tamanho da letra:
|

Jogadores com pouca chance com PC tentarão mostrar que podem continuar


Quarta-feira, 17/11/2010 - 09:55

O Vasco está dividido entre os que vão, os que ficam e aqueles no meio do caminho, sem saber para onde seguir.

Quem entrar em campo hoje, no amistoso com o Santos, em Teresina, às 22h, poderá ter a última chance de marcar passagem para a próxima temporada no clube. Ou carimbar de vez o passaporte para fora de São Januário. Em cima do muro entre a permanência e a saída, o diretor-executivo Rodrigo Caetano assiste a tudo de camarote, porque ele próprio ainda não decidiu o que vai fazer do futuro.

Entre a ilusão de decidir um campeonato que não pode vencer e a realidade financeira que impõe a necessidade de disputar o amistoso, o Vasco fala em vitórias e dignidade. Para os jogos com o Cruzeiro e o Corinthians, força máxima. Contra o Santos, reservas e promessas.

Fernando, que já foi capitão, e Titi, barrado depois de desagradar a técnico, torcida e diretoria, e cujo contrato vence no fim do ano, formam a zaga ao lado de Jádson, que ainda não disse a que veio.

No ataque, os dois jogadores mais contestados da temporada: Nunes, que dificilmente renovará seu contrato de empréstimo em dezembro, e Rafael Coelho, jogador que não marcou um gol sequer no Brasileiro e deverá ser emprestado na próxima temporada.

Coelho só fez dois gols em 2010. Um no Estadual e outro na Copa da Hora. Fumagalli, também relacionado, pouco jogou, e Rômulo, que tem família no Piauí, é o único que transita entre a equipe A e B com regularidade.

Ari e Allan são incógnitas.

O time provável: Tiago, Fernando, Jádson e Titi; Ari, Rômulo, Alan, Fumagalli e Carlinhos; Rafael Coelho e Nunes.

— Para mim e os jogadores de defesa, como Fernando e Titi, este jogo é uma Copa do Mundo — disse o goleiro Tiago, que só fez duas partidas este ano e não sabe se renovará o contrato que termina em dezembro. — Não passa pela minha cabeça ficar no banco de reservas o tempo todo.

Nem na de PC Gusmão. Tanto que ele deixou o comando do time hoje nas mãos do auxiliar técnico Acácio, ex-goleiro do clube. Quando o amistoso foi divulgado, PC não escondeu a insatisfação e gerou um mal-estar entre comissão técnica e diretoria, contornado depois que os dirigentes concordaram em deixá-lo fora do jogo, assim como Felipe, Zé Roberto, Éder Luís e Carlos Alberto, que se recuperou de uma virose e deverá enfrentar o Cruzeiro no próximo domingo. Ramon também deverá voltar.

Novela da renovação Depois de treinar com excesso de disposição e ter dado uma entrada dura no tornozelo esquerdo de Allan, Carlos Alberto segurou uma folha de papel onde escreveu “Fica Rodrigo”.

Mais uma vez, o dirigente adiou a decisão. E falou do futuro com um tom de incerteza.

Enquanto a novela da renovação da sua permanência se arrasta num drama sem fim, ele fez um balanço da temporada, considerada ruim por jogadores e comissão técnica, porque termina sem títulos ou vaga na Libertadores.

— Ganhar a Série B não era mais que a nossa obrigação, mas só quem passa por ela sabe como difícil. Este ano, demos uma sinalização de profissionalismo para o torcedor — definiu o dirigente.

Fonte: O Globo