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Fernando Prass fala sobre seus professores: PC Gusmão e Carlos Germano


Sexta-feira, 15/10/2010 - 16:58

Neste dia 15 de outubro, dia do professor, o goleiro vascaíno Fernando Prass, à Super Rádio Brasil, também comentou sobre seus dois “professores” dentro do Vasco: o técnico PC Gusmão e o goleiro Carlos Germano:

- Goleiro tem uma situação que tem dois treinadores. Um que é no caso é o PC e outro que é o treinador específico de goleiros e que no caso os dois foram goleiros. Acho que por isso a gente tem uma relação muito boa, muito harmoniosa, pois os dois passaram as mesmas coisas que a gente passa ali, dentro de campo. Às vezes a gente brinca e diz que goleiro não joga futebol, mas sim um esporte diferente do futebol. A gente pode jogar com a bola na mão e futebol é bola no pé. A gente pode usar a mão, entramos com um uniforme diferente de todo mundo. É sempre bom a gente ter como professor, uma pessoa que nos orienta e que entende muito da nossa posição e que já passou por várias situações. Com isso, acho que fica mais fácil da gente entender as idéias deles, até porque eu já vejo há muito tempo o jogo por trás, como ele viu por muito tempo, então que muitas vezes as idéias se assemelham até por causa disso. Até mesmo pela escola que tu tiveste durante 10, 15, 20 anos e acho que isso também ajuda na formação do treinador e naquela que você tem de idéias na parte tática também.

Qual nota você daria pro PC e para o Carlos Germano?

- Não porque não fui um grande aluno, mas acho que nunca tive essa situação de avaliar a pessoa por nota. São duas pessoas que, tirando o lado profissional onde cada um pode avaliar da maneira que achar, pode às vezes discordar das idéias, como pessoa, como ser humano, os dois são nota dez.

Como era o Fernando Prass aluno?

- Para mim era complicado, pois no segundo grau a gente tinha a parte preparatória para o vestibular e a gente tinha aulas no período da tarde. Como já jogava no Grêmio, num poderia e nem tinha como ir às aulas à tarde. Se fosse só por presença eu teria rodado, porque teria que ter no mínimo 50% de presença para não ir para a recuperação e eu não tinha essa presença. Então, fui um pouco ajudado pelos meus colegas e professores, que me deram a frequência mínima para fazer a recuperação e ter essa chance de passar, concluir a escola, porque realmente era muito difícil pra mim. Eu morava no lado de Porto Alegre e tinha que treinar no Grêmio. Chega uma hora que você tem que relacionar e no futebol tu no juvenil, no júnior, és praticamente ritmo de profissional. Tu não tens como faltar no treino, porque tem que estudar, tem que ir pro colégio. Nessa fase me prejudicou bastante, mas dentro do possível, dentro da minha limitação com relação a isso, eu era um bom aluno. Não era o melhor, mas também não era o pior. Média 6 para passar raspando.

Então a melhor escolha era realmente para ser goleiro:

- Chega uma época que a gente fica realmente com dúvida. Quando saí do Grêmio estava acostumado num clube grande com muita estrutura e depois fui para um menor para Francana, quase seis meses emprestado, e foi ali que passei dificuldade. Às vezes você pensa se não vale mais a pena voltar e estudar, mas depois comecei a crescer, fui para clubes maiores e acho que hoje fiz a opção certa. Claro que sempre dando prioridade para uma coisa, mas nunca descuidando da outra.

Fonte: Supervasco