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Em alta no Coritiba, Enrico não sabe se volta para o Vasco em 2011


Quarta-feira, 27/10/2010 - 11:53

Enrico chegou ao Coritiba em momento conturbado. Foi o primeiro reforço pós-rebaixamento e as perspectivas para 2010 não eram das melhores. Desconhecido do torcedor paranaense e vindo de uma passagem apagada no Vasco, poucos apostariam que, dez meses depois, o meia simbolizasse a versatilidade que marca o sucesso do Coxa na Série B. Menos, é claro, ele próprio.

- A minha expectativa era de acontecer o que está acontecendo, de a gente ser feliz no Para­naense e buscar o objetivo principal que é a Série A. Isso está perto, e quem sabe com o título - diz o mineiro de 26 anos, que rodou até pela Sué­­cia antes de chegar ao Alto da Glória.

- Muito frio lá, peguei menos 20 graus. Não tem campeonato nessa época, mas foi uma experiência bacana - diz Enrico, sempre sorridente.

O alto astral – e um tique de falar a palavra “assim” entre as sentenças – são marcas registradas dele.

Da Suécia, trouxe a esposa. “Ela é muito bonita, sou um menino sortudo!”, brinca, lembrando que o futebol brasileiro ganhou lá a Copa de 1958 – um ano depois, em uma excursão do Botafogo, Gar­­rincha deixou um herdeiro naquelas bandas. “Quem acompanha futebol lá sempre comenta isso.”

Fã de música eletrônica, Enrico foge um pouco do pa­­drão dos jogadores. Tem tatuagens pelo corpo desde os 19 anos – “umas dez eu acho” – e após a sequência de jogos que o Coxa fará, irá retocar uma delas. A falta de tempo, aliás, o impede de desenvolver a habilidade como DJ.

- Me identifico com música eletrônica. No carro é só CD de ‘tuchi-tuchi’ (risos). Tenho vontade de aprender um pouco, mas no ritmo que a gente vive, fica complicado. Penso em comprar uma aparelhagem - confessa.

Em campo, tem chamado a atenção pela versatilidade. Além de meia, sua posição original, já foi ala e atacante.

Natural de Belo Horizonte, começou no time do coração aos 11 anos, quando ainda era apenas um torcedor do Atlético-MG. “Era Galo mesmo!” A família segue por lá, menos o irmão gêmeo, Fabrício.

- Ele jogou bola até os 23 e acabou indo para os EUA, estudar e jogar pela faculdade - conta.

Hoje, seu contrato é com o Vasco da Gama, até o final de 2011. Enrico despista sobre as possibilidades de ficar em Curitiba.

- Esta­mos todos focados na subida, mas espero que as coisas se resolvam bem para mim e para o Coritiba.

No que depender dele, a tendência é permanecer, até porque considera esse seu melhor momento na carreira.

- Ano passado às vezes era titular, às vezes nem era convocado... O jogador não gosta de viver isso. Aqui no Coritiba tenho sido titular, mas mais para o final do ano a gente resolve isso.

Fonte: GloboEsporte.com