Acostumado a títulos nos tempos de Vasco, Lopes agora comanda o Vitória na briga rodada a rodada para escapar da Série B. O time baiano está na zona de rebaixamento, com 34 pontos. Já os vascaínos ainda alimentam o sonho de chegar à Libertadores.
Dentro de campo, Felipe garante que nem leva em conta o carinho que guarda do treinador. “O profissionalismo está acima de tudo. Queria que ele estivesse numa situação melhor, mas depois do jogo contra o Vasco vou torcer para ele sair dessa situação”, diz Felipe.
Mesmo longe de Lopes há tantos anos, o meia não tem como esquecer os gritos que ganhava do técnico. Sua inexperiência era, sem a menor cerimônia, punida com broncas.
“Já ouvi muito grito dele, é uma marca do Lopes. Ele grita bastante, mas por um lado é bom. Posso dizer que devo muito a ele, por ter me dado confiança aos 18 anos”, agradece o jogador, que na maioria das vezes levava o pito por não voltar para marcar.
Quando entendeu a linguagem de Lopes, Felipe brinca que a gritaria passou para o outro lado do campo. “No início fui eu que ouvi, mas, a partir do momento em que eu comecei a corresponder, ele mirou em outro. O Maricá sofreu mais do que eu”, sorri Felipe, em referência ao ex-lateral-direito vascaíno ‘imortalizado’ na voz de Lopes captada pelos microfones de TV: “Ô Maricá! Volta, Maricá!”.
Hoje, o maestro tem ao seu ouvido o som dos gritos de PC Gusmão. Ao fazer a comparação, o meia brinca. “O PC é mais motivador. Já o Antônio Lopes gritava bastante para dar esporro mesmo. Ninguém conseguiu chegar perto dele”.
Fonte: O Dia