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Fernando Prass e goleiro do Urubu se entrevistaram antes do clássico


Quinta-feira, 21/10/2010 - 10:41

Fernando Prass, de 32 anos, e Marcelo Lomba, de 23, estarão no foco no próximo domingo, quando Vasco e Flamengo se enfrentarem no Engenhão. Eles serão os responsáveis por evitar os gols e, na maior parte do tempo, estarão sozinhos na grande área. A pedido do iG, aceitaram fazer cinco perguntas cada um para o adversário.

Ambos já se enfrentaram no primeiro turno e saíram ilesos no empate em 0 a 0. Agora, na reta final do Brasileiro, os objetivos são diferentes, mas a vitória no clássico é essencial para que o sonhos ainda possam se realizar.

O Vasco tem 41 pontos e está a cinco do Atlético-PR, que seria o último time classificado para Copa Libertadores de 2011. O Flamengo tem 37 e tenta se manter na zona de classificação para a Copa Sul-Americana.

Fernando pergunta para Lomba

Fernando Prass: Você pretende criar identificação com o Flamengo, como o Rogério Ceni no São Paulo e o Marcos no Palmeiras, ou tem objetivo de jogar na Europa?

Marcelo Lomba: Tenho o objetivo de criar identificação, conquistar títulos, fazer uma bonita história pelo Flamengo. Deixo jogar na Europa em segundo plano. Gosto muito do Flamengo e meu pensamento é continuar.

Fernando Prass: O que te levou a ser goleiro?

Marcelo Lomba: Sempre gostei de agarrar. Fui quebrar um galho, um amigo me chamou às pressas para o time de futsal do Hebraica. Acabei me saindo bem e começou essa paixão. Eu jogava muito futebol de praia em Copacabana.

Fernando Prass: Como foi sua trajetória até chegar a titular do Flamengo?

Marcelo Lomba: Comecei no CFZ, fui campeão mirim, aí tive o convite do Flamengo. Cheguei em 2001, fui campeão infantil, sub-17 com a seleção, bicampeão estadual de juniores e estou desde 2006 no profissional. O meu primeiro jogo foi em um amistoso em Roraima. Em 2008, contra o Vasco, foi o primeiro valendo três pontos. No gol, é mais difícil ter oportunidade. Goleiro não entra faltando 10 minutos para ganhar experiência, só entra na necessidade. Então tive de ter paciência, mas foi um grande aprendizado.

Fernando Prass: O que você sentiu quando disputou seu primeiro Vasco x Flamengo como profissional?

Marcelo Lomba: Eu fiquei muito motivado, sabia da responsabilidade, o Maracanã estava cheio. Foi bem diferente, estava acostumado na base. O jogo acabou empatatado (2 a 2, em 2008), mas deu para perceber bem o fator extra-campo. Senti muito o apoio da torcida e pude enfrentar o Edmundo na minha estreia. Foi marcante, pois ele era um ídolo do Vasco.

Fernando Prass: Quais as suas metas em curto prazo?

Marcelo Lomba: Terminar bem o ano. É um ano de afirmação para mim. Queremos levar o Flamengo à Copa Sul-Americana e, em 2011, disputar títulos, Carioca, Copa do Brasil, Brasileiro. O Flamengo é um clube grande e tem sempre de disputar taças.

Lomba pergunta para Fernando

Marcelo Lomba: Você treina com o Carlos Germano, que é um ídolo do clube. O que ele passa de mais importante da experiência que teve?

Fernando Prass: É muito importante, pois com ele tenho uma ideia da história deste clube, um dos maiores do mundo, além de ter a noção do que eu estou representando e da responsabilidade que tenho quando visto essa camisa.

Marcelo Lomba: Quando assumiu pela primeira vez a posição de titular, como se sentiu?

Fernando Prass: Fui emprestado pelo Grêmio ao Vila Nova-GO. Lá conquistei meu primeiro título como profissional, depois de cinco anos sem o clube conquistar um campeonato.

Marcelo Lomba: Você acabou de renovar contrato com o Vasco, pretende encerrar a carreira no clube, foi o que mais te marcou?

Fernando Prass: Quero deixar bem claro que ainda não penso em encerrar a carreira, mas com certeza gostaria de ficar marcado como o Fernando Prass do Vasco.

Marcelo Lomba: Você considera esse o seu melhor momento na carreira?

Fernando Prass: Em termos técnicos, não, pois já tive outras fases ótimas. Mas, em relação a projeção do meu trabalho, sem dúvida é o melhor.

Marcelo Lomba: Você já considera um ídolo do Vasco?

Fernando Prass: A minha visão de ídolo é muito mais complexa. Acho que com o decorrer deste meu novo contrato tenho condição de me tornar um ídolo. Mas, para isso, vou precisar ganhar títulos.

Fonte: IG