Tamanho da letra:
|

Oposição divulga nota sobre entrevista de Dinamite


Segunda-feira, 25/10/2010 - 06:20

Nota publicada pelo site do Casaca, principal grupo de Oposição da política vascaína:

“Balanço de gestão” pelo nosso inacreditável “presidente”. Comentado por nós.

MB*: Você assumiu a presidência com a moralização do clube como uma das bandeiras. O que já foi feito nesse sentido e o que ainda está por fazer?

ROBERTO DINAMITE: A nossa principal bandeira desde o início sempre foi a transparência absoluta dos nossos atos e temos trabalhado o tempo todo nesse sentido. Eu entendo que a moralização passa por aí.

Nota do CASACA!: Deve ser por conta desta transparência que as contas de 2009 foram reprovadas pelo Conselho Fiscal e encontram-se ainda sem aprovação pelo Conselho Deliberativo. Deve ser por isso que as contas de 2010 seguem o mesmo rumo.

MB*: Como é conciliar a relação de paixão de um ex-atleta com o clube e a razão necessária para administrá-lo?

RD: Um dos meus traços de personalidade sempre foi o de separar a emoção da razão. Não misturo as coisas. Minha vida toda tem sido assim e não vou mudar agora, nesta altura dos acontecimentos.

Nota do CASACA!: De fato, Dinamite é uma pessoa muito equilibrada emocionalmente. Fatos de seu passado não revelado falam por si.

MB*: A experiência na política ajuda na gestão?

RD: Uma das experiências mais importantes que a política me ensinou foi a arte da conciliação para o bem comum. No Vasco não tem sido diferente. Sempre coloco a instituição acima de qualquer coisa.

Nota do CASACA!: “Conciliação para o bem comum” = República das Bananeiras. “A instituição acima de qualquer coisa” = emprego para parentes, assessores parlamentares e cabos eleitorais.

MB*: Quais os problemas do clube gerados por gestões anteriores que a sua gostaria de solucionar, mas que ainda não conseguiu?

RD: Não dá para generalizar. Houve gestões que fizeram o seu trabalho. Mas o nosso maior problema atualmente é, sem dúvida, a dívida altíssima que herdamos, mas estamos trabalhando para resolvê-la.

Nota do CASACA!: Estranho. Um clube tão endividado não deveria abrir mão do aluguel de seu estádio para os jogos do Duque de Caxias; não deveria pagar mais de 10 mil reais mensais para um parente do “presidente”; não deveria pagar 380 mil de salários a quem não joga; não deveria detonar a sua concentração para se hospedar em hotéis agenciados por outro parente do “presidente”; não deveria deixar as calças para o administrador do programa de sócios; não deveria deixar as calças para o administrador de bilheteria; não deveria negligenciar com um parceiro a quem deve agora, só em multas, mais de 4 milhões de reais, etc.

MB*: Qual foi a maior conquista fora de campo de sua gestão e por quê?

RD: Sem dúvida, foi conseguir a união de todos os vascaínos em prol desse projeto importantíssimo que é a recuperação administrativa e financeira do nosso clube e, também, a recuperação da autoestima dos vascaínos que andava baixa.

Nota do CASACA!: Não se sabe a que união o senhor “presidente” se refere. Daqueles que o apoiavam no início, o seu 1º Vice-Presidente já se coloca como seu opositor; o “presidente” do Conselho Fiscal já se coloca como opositor; mais de 5 vice-presidências já foram ocupadas, desocupadas e reocupadas por dissidentes; a atual “administração” sofreu, no início do ano, uma derrota fragorosa no Conselho de beneméritos, composto, em mais de 60%, por Beneméritos feitos pelo senhor Antônio Soares Calçada, que concorria na chapa da “diretoria”; a atual “administração”, nem mesmo politicamente, conseguiu aprovar suas contas.

MB*: Qual foi a maior derrotada da sua gestão?

RD: Não considero derrota, em função das circunstâncias, mas gostaria que não tivéssemos caído para a Série B.

Nota do CASACA!: Mas caiu, “presidente”. E isso não há de ser apagado: caiu na sua “gestão” por incompetência, negligência e falta de caráter.

MB*: Qual clube brasileiro tem um modelo de gestão que você considere a ser seguido? Que dirigente você destaca atualmente no futebol brasileiro?

RD: Gosto do que está sendo feito no Internacional, no São Paulo e no Cruzeiro. Quanto aos dirigentes, todos os que pensam na instituição antes de qualquer outra coisa e buscam o melhor para o futebol brasileiro merecem o nosso respeito.

Nota do CASACA!: E o que está sendo feito no Internacional, no São Paulo e no Cruzeiro, caro gênio? Duvidamos que você saiba.

MB*: Até o fim do seu mandato, quais são as metas traçadas antes de você assumir a presidência que a sua equipe ainda pretende alcançar e quais você acha que não será possível cumprir?

RD: O Vasco que queremos deixar para os nossos sucessores é um Vasco saneado financeiramente, ganhador de títulos, com um centro de treinamento à altura das tradições cruzmaltinas, organizado administrativamente e independente economicamente para que a gente possa honrar todos os nossos compromissos. A palavra impossível não existe no meu dicionário.

Nota do CASACA!: Ou seja, até aqui tudo na estaca zero.

MB*: Com tudo o que você já passou no cargo, aceitaria continuar por mais um mandato? Ou é muita dor de cabeça?

RD: Dentro dos estudos que foram realizados pelo pessoal da área, vamos precisar de pelo menos uns cinco ou seis anos para arrumar a casa do jeito que um clube do tamanho do Vasco exige. E isso que estamos buscando no dia a dia. A cabeça já não dói tanto, mas a continuidade do nosso trabalho vai depender da escolha que o sócio fizer na próxima eleição.

Nota do CASACA!: o Vasco não merece aturar você e sua trupe o administrando por 3 mandatos. O tempo dirá.

MB*: Qual o seu Flamengo e Vasco inesquecível?

RD: Foi em 81. Era a decisão do Campeonato Carioca, Tivemos que disputar três partidas. A primeira, ganhamos de 2 a 0, com os dois gols meus. A segunda foi numa quarta-feira chuvosa. Estava 0 a 0. A torcida do Flamengo já gritava ‘é campeão’ quando, aos 44 do segundo tempo, fiz 1 a 0. Veio o terceiro jogo, no Maracanã. Adílio e Nunes fizeram 2 a 0. Aos 38 do segundo tempo, diminuímos. Precisávamos do empate. O juiz deu mais 4 min. A pressão do Vasco aumentava, até que um torcedor, o ‘ladrilheiro’, invadiu o campo e criou a maior confusão. O juiz encerrou o jogo e o Flamengo foi campeão.

Nota do CASACA!: Pois é, “presidente”, sintomático. O seu Vasco x Flamengo inesquecível é uma derrota.

Fonte: Marca Brasil (exceto os comentários do CASACA!)


Fonte: Casaca