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Oposição divulga nota sobre campanha do futebol vascaíno


Terça-feira, 16/11/2010 - 06:23

Nota publicada pelo site do Casaca, principal grupo de oposição da política vascaína:

Promessas que viraram mico, comparações inevitáveis e verdades que vêm à tona

Faltando três rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, o Vasco não tem qualquer chance matemática de se classificar para a Taça Libertadores do ano que vem, considerando até mesmo a hipótese de ser incluída mais uma vaga para os participantes da competição, ora disputada pelo clube.

Em 35 rodadas do Brasileiro o Vasco não conseguiu:

1) chegar à zona da Libertadores em nenhuma delas.

2) figurar entre os oito primeiros colocados em duas (2) delas.

3) vencer um clássico sequer em seis disputados somando ao final cinco (5) pontos neste quesito.

Se não chegou em momento algum perto das posições de cima ficou, entretanto, seis (6) rodadas na zona do rebaixamento.
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Comparando-se os resultados atuais com o dos últimos três anos, incluindo 2008, até a troca de diretoria, o Vasco em 2006 (desde quando a competição passou a ser disputada em turno e returno por pontos corridos com apenas 20 participantes) obteve os seguintes resultados:

2006

1) Esteve na zona da Libertadores por nove (9) rodadas.

2) Figurou entre os oito primeiros colocados em vinte e sete (27) das 38 rodadas disputadas.

3) Venceu dois (2) clássicos em seis disputados e somou ao todo nove (9) pontos neste quesito.

4) Não esteve na zona do rebaixamento em nenhuma rodada.

2007

1)Esteve na zona da Libertadores por dezenove (19) rodadas.

2) Figurou entre os oito primeiros colocados em vinte seis (26) das 38 rodadas disputadas.

3) Venceu um (1) clássico em seis disputados e somou ao todo seis (6) pontos neste quesito.

4) Não esteve na zona do rebaixamento em nenhuma rodada.

2008 (até a troca de diretoria):

1) Nas 8 primeiras rodadas esteve na Zona da Libertadores em uma (1) delas.

2) Nas 8 primeiras rodadas figurou entre os oito primeiros colocados em quatro (4) delas.

3) Jogou apenas um clássico (fora de casa) e empatou com o Botafogo em 1 x 1, atuando com 10 reservas na oportunidade.

4) Não esteve na zona do rebaixamento em nenhuma das 8 rodadas disputadas antes da troca de diretoria.
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Quanto ao restante do Campeonato Brasileiro de 2008 destacamos o seguinte para toda a torcida vascaína que quer a verdade e não versões de parceiros da atual “diretoria”.

1) a equipe cruzmaltina foi entrar na zona de rebaixamento apenas após a décima nona rodada do turno, ou seja, onze (11) rodadas depois de Carlos Roberto de Oliveira e sua trupe “assumirem” o Vasco.

2) Entre a nona e a décima nona rodada do turno o clube negociou um de seus titulares, encostou outro para negociá-lo quatro dias depois da visita à zona de rebaixamento, abriu mão da vinda de Felipe (o mesmo atleta que trouxe em 2010 sem olhar custo), trocou o técnico Antônio Lopes por Tita e não reforçou a equipe até então.

3) Ressalte-se ainda que daí para frente a atual “diretoria” contratou quatro zagueiros, um lateral-direito, um volante, um meia e dois atacantes, além de abrir mão de Jean, vice-artilheiro do time no Campeonato Brasileiro até ali, com 5 gols.

4) A transação de Jean à equipe Shajah, dos Emirados Árabes jamais foi explicada. Ainda este ano ao solicitar à “diretoria” administrativa do clube a apresentação dos documentos referentes à transação, o Conselho Fiscal obteve como resposta que “a pasta havia sumido”.

5) A soma de gols marcados pelos nove atletas trazidos pela atual “diretoria” naquele ano resultou em um apenas, desde a estréia do primeiro deles (Serginho) na quarta rodada do returno. Curiosamente foi um zagueiro (André) o único a balançar as redes dos adversários. Quanto aos três atletas negociados que já constavam do elenco antes do golpe, todos eles marcaram somando-se sete (7) gols ao todo.

6) Soube-se no dia 21 de junho de 2010, através de discurso protagonizado pelo atual vice-presidente do clube, Sr. Luso Soares da Costa numa das reuniões ocorridas este ano no Conselho de Beneméritos, que as intenções do Sr. José Hamilton Mandarino em selar a contratação do chileno Pinilla, confirmada no dia 13/09/2008 (O Vasco se encontrava na zona de rebaixamento em décimo sétimo lugar na ocasião, após a sétima rodada do returno) tinham como intuito “ferrar” com o Tita (treinador da época), pois o atleta havia sido trazido naquela oportunidade sem que o próprio José Hamilton Mandarino o conhecesse.

Embora José Hamilton Mandarino tenha desmentido Luso no mesmo dia em que foi acusado de tal ato, um fato registrado na mídia tornou suspeita a sua fala. Este foi a declaração de Manuel Fontes, o “Neca”, ex- vice-presidente de futebol do Vasco dada ao site GloboEsporte.com no dia 13/09/2008.

” É um bom jogador (refere-se À Pinilla), que nos foi oferecido. O procurador dele é amigo de um vice-presidente nosso, que eu prefiro não dizer o nome, e estamos negociando. Não tem nada certo ainda, mas é um nome de peso que nos interessa.”

7) Coincidentemente o treinador Tita pediu demissão cinco dias depois e foi substituído por Renato Gaúcho, ex-treinador do clube por quase dois anos entre 2005 e 2007, que havia obtido a décima primeira colocação no Campeonato Brasileiro pelo clube em 2005 e a sexta colocação em 2006, tendo sido substituído por Celso Roth 27 dias antes de se iniciar a participação do Vasco no Campeonato Brasileiro de 2007.

8) Finalmente vale ressaltar que através do Programa Casaca no Rádio, veiculado pela Rádio Bandeirantes, a diretoria anterior apresentou em duas oportunidades a possibilidade de auxílio, para além de desavenças políticas. A primeira delas em agosto quando o clube descia ladeira abaixo na tabela de classificação e a segunda após a inédita derrota – dentro de casa – sofrida diante do Figueirense (que também cairia) pelo placar de 4 x 2 levando o Vasco na ocasião à lanterna da competição. A última tentativa de ajuda foi formal e clara e continha o seguinte dizer:

“Se eu assumir o futebol do Vasco com plenos poderes o VASCO NÃO CAI!” (Eurico Miranda – 05/10/2010).

O que ocorreu com o Vasco depois da queda – desde a comemoração efusiva por uma conquista de segunda até a aceitação ao que está abaixo do medíocre como plausível para um clube da grandeza do nosso – foi apenas consequência da atitude irresponsável, leviana e descomprometida dos que vieram ao Vasco para arqueá-lo, diminuí-lo e maculá-lo por ações descabidas e omissões inadmissíveis.

CASACA!


Fonte: Casaca