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Zé Mário, ídolo do Vasco nos anos 70, relembra sua passagem pela Colina


Sexta-feira, 22/10/2010 - 05:12

Em entrevista ao programa “Panorama Esportivo”, da Rádio Globo, o volante Zé Mário, que fez parte do meio-campo do timaço do Vasco em 1977, falou um pouco sobre sua carreira, sobre sua posição e revelou que o clube pelo qual tem mais identificação é o Vasco.

Confira a entrevista do ex-volante vascaíno:

“No meu tempo, eu me lembro que quando eu comecei a jogar o treinador Major Luís de Carvalho falava: ‘rouba a bola, não desfaça a bola, não chute para qualquer lugar a bola’. E os zagueiros também eram zagueiros que roubaram a bola, hoje os jogadores vão de primeira no adversário para tirar a bola dele e jogar para qualquer lugar. Ele não recomeçam um contra-ataque e ainda vibram quando chutam a bola lá na arquibancada, sai vibrando. Eu acho que isso aí mudou muito o conselho do treinador para esses jogadores. Não adianta você simplesmente jogar essa bola pra fora, pois quando você tá na defesa com a bola recomeça um grande contra-ataque e se jogar a bola para fora você deu a arma para o adversário de novo.”

VASCO E FLAMENGO MAIS MARCANTE DA CARREIRA

“Foram dois. Um eu jogando pelo Vasco na decisão em que foi 0 a 0 e foi para os pênaltis. Tava chovendo muito e depois eu pelo Flamengo contra o Vasco e depois Vasco contra o Flamengo, que também foram duas decisões muito difíceis e que eu sai do campo muito cansado e porque eu não me lembro. Sei que em uma chovia bastante e a outra eu não me lembro se chovia ou não. Foram difíceis os jogos; Uma eu tava pelo Flamengo, eu ganhei pelo Flamengo e outra que eu estava com o Vasco e a gente ganhou nos pênaltis. Foram os dois jogos mais difíceis que eu disputei na minha vida.”

IDENTIFICAÇÃO MAIOR COM O VASCO

“Eu sou mais identificado com o Vasco porque acho que foram os últimos quatro anos de Rio de Janeiro. Então as pessoas lembram mais dos quatro últimos anos que eu joguei no Rio de Janeiro, que foram com o Vasco. Mas muita gente lembra do Flamengo, que foram três anos, do Fluminense na época da Máquina. Eu sou muito reconhecido na rua, principalmente para os que tem um pouco mais de idade. Os mais jovens, passa a geração, muda, e as pessoas não lembram muito.”

MELHOR TREINADOR DA SUA CARREIRA

“O melhor treinador que eu tive foi o Major Luís de Carvalho, que foi do juvenil do Bonsucesso. Aqui ele me ensinou a me posicionar, ele me ensinou a virar pra um lado e jogar a bola para o outro, ele não deixava eu olhar para o lado e jogar a bola para o mesmo lado. Pra você que eu não só marcava, eu tinha que saber o que é que tinha. Ele me deu uma visão geral do campo, isso ele sempre me cobrou e eu sabia o que tinha do outro lado sem olhar, tinha que saber que o jogador tava lá, que tinha que ter olhado antes. Ele me ensinou muito isso aí. Agora todos os treinadores que trabalharam comigo, que foram meus treinadores, eu sempre tirei alguma coisa positiva porque logo que comecei a ser profissional de futebol eu tinha na cabeça ser treinador. Então, sempre que um treinador falava alguma coisa eu guardava e sei muito desses treinadores que eu repito hoje e digo citando a fonte: ‘esse treinador fazia isso’.”

POSICIONAMENTO

“O futebol de salão me deu esse passe bom. Eu quando comecei a jogar pelo Flamengo, eu jogava de oito, era o segundo homem do meio-campo, e por eu ter um passe bom e saber marcar, porque me falaram no futebol de salão que quem não tem um passe bom e não sabe marcar não joga, foram me trazendo para trás para marcar e sair com a bola também. E graças a deus pude fazer isso em todos os clubes que passei.”

Fonte: Supervasco