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Fã de Roberto Carlos e Branco, Fellipe Bastos vira arma de longo alcance
Terça-feira, 19/10/2010 - 13:31
Corridinha curta. Seis passos andando uma distância muito pequena. Quando encontra a bola, o chute sai muito forte. A descrição poderia ser de Roberto Carlos batendo falta. Poderia. Mas não é. Responsável pelas cobranças do Vasco, Fellipe Bastos tem estilo parecido com o do lateral do Corinthians. E não é para menos. Afinal, foi nele em que o jogador se inspirou. Nele e em outro famoso lateral-esquerdo brasileiro: Branco.
Assim como os jogadores que o inspiraram, Fellipe Bastos procura usar a potência não só nas cobranças de falta, mas também nos chutes de longa distância durante os jogos. Com isso, o volante, que já marcou dois gols no Brasileiro, virou uma importante arma cruzmaltina (assista no vídeo acima a lances em que Fellipe chuta de longe com precisão).
- Me inspiro no Roberto Carlos, até na hora de correr para a bola. No Branco também, que foi o meu coordenador na Seleção. Ele me orientava, dizia o jeito que batia na bola. Eu procurava aprender tudo. Também observo o jeito do Cristiano Ronaldo e do Juninho Pernambucano, que é um dos meus ídolos. Procuro ver vídeos na internet para copiar os caras que são bons – revela Bastos.
Branco e Fellipe estiveram juntos na Granja Comary em 2005, quando o volante fazia parte da Seleção sub-15 e o ex-jogador era coordenador técnico. Vem dessa época uma história marcante para o atleta.
- Teve um jogo-treino contra o Madureira na Granja Comary em que eu fiz um gol de falta. Antes, a gente tinha visto a partida entre Brasil e Holanda, aquela em que ele fez um golaço. Quando eu saí de campo, ele falou: “belo gol”. E eu respondi que tinha aprendido com ele. Depois, no Sul-Americano, fiz outro parecido - lembra, referindo-se ao gol de Branco nas quartas de final da Copa de 94.
Pai ensinou Fellipe a chutar com as duas pernas
Mas não foi só no Vasco e na Seleção que Fellipe marcou gols desta forma. Quando atuou no Benfica, na temporada 2008/2009, o meia já havia marcado em um chute de longe (assista ao gol no blog Brasil Mundial FC).
- Meu melhor momento na Europa foi um gol que eu fiz contra o Belenenses, na última rodada do Campeonato Português. Foi um chute a 36 metros da trave. Um gol maravilhoso – relembra.
Um observador mais atento consegue perceber que, apesar de destro, Fellipe consegue chutar com os dois pés. Um dom desenvolvido nas brincadeiras com o irmão e o pai na infância.
- Tenho facilidade de chutar com as duas pernas. Quando eu era novo e pedia para jogar com o meu pai, ele dizia que só brincava se nós batêssemos com as duas. Até hoje, nós lembramos disso. Meu pai foi um dos meus grandes incentivadores.
Depois de muito tempo, o Vasco terá uma semana de treinos antes de encarar o Flamengo, no próximo domingo, no Engenhão. Fellipe vai usar esse tempo para calibrar a pontaria. Afinal, o jogador sonha marcar contra o maior rival cruzmaltino.
- Seria especial, sem dúvida.
Fonte: GloboEsporte.com