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PC e Dedé recebem 2 jogos de suspensão no STJD; Caetano é absolvido


Segunda-feira, 08/11/2010 - 20:48

Em julgamento realizado na noite desta segunda-feira, na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), ainda referente ao clássico contra o Flamengo, o Vasco saiu com prejuízo para as próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. O técnico PC Gusmão e o zagueiro Dedé pegaram dois jogos de suspensão, mas o jogador já cumpriu um e volta semana que vem.

Ao menos, o diretor executivo Rodrigo Caetano foi absolvido. Havia sido relatado na súmula do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca que o cartola o ofendeu e ameaçou após o jogo, no estacionamento no estádio. Mas, como não houve provas, o indiciamento foi desconsiderado. Curiosamente, o meia-atacante Carlos Alberto foi ao tribunal ser testemunha de defesa de Caetano. Sem jogar em virtude de uma série de lesões, o camisa 19 costuma acompanhá-lo.

Fonte: GloboEsporte.com

Rodrigo Caetano e Gutemberg Fonseca foram absolvidos; vascaíno Carlinhos está livre

O Vasco terá dois desfalques para enfrentar o São Paulo no próximo domingo, dia 14 de novembro, em São Januário. Na noite desta segunda-feira, dia 8, o técnico Paulo César Gusmão foi suspenso por duas partidas, mesma punição aplicada ao zagueiro Dedé, em decisão da Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). No mesmo julgamento, o diretor executivo do clube, Rodrigo Caetano, teve melhor sorte, e foi absolvido, assim como o lateral Carlinhos e o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca.

Como foi suspenso por duas partidas e não cumpriu nenhuma delas, já que não há suspensão automática para treinador, PC Gusmão também não poderá ficar no banco de reservas no jogo contra o Cruzeiro, no dia 21, e só poderá voltar à beira do gramado no dia 28, diante do Corinthians, no Pacaembu.

As denúncias aconteceram após o clássico entre Vasco e Flamengo, no dia 24 de outubro. PC Gusmão foi punido por reclamação e desrespeito aos membros da arbitragem, conforme o artigo 258 II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Gutemberg Fonseca relatou que o comandante vascaíno ficou aplaudindo ironicamente suas marcações e ainda jogou a torcida contra ele.

Em anexo à súmula, o árbitro fez constar um relato do delegado da partida, José Carlos Santiago, a respeito do diretor Rodrigo Caetano. Ele relatou que o dirigente teria dito que a arbitragem foi “uma vergonha” e acabou interferindo no resultado, além de chamar o árbitro de incompetente e criticar a sua indicação à Fifa. Rodrigo Caetano respondeu ao artigo 243-C (ameaçar alguém por palavra) do CBJD.

Dedé foi denunciado e punido por “praticar jogada violenta”, conforme o artigo 254 do CBJD, após carrinho no rubro-negro Willians. O gancho pode ser a seis partidas, o que tiraria o jogador dos últimos jogos do Campeonato Brasileiro.

Quanto a Gutemberg, a Procuradoria entendeu que ele se descontrolou com alguns jogadores do Vasco e não relatou na súmula algo em relação a isso. Assim, ele respondeu aos artigos 261-A (deixar de cumprir as obrigações relativas à sua função) e 260 (omitir-se no dever de prevenir ou coibir violência e animosidade entre os atletas), ambos do CBJD.

Em depoimento no plenário do STJD, Rodrigo Caetano afirmou que desabafou alguma insatisfação, mas que ficou no âmbito técnico da partida, e que não falou nada de cunho pessoal com o árbitro. O dirigente disse também que é o último a sair do vestiário e que, 20 minutos depois do jogo, não estaria no estacionamento. "Conversamos numa área comum, perto do vestiário, mas longe de ser no estacionamento do estádio", disse Caetano.

De folga, Carlos Alberto foi ao STJD para prestar depoimento como testemunha de defesa. O jogador disse que estava citado na súmula como presente no momento em que Rodrigo Caetano falou com o árbitro. "Ele fez um desabafo normal. Não ouvi nada disso que estava na súmula. Não tenho a obrigação de estar aqui, mas vim para tentar colaborar com o tribunal", disse.

"Fica difícil falar das pessoas que trabalhamos, porque pensam que vamos defender. Estou sendo sincero. Estou no meu dia de folga, que poderia estar com a minha família, mas vim para dar o meu testemunho", comentou.

O meia disse que, em sua avaliação, o desabafo de Rodrigo Caetano foi de forma amistosa. "Às vezes as pessoas interpretam de forma errada quando falamos a palavra desabafo. O sentimento dele era de insatisfação, porque perdeu e não vejo nada demais nisso, tanto que fiquei falando com o meu irmão, que estava no jogo, ali perto deles e não percebi nada", concluiu o jogador.

Quarto vascaíno a ser julgado, o lateral-esquerdo Carlinhos recebeu o cartão vermelho na derrota para o Atlético/GO, pela 30ª rodada. Na súmula, o árbitro relatou que o jogador calçou as pernas de Anailson durante disputa de bola. O lateral foi denunciado por jogada violenta – artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – mas na sessão, o advogado Osvaldo Sestário demonstrou, através da súmula, que nada houve de grave.

Fonte: Site Justiça Desportiva