O goleiro Fernando Prass foi contratado pelo Vasco no início de 2009 sem muita pompa, mas, com boas atuações, se firmou como titular e foi importante para o retorno do time à Primeira Divisão. Neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, o jogador alcançará uma marca importante: 100 jogos com a camisa cruzmaltina. Ele entrará com camisa com um uniforme comemorativo com o número 100.
Honrado com a marca e com a homenagem, Prass disse que pretende defender o Vasco ainda por muitas e muitas vezes. O arqueiro, de 32 anos, está muito perto de renovar contrato com o Gigante da Colina por mais três temporadas.
- É uma marca a ser comemorada. Tem uma importância grande, significativa, até por causa da alta rotatividade de jogadores que vemos atualmente. Se eu quiser chegar aos 300 jogos, terei que passar por estes 100 primeiro. É uma honra, ainda mais em um time grande como o Vasco - disse o goleiro.
A relação de Fernando Prass com o clube ficou tão forte que está em seus planos encerrar a carreira na Colina. Mas isto, no que depender da disposição do camisa 1, ainda vai demorar muitos anos.
- Confirmando minha renovação, vou estar com 35 anos no fim do novo contrato. Vejo o Ceni com 38, o Clemer jogou até os 40, o Van der Sar tem 40... Acho que tenho condições, estou me sentindo muito bem. Penso em encerrar a carreira pelo Vasco. Aqui tenho tudo que preciso: torcida, carinho, camisa e parte financeira para seguir minha vida.
O diretor de marketing vascaíno, Marcos Blanco, acredita que é muito bom para a instituição ter atletas bastante identificados com o clube. Ele defende que a presença de ídolos atrai torcedor e torna-se uma fonte de receitas.
- Do ponto de vista do marketing e do clube, quanto mais atletas identificados, é melhor em todos os sentidos. Tem os novos torcedores, e estamos sempre preocupados com isso. Além disso, é uma fonte de receita. É uma coisa (jogo 100) que acontece em um momento mágico, que ele está negociando para renovar o contrato.
Prass, que já passou por clubes como Grêmio, Coritiba e União de Leiria, contou que o carinho que recebeu em São Januário foi diferente de tudo o que já tinha vivido anteriormente.
- Sinto este carinho da torcida. Antes de acabar o ano passado, eu já sentia. Em alguns outros lugares já tive o reconhecimento, mas foi algo normal. Aqui no Vasco foi diferente. E antes não tinha tantos motivos assim para eu ser tratado desta maneira.
O goleiro apontou dois momentos como mais marcantes nestes 100 jogos: a subida para a Primeira Divisão e a partida contra o Fluminense, no Brasileiro deste ano, quando foi o escolhido para usar a camisa 112. O momento que ele considera o mais amargo foi a eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil de 2009.
- Acho que o momento mais marcante foi o retorno à Primeira Divisão. O jogo contra o Ipatinga, com o Maracanã lotado, foi o mais especial. O jogo que eu usei a camisa 112 (no dia do aniversário de 112 anos do clube) também foi importante para mim. Tinha o Felipe, o Carlos Alberto, e eu fui o escolhido. Foi motivo de muito orgulho. Acho que o pior jogo foi a eliminação na Copa do Brasil, contra o Corinthians. O time estava bem, acreditávamos que poderíamos chegar mais longe.
O departamento de marketing do Vasco, em parceria com a Penalty, empresa que fornece material esportivo ao clube, fará uma tiragem limitada (3 mil exemplares) da camisa comemorativa. Os torcedores poderão comprar nas principais redes de lojas por R$ 189,90.
Fonte: GloboEsporte.com