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'Quarteto mágico' do Vasco só esteve junto em campo em 3 de 20 jogos
Quinta-feira, 28/10/2010 - 01:13
O quarteto mágico foi formado no Vasco no meio do ano, a torcida se encheu de esperança. No entanto, Carlos Alberto, Felipe, Zé Roberto e Eder Luis só atuaram juntos no Brasileirão em três dos 20 jogos que o time disputou desde 1º de agosto, quando eles foram inscritos.
E, justamente em razão da má condição dos jogadores, especialmente de Carlos Alberto e Felipe, os resultados não foram atraentes com os quatro juntos em campo. Foram dois empates, contra o Fluminense e Cruzeiro, e uma derrota, para o Guarani.
O sonho dos torcedores de ver os seus ídolos correspondendo ganhou tom de questionamento para todos os lados: dos jogadores ao departamento médico. Ontem, o vice-presidente médico do Vasco, Manoel Moutinho, em conversa com o ATAQUE saiu em defesa de seus profissionais.
“O calendário deste ano foi extremamente padrasto com os atletas do futebol profissional. Na maior parte do tempo, foram duas partidas por semana. Não há tempo para o jogador se recompor. Se a gente for procurar um culpado, não é o jogador nem o médico, e sim o calendário”, aponta Moutinho, garantindo que o clube conta com equipamentos adequados e negando qualquer apadrinhamento na indicação dos profissionais.
Em todo esse imbróglio, o caso que realmente incomoda é o de Carlos Alberto, principalmente depois que o apoiador foi visto consumindo bebida alcoólica num ensaio de escola de samba. O departamento de futebol se reuniu para ter uma conversa com o jogador.
Sem citar nomes, Moutinho diz que cabe ao atleta colaborar em seu tempo de repouso, já que a maratona é intensa. “Os jogadores precisam aproveitar esse pouco tempo que resta a eles na semana, entre um jogo e outro, para se pouparem, descansarem”, pede o médico, sem condenar os ‘chopinhos’.
“Isso não causa lesão. Não é isso que vai ser o fator decisivo nem preponderante. A pessoa tem a vida normal, uma atividade de trabalho regrada e pode ter um lazer com seus limites. E os nossos jogadores têm limites”, enfatiza o dirigente, mais uma vez culpando o calendário. “Não queremos justificar nada, mas o tempo está muito curto. Chega um momento em que a gente fica vendido”.
Ao fazer uma análise do que já viveu em mais de 40 anos de Vasco, o vice-presidente médico tem a certeza de que 2010 foi um ano com o dobro de lesões em relação a todos os outros. “Metade do tempo gasto para falar da parte técnica foi usado para falar de estiramentos, lesões, previsão de retorno”, lamenta Moutinho, que considera seu departamento médico capacitado, sem dever nada ao de qualquer outro clube do Brasil.
Fonte: O Dia