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Oposição divulga nota a respeito da reunião do Conselho Deliberativo


Quinta-feira, 16/09/2010 - 21:16

Nota divulgada pelo site do Casaca, principal grupo de oposição da política vascaína (link original - clique aqui)

Os Trapalhões

Prezados vascaínos, inclusive os anônimos,

Prezados Conselheiros, nunca anônimos,

Presenciamos há dois dias um dos espetáculos mais deploráveis vividos pelo Conselho Deliberativo do Club de Regatas Vasco da Gama em toda a sua história.

A atual administração impediu que se realizasse uma reunião marcada por ela própria por receio de perder na votação e ter as contas – já com parecer do Conselho Fiscal e recomendação do Conselho de Beneméritos – desaprovadas.

A forma como o atual “presidente” do clube trata membros da situação de seu próprio Conselho demonstra claramente um desconhecimento do valor a ser dado àqueles membros. Prova inequívoca disto foi o fato de ter-lhes tratado como gado na ocasião da convocação para a reunião da última terça-feira.

Ligou-se para muitos deles com um discurso político de que a reprovação das contas ocasionaria a volta de Eurico Miranda ao Vasco, ou o “impeachment” do atual “presidente” do clube. Nada mais ridículo.

Ao mesmo tempo, desconfiando de seu próprio apoio, a diretoria, através de três conselheiros de situação, ingressou na Justiça na própria terça-feira para tentar suspender a reunião usando como argumento um vício de origem do membro da minoria no Conselho Fiscal, Sr. Jaime Loureiro Nobre Baptista pelo fato deste ter declarado não anuir à aprovação das contas referentes ao exercício de 2008, em hipótese alguma, pelo fato deste se sentir “cada vez mais infeliz com os rumos que o nosso querido clube na atual diretoria está traçando”. Uma fala, portanto, em que se cabe “n” interpretações e referente ao balanço de 2008, tendo sidas as contas aprovadas por 2 x 1, sem qualquer parecer paralelo do citado membro da minoria.

Ressalte-se que vício de origem é exatamente a questão quanto a todo e qualquer voto do Sr. Helio Cezar Donin, sempre favorável até aqui à aprovação de tudo, tendo sido este um dos financiadores de campanha para cargo público eletivo do atual Vice-Presidente das contas reprovadas, Sr. Nelson Monteiro da Rocha.

Tentou a diretoria, através de três conselheiros que a apoiam, obter uma liminar, mas o juiz não a concedeu dado o esdrúxulo do pedido e o motivo pelo qual este havia sido feito.

Independentemente dessa questão vale ressaltar que as contas referentes ao balanço de 2009 tiveram também parecer desfavorável por parte de Hércules Figueiredo, Presidente de tal Conselho e ex-presidente do MUV, escolhido pela própria situação para ocupar tal cargo, supostamente por pensar que esta seria a pessoa mais adequada a exercê-lo.

À tarde continuavam as ligações. Carros à disposição, súplicas e mobilização da trupe mambembe.

Até próximo das 20:00Hs, meia hora antes da reunião, enquanto Conselheiros de situação, Beneméritos e Grandes Beneméritos dispostos a votar com a situação adentravam à sede da Lagoa (alguns deles vindos de longe, outros em condição de saúde não ideal para o comparecimento) conseguia-se por parte da situação em ação proposta pelos Conselheiros eleitos por ela, Jorge Nisenbaum, Agostinho Taveira Filho (ex-presidente do MUV) e Anibal Rouxinol, a suspensão da reunião marcada por ela própria.

Assim, com tudo pronto para a reunião começar, tendo mais de 200 pessoas presentes a ela, a maioria de situação, o presidente do Conselho Deliberativo teve que dála por encerrada decepcionando aos Conselheiros presentes e desrespeitando-os por extensão.

As cenas seguintes foram dignas de um circo. O presidente de honra Antonio Soares Calçada imaginava que o autor da ação tivesse sido Eurico Miranda, ou algum representante do grupo de oposição, e passou a criticar, próximo a um pequeno grupo, a atitude de Eurico, até ser alertado que os autores da ação eram conselheiros situacionistas. Mudou de feição e passou a falar mal de seus pares.

Uma noite surreal proporcionada pela atual direção do clube demonstrando claramente não só seu desespero, como despreparo, bem como desconhecimento de seus aliados tratados como anônimos (uns mais, outros menos) segundo carta assinada (mais uma) pelo inacreditável Carlos Roberto de Oliveira.

A atual diretoria, em resumo, fez chacota com os Grandes Beneméritos, Beneméritos e Conselheiros eleitos do Club de Regatas Vasco da Gama, agindo com eles individual e coletivamente, tal qual faz com a própria instituição, ou seja, dando de ombros.

Dêem-se ao respeito. Respeitem as pessoas do Vasco. Respeitem o estatuto. Respeitem as leis. Respeito! É o que exige os mais de 200 vascaínos presentes à reunião proposta e cancelada pela diretoria, através de seus baixos e costumeiros subterfúgios.

Respeitem, enfim, O VASCO!

Movimento de Oposição do Club de Regatas Vasco da Gama


Fonte: Casaca