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Fágner fará contra o Santos seu jogo de nº 50 pelo Vasco
Terça-feira, 28/09/2010 - 17:39
Em 18 de janeiro de 2009, o Vasco fazia sua primeira partida na temporada. Para um jovem lateral direito de 19 anos, o amistoso contra a Desportiva-ES era a primeira oportunidade de mostrar que poderia ter vaga naquele time que se preparava para a Série B. Quarenta e nove jogos depois, a realidade é outra. A Divisão de acesso ficou para trás e o lateral tornou-se titular absoluto. Fagner, que hoje, às 21h, contra o Santos, em São Januário, completará 50 partidas com a camisa cruzmaltina, afirma que a marca a ser atingida esta noite ainda é pequena para os planos que tem para o clube.
- Enquanto estiver aqui quero fazer o maior número de jogos possível. Para mim, a marca é importante. Mas quem sabe não chego a 100? Ou 200?
Com as suspensões de Rafael Carioca e Dedé, que levram o terceiro amarelo contra o Guarani, Fagner se tornará hoje o jogador que mais vees atuou com o técnico PC Gusmão. O jogador, revelado no Corinthians, reconhece que, em sua curta carreira, é a primeira vez que cria laços tão fortes com um clube.
- Joguei apenas sete partidas no Corinthians. No PSV tive uma experiência válida. Mas também joguei pouco. Me usaram mais no time B - recordou.
Entre partidas oficiais e amistosas, Fagner realizou 17 jogos pelo clube em 2009, quando era reserva de Paulo Sérgio. Este ano já foram 32. Mas quem olhava para a situação de Fagner no primeiro semestre duvidaria que o jogador chegaria a esta marca. Nos primeiros seis meses do ano, ele atuou apenas 12 vezes. Consequência de uma lesão que o deixou afastado do time por dois meses e que o fez perder a vaga para Elder Granja.
- Você sente uma tristeza grande por não poder exercer sua profissão. Ver seus companheiros jogando e não poder ajudá-los - contou o lateral, que aponta dois personagens fundamentais para sua recuperação: a esposa Bárbara, de 21 anos, e o filho Henrique, hoje com seis meses. - Chegar e ver aquela coisinha inocente te dando incentivo, te ajuda a tirar força de onde não havia.
Assim como o Vasco, Fagner quer deixar o passado recente para trás. A dor da lesão, as poucas oportunidades na Holanda e, até mesmo, o título sul-americano com a seleção sub-20, já viraram história. Da mesma forma com que pega a bola e a conduz em disparada até a área adversária, sua cabeça também está voltada apenas para o que vem pela frente.
- Não penso em seleção agora. Coloquei o Vasco na minha cabeça. A situação do time não é das melhores, mas as vitórias vão sair. No futuro sim, aí eu gostaria de vestir a camisa da seleção.
Campeão de tatuagens
O corte de cabelo no estilo moicano pintado de loiro e as tatuagens indicam que Fagner não é fá do visual convencional. De inscrições a retratos, ele já acumula 17 tatoos pelo corpo. No braço direito, já não há espaço para mais nenhum desenho. E o próximo objetivo é fechar o esquerdo.
- A primeira foi com 17 anos. Escrevi "família" em japonês - contou Fagner, que, apesar da homenagem, não contou com a aprovação imediata dos familiares. - No início meu pai não gostou muito não, mas depois da quarta ele acabou esquecendo.
Segundo Laura Helena, sua tatuadora fixa desde que se mudou para o Rio, o lateral é adepto do estilo "old-school" (uma releitura mais moderna de tatuagens dos anos 30, segundo a própria tatuadora). E é o próprio Fagner quem sempre apresenta as ideias.
Dentre as 17 tatuagens, as inscrições parecem ser as favoritas do atletas. Bastam alguns minutos em frente a ele para notar que é fã de palavras como "Paixão" e expressões como "Livrai-me do mal, amém". Mas há também espaço para declarações.
- Para mim, a inscrição mais curiosa que ele já fez foi tatuar o trecho de uma letra de pagode na altura da costela. Foi uma declaração de amor para a mulher - entregou Laura.
Fonte: Extra Online