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Dinamite pede que árbitro do clássico também seja julgado pelo STJD
Terça-feira, 26/10/2010 - 07:39
Assim como o técnico Paulo Cesar Gusmão e os jogadores, o presidente Roberto Dinamite reprovou a maneira como o árbitro carioca Gutemberg de Paula Fonseca conduziu o empate em 1 a 1 entre Vasco e Flamengo, domingo.
Porém, em vez de lamentar, Dinamite gostaria que o julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) fosse igual para os dois lados. Da mesma maneira que atletas e treinadores são condenados por suas palavras e atitudes em campo, com prova de vídeo, os árbitros também deveriam ter que responder.
“A defesa deveria ter o direito de levar um vídeo como prova. Seria bom para todos mostrar o árbitro, fazer uma leitura labial”, sugere Dinamite. “Os jogadores se preparam a semana inteira, para um detalhe colocar tudo a perder”, completou, sem concordar com a expulsão do zagueiro Dedé.
Para Dinamite, o Vasco já tinha sido prejudicado com o cartão vermelho de Carlinhos contra o Atlético-GO. Na ocasião, o jogo estava empatado em 0 a 0 e, após a expulsão, o time sofreu dois gols.
Contra o Flamengo, o presidente usou a expressão muito repetida por Felipe e PC no vestiário após a partida: “Foram dois pesos e duas medidas. O lance do Dedé era para dar amarelo, e o do Eder Luis com o David, em que ele matou o contra-ataque, também tinha que ter tido cartão”.
Sobre as ‘ameaças’ de Gutemberg aos jogadores, como a que se referiu Felipe, revelando que o juiz disse que ia expulsá-lo, Dinamite relembrou a sua época em campo. Ele reconheceu que pressão desse tipo é comum entre os árbitros.
Certa vez, Dinamite conta que estava em posição legal em lance no qual o juiz marcou impedimento, e ele voltou para reclamar.
“Não pense que você vai fazer comigo o que faz com outros. Eu te coloco para fora”, ouviu o ex-atacante, nos 5 minutos iniciais de um clássico com o Flamengo. “O senhor erra e eu tenho que ficar calado? E ainda diz que vai me expulsar?”, rebateu Dinamite.
“O juiz é autoridade máxima, mas ele precisa apitar bem, direito”, enfatiza o presidente, que descartou a possibilidade de má-fé: “Não é isso. Tem árbitro que tem uma forma de interpretar ou levar para o lado que considera ser o melhor para o jogo”.
Fonte: O Dia