Tamanho da letra:
|

Fernando Prass admite que violência quase o fez desistir do Vasco


Domingo, 17/10/2010 - 22:35

A violência carioca quase privou a torcida do Vasco e o Brasil de conhecer o gaúcho Fernando Prass. Depois de viver quatro anos no frio Europeu, jogando pelo União de Leiria, de Portugal, surgiu a oportunidade de finalmente defender um grande clube no Brasil em 2009.

Vir morar na Cidade Maravilhosa passou então a ser um desafio para ele e para a família. Prass admitiu que a questão da violência do Rio o fez pensar antes de aceitar o convite do Vasco.

— Pensei muito nos meus filhos (ele tem gêmeos, de 3 anos). Mas a adaptação acabou acontecendo e foi tranquila. Tivemos problemas de violência como teríamos em qualquer cidade grande do mundo — conta.

Hoje, quando entrar em campo, o gaúcho de Viamão, no Rio de Grande Sul, $completar cem jogos vestindo a camisa do Vasco. Se no lado pessoal ele diz não se sentir uma pessoa vaidosa, no aspecto profissional fica feliz quando é citado como um dos melhores goleiros hoje na posição.

— Quando você trabalha e tem reconhecimento isso te envaidece. Mas não me deixo levar. Sou uma pessoa que gosto de me vestir bem, mas não tenho a vaidade de outros jogadores.

Passeios diurnos

A violência fez também Prass procurar programas diurnos no Rio, quase sem$com a presença dos filhos. A família costuma sair para andar de bicicleta, vai ao parque, cinema, teatro.

— Claro que gosto de sair com minha mulher. Mas quando se tem filhos, acaba sendo deles a prioridade.

O goleiro admite que, em termos de visibilidade, o Vasco foi o clube que acabou $melhor o seu futebol, mesmo tendo feito uma boa passagem pela equipe do Coritiba, onde foi campeão regional e chegou a disputar a Libertadores.

Ele não se arrepende de ter se afastado do Brasil por quatro anos e voltado já com uma idade um pouco avançada. Mas acredita que se tivesse feito no Vasco, o que fez no Coritiba, quando então ainda tinha 25 anos, a coisa poderia ter sido bem diferente.

— Mas nada garante que as coisas iriam correr como estão. De repente eu não chegaria aqui tão maduro.

Fonte: Extra Online