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Vasco tem apenas Fernando Prass e Felipe com mais de 100 jogos


Terça-feira, 09/11/2010 - 17:53

Em tempos de mercado tão turbinado, em que jogadores trocam de camisa a cada temporada, a marca de cem jogos vem sendo cada vez mais valorizada nos clubes. Todos os meses, várias homenagens são realizadas nos gramados brasileiros a atletas que atingem o feito, com placas comemorativas, camisas especiais e declarações de amor e fidelidade de ambas as partes. No entanto, nem sempre o jogador é um ídolo ou mesmo tem uma passagem marcante. A tal marca de cem jogos, com isso, torna-se cada vez mais 'banal'.

Somente entre os meses de setembro e outubro, 13 jogadores de grandes clubes brasileiros completaram cem partidas por suas respectivas equipes. De Neymar a Fahel, todos foram devidamente homenageados.

Banalizadas ou não, as homenagens existem e, de uma forma ou outra, estão presentes em quase todas as rodadas do Brasileirão. Para Marcelo Guimarães, diretor comercial e de marketing do Botafogo, elas são válidas, principalmente em tempos de rara identidade na relação entre clube e jogador.

- É uma formar de reverenciar jogadores que conseguem permanecer no clube, mesmo com um mercado tão nervoso. É importante valorizar. São jogadores que passam identificação. É um contraponto ao mercado tão volátil, onde os atletas estão sempre de passagem. É uma forma de premiar o próprio jogador. Esse é um reconhecimento da diretoria com seu funcionário, com placas de metais ou camisas com a numeração especial. Agora estamos fazendo pôsters inspirados no cinema, com foto representativa das características do atleta. É um mimo que ele vai colocar na parede de casa com carinho e orgulho.

Visão diferente tem a diretoria do Atlético-GO, time com nove jogadores entre os centenários. Elias, por exemplo, atingiu a marca no último sábado, contra o Internacional. Mesmo assim, o feito não recebeu muita atenção em Goiânia. Apenas uma lembrança no site oficial. Segundo a assessoria de imprensa, "não é a política do clube".

Mas até que ponto isso interessa aos torcedores? Para o apresentador e editor-chefe do SporTV News, Marcelo Barreto, o torcedor é um dos menos interessados nesse tipo de marca.

- Os departamentos de marketing devem imaginar que vale a homenagem. Eu nunca vi torcedor algum se mobilizar pela centésima partida de um jogador. Muito menos comprar camisa número 100. Mas eles (marketing) precisam, de alguma maneira, valorizar e identificar os atletas com os clubes. Isso é reflexo do vai e vem do mercado. Muitas vezes os atletas não completam nem uma temporada e trocam de clube com seis meses. A identificação está acabando. Hoje as pessoas torcem pela camisa. Está cada vez mais difícil ir ao estádio para ver um ídolo - opinou.

O próprio Marcelo Guimarães, responsável pelas ações mercadológicas do Botafogo, reconhece que a longevidade em um clube não garante a identificação com o torcedor.

- Depende muito do jogador. Tem outros adicionais. Não basta fazer cem jogos para ter a identificação com o torcedor. A longevidade não assegura a rentabilidade comercial - reconheceu.

A marca de cem jogos por um clube, convenhamos, não é fruto de muita persistência. O Internacional, por exemplo, caso chegue à decisão do Mundial, disputará 75 jogos oficiais nesta temporada. O Santos, campeão da Copa do Brasil, 72. Um jogador que não frequente muito o departamento médico pode completar o feito em um ano e meio ou, no máximo, em duas temporadas. Somente na semana passada, Willians (Flamengo) e Rafael Marques (Grêmio), Diego Tardelli (Atlético-MG) e Elias (Atlético-GO) entraram para o time dos homenageados.

Os recordistas

Se completar cem jogos não parece muito trabalhoso, a marca dos 1.000 já é fora da realidade para os padrões brasileiros e até internacionais. No Brasil, Rogério Ceni, jogador profissional do São Paulo desde 1993, pode superá-la em breve. Entre os atletas da Série A, o são-paulino é o recordista, com 939 partidas. Com contrato até 2012, o goleiro pode atingir o feito na próxima temporada.

O próprio Marcelo Guimarães, responsável pelas ações mercadológicas do Botafogo, reconhece que a longevidade em um clube não garante a identificação com o torcedor.

- Depende muito do jogador. Tem outros adicionais. Não basta fazer cem jogos para ter a identificação com o torcedor. A longevidade não assegura a rentabilidade comercial - reconheceu.

A marca de cem jogos por um clube, convenhamos, não é fruto de muita persistência. O Internacional, por exemplo, caso chegue à decisão do Mundial, disputará 75 jogos oficiais nesta temporada. O Santos, campeão da Copa do Brasil, 72. Um jogador que não frequente muito o departamento médico pode completar o feito em um ano e meio ou, no máximo, em duas temporadas. Somente na semana passada, Willians (Flamengo) e Rafael Marques (Grêmio), Diego Tardelli (Atlético-MG) e Elias (Atlético-GO) entraram para o time dos homenageados.

Os recordistas

Se completar cem jogos não parece muito trabalhoso, a marca dos 1.000 já é fora da realidade para os padrões brasileiros e até internacionais. No Brasil, Rogério Ceni, jogador profissional do São Paulo desde 1993, pode superá-la em breve. Entre os atletas da Série A, o são-paulino é o recordista, com 939 partidas. Com contrato até 2012, o goleiro pode atingir o feito na próxima temporada.




Fonte: GloboEsporte.com