De acordo com a delegada, um dos torcedores inclusive já esteve na delegacia prestando depoimento. Ainda segundo ela, imagens de câmeras de segurança mostraram que na hora do crime dois acusados estavam com camisas do Fluminense enquanto um deles estava com uma roupa simples.
“Suamos muito para conseguir coletar todos os dados. Foi uma investigação difícil. Eles (torcedores) não apontam, não acusam. Foi difícil conseguir informações até com torcedores do Vasco”, contou a delegada.
Os acusados responderão por crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar e podem, segundo Valéria, pegar de 12 a 30 anos de prisão. Eles também serão enquadrados no Estatuto do Torcedor, que prevê afastar os brigões dos estádios por até 3 anos.
A delegada também informou que as torcidas organizadas de Vasco e Fluminense envolvidas na confusão devem ser enquadradas no Estatuto do Torcedor pelas atitudes de seus integrantes.
Vítima era diretor de torcida do Vasco
O vascaíno Antônio Marcos de Oliveira, de 31 anos, foi levado em coma para um hospital particular, no dia 22 de agosto, após ser encontrado próximo ao Maracanã.
Com ferimentos graves no rosto e na cabeça ele morreu dois dias depois. Antônio era um dos diretores da torcida organizada Força Jovem.
Homem chegou a se entregar, mas não participou do crime
Um homem se apresentou à polícia no início de setembro, dizendo ser um dos torcedores envolvidos na agressão que resultou na morte de um torcedor vascaíno. No entanto, de acordo com a delegada Valéria Castro, nenhuma informação prestada pelo homem estava de acordo com a investigação da polícia. Além disso, o jovem aparentava perturbação mental.
“O depoimento é muito perturbado e inconsistente. Ele diz que é da Young Flu, por exemplo, mas a nossa investigação é da Força Flu. A mãe dele diz que ele nem vai a jogo de futebol. Nossa experiência diz que ele inventou toda essa história”, afirmou a delegada.
Além disso, o horário e o local da briga informado pelo suspeito também são diferentes. “Talvez ele precise de uma avaliação psiquiátrica”, completou Valéria Castro. Ele foi liberado por falta de elementos.
Fonte: G1 (texto), Extra Online (foto)