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HÁ 40 ANOS O VASCO ERA CAMPEÃO ENCERRANDO UM LONGO JEJUM


Sexta-feira, 17/09/2010 - 01:21

Foram exatos 4.261 dias de longa espera. Esse foi o tempo em que o torcedor vascaíno ficou com o grito de campeão carioca entalado na garganta. Depois de ter vivido sua fase mais esplendorosa de 1945 até 1952, na era Expresso da Vitória, e posteriormente ver surgir em 1956 uma geração que fez parte do selecionado nacional que alcançou a glória máxima na Copa do Mundo da Suécia, as temporadas triunfantes começaram a minguar. Depois daquele dia 17 de janeiro de 1959, data em que se encerrou o emblemático Supersuper, os títulos no futebol profissional se tornaram raridades. Pode-se dizer que apenas três deles merecem registro: a conquista do Torneio Internacional do 4º Centenário do Rio de Janeiro e da I Taça Guanabara, ambas em 1965, e o Torneio Rio-SP em 1966, este último dividido com outras três equipes. Mas naquela época, nada era mais gostoso (e importante) do que levar a taça do Carioca pra casa.

O DIA TÃO ESPERADO

E foi numa quinta-feira à noite, em um Maracanã onde praticamente só se fizeram presentes torcedores do Vasco. Todos ansiosos por comemorar um triunfo tão aguardado. O adversário era o Botafogo, que fora eliminado no dia anterior, quando o resultado igual entre Fluminense e América tirou as possibilidades alvinegras de almejar a taça daquela temporada. Mas o time dos anos 60 poderia fazer um estrago nas pretensões cruzmaltinas, o que não era fato incomum naquele seu momento histórico. Um empate bastava para adiar o sonho vascaíno de festejar madrugada adentro.

Empurrado pela massa, o Almirante parte pra cima. O time é pura gana de vencer. Sendo a única equipe grande do Rio a não contar com nenhum atleta campeão do mundo pela seleção brasileira no México, feito obtido espetacularmente cerca de três meses antes, a disciplina tática e a luta eram as armas do Vasco. O técnico Tim havia conseguido fazer de um grupo apenas razoável um conjunto bastante competitivo, capaz de objetivar o topo da tabela. De maior destaque, somente três atletas: o goleiro argentino Andrada, o lateral Fidélis, chamado de “Touro Sentado” (ex-Bangu) e o itinerante (e experiente) Silva “Batuta”, estes dois últimos, presentes na Copa de 66.

Adentrados os atletas no gramado, uma notícia gelou os torcedores vascaínos: o contundido Andrada cedia seu lugar ao reserva Élcio, que fazia a sua estreia na meta cruzmaltina. E coube a Silva o posto de líder do Gigante da Colina. Com sua categoria e vigor, intimidava os inimigos dentro de campo. É ele quem começa a jogada do primeiro gol, sofrendo uma falta na entrada da área. Assim como na partida anterior, Gilson Nunes pega a pelota e acerta um belo chute: Vasco 1 a 0! No tempo final, o “Batuta” deixa Valfrido em boas condições de arrancar na direção da área e bater forte. A bola ainda desvia em Moisés e entra. Com a vantagem de dois gols no marcador, time e plateia ensaiam a festa. Mas um tento de Ferreti a seis minutos do fim da batalha transforma uma alegria contida em enorme angústia. Foram minutos de extremo silêncio até a explosão final. O Club de Regatas Vasco da Gama era novamente campeão carioca! A gigantesca torcida do time do povo estava feliz outra vez, de alma lavada!

FICHA DO JOGO

Quinta-feira, 17 de setembro de 1970
Vasco 2x1 Botafogo
Local: Maracanã
Árbitro: José Aldo Pereira
Renda: Cr$ 254.512,50
Público: 59.110 pagantes
Gols: Gilson Nunes aos 32/1ºT (VAS); Valfrido aos 12/2ºT (VAS) e Ferreti aos 39/2ºT (BOT).
Vasco: 1-Élcio, 2-Fidélis, 3-Moacir, 5-Renê, 6- Eberval; 4-Alcir, 8-Buglê;
7-Luís Carlos, (14-Ademir), 9-Valfrido,10-Silva e 11-Gilson Nunes. Técnico: Tim.
Botafogo: Ubirajara, Moreira, Moisés, Leônidas, Waltencir (Botinha);
Nei Conceição, Careca; Zequinha, Nilson (Ferreti), Jairzinho e Paulo César Caju. Técnico: Zagallo.

COMO FOI O CAMPEONATO

O Campeonato Carioca de 1970 foi o penúltimo disputado por pontos corridos. No início, doze times jogavam entre si, porém, ao fim da primeira fase, apenas oito avançavam para o desfecho da competição.

Ao longo do torneio, cinco equipes chegaram a ocupar o lugar mais alto da tábua de classificação: América, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. O time de São Januário foi o último a perder a invencibilidade, fato ocorrido na 9ª rodada. Ao fim do turno, a liderança estava solitariamente nos braços tricolor, mas logo na virada de turno, o Gigante da Colina alcançou o topo, posição que não largou até o encerramento.

1º Turno

1ª rodada

Sab, 27/Jun Bangu 2-0 Portuguesa
Dom, 28/Jun Fluminense 6-3 Campo Grande
Dom, 28/Jun Vasco 2-1 Bonsucesso
Dom, 28/Jun São Cristóvão 1-1 Madureira
Dom, 28/Jun Flamengo 1-0 América

Classificação: Fluminense, Bangu, Vasco e Flamengo 2 pg; São Cristóvão e Madureira 1 pg; América, Bonsucesso, Portuguesa e Campo Grande 0 pg. [Obs: Botafogo e Olaria não jogaram.]

2ª rodada

Sab, 04/Jul Olaria 1-1 Bangu
Sab, 04/Jul Vasco 2-1 Madureira
Sab, 04/Jul Flamengo 3-0 Campo Grande
Sab, 04/Jul São Cristóvão 1-3 América
Dom, 05/Jul Bonsucesso 0-0 Portuguesa
Dom, 05/Jul Fluminense 0-0 Botafogo

Classificação: Flamengo e Vasco 4 pg; Fluminense e Bangu 3 pg; América 2 pg; Botafogo, Olaria, Portuguesa, Bonsucesso, São Cristóvão e Madureira 1 pg; Campo Grande 0 pg.

3ª rodada

Qua, 08/Jul Olaria 2-1 Bonsucesso
Qua, 08/Jul Campo Grande 0-2 América
Qua, 08/Jul Madureira 0-1 Fluminense
Qua, 08/Jul Vasco 4-2 Bangu
Qui, 09/Jul Portuguesa 2-5 Botafogo
Qui, 09/Jul São Cristóvão 1-1 Flamengo

Classificação: Vasco 6; Flamengo e Fluminense 5 pg; América 4 pg; Botafogo, Olaria e Bangu 3 pg; São Cristóvão 2 pg; Portuguesa, Bonsucesso e Madureira 1 pg; Campo Grande 0 pg.

4ª rodada

Sab, 11/Jul Fluminense 4-0 Bonsucesso
Sab, 11/Jul Madureira 1-4 América
Sab, 11/Jul Vasco 0-0 Campo Grande
Dom, 12/Jul Flamengo 2-1 Bangu
Dom, 12/Jul Portuguesa 0-3 Olaria
Dom, 12/Jul São Cristóvão 0-2 Botafogo

Classificação: Vasco, Flamengo e Fluminense 7 pg; América 6 pg; Botafogo e Olaria 5 pg; Bangu 3 pg; São Cristóvão 2 pg; Portuguesa, Bonsucesso e Madureira e Campo Grande 1 pg.

1ª rodada (jogo atrasado)

Qua, 15/Jul Olaria 0-2 Botafogo

Classificação: Vasco, Flamengo, Botafogo e Fluminense 7 pg; América 6 pg; Olaria 5 pg; Bangu 3 pg; São Cristóvão 2 pg; Portuguesa, Bonsucesso e Madureira e Campo Grande 1 pg.

5ª rodada

Sab, 18/Jul Portuguesa 0-2 América
Sab, 18/Jul Flamengo 1-0 Bonsucesso
Sab, 18/Jul Campo Grande 0-3 Botafogo
Dom, 19/Jul Vasco 1-1 Fluminense
Dom, 19/Jul São Cristóvão 0-0 Bangu
Dom, 19/Jul Olaria 1-1 Madureira

Classificação: Flamengo e Botafogo 9 pg; Vasco, Fluminense e América 8 pg; Olaria 6 pg; Bangu 4 pg; São Cristóvão 3 pg; Madureira 2 pg; Portuguesa, Bonsucesso e Campo Grande 1 pg.

6ª rodada

Qua, 22/Jul Olaria 1-0 Fluminense
Qua, 22/Jul Vasco 1-0 São Cristóvão
Qua, 22/Jul Portuguesa 3-3 Campo Grande
Qua, 22/Jul Botafogo 2-3 América
Qui, 23/Jul Madureira 0-3 Flamengo
Qui, 23/Jul Bonsucesso 1-1 Bangu

Classificação: Flamengo 11 pg; Vasco e América 10 pg; Botafogo 9 pg; Fluminense e Olaria 8 pg; Bangu 5 pg; São Cristóvão 3 pg; Madureira, Portuguesa, Bonsucesso e Campo Grande 2 pg.

7ª rodada

Sab, 25/Jul Olaria 1-1 América
Sab, 25/Jul São Cristóvão 0-2 Fluminense
Dom, 26/Jul Vasco 0-0 Botafogo
Dom, 26/Jul Madureira 0-0 Bonsucesso
Dom, 26/Jul Portuguesa 1-3 Flamengo
Dom, 26/Jul Campo Grande 1-0 Bangu

Classificação: Flamengo 13 pg; Vasco e América 11 pg; Botafogo e Fluminense 10 pg; Olaria 9 pg; Bangu 5 pg; Campo Grande 4 pg; São Cristóvão, Madureira e Bonsucesso 3 pg; Portuguesa 2 pg.

8ª rodada

Qua, 29/Jul Madureira 0-2 Botafogo
Sab, 01/Ago Vasco 1-0 Olaria
Sab, 01/Ago Campo Grande 1-1 Bonsucesso
Sab, 01/Ago Bangu 2-3 América
Dom, 02/Ago Fluminense 2-0 Flamengo
Dom, 02/Ago São Cristóvão 1-0 Portuguesa

Classificação: Flamengo, Vasco e América 13 pg; Botafogo e Fluminense 12 pg; Olaria 9 pg; Bangu, São Cristóvão e Campo Grande 5 pg; Bonsucesso 4 pg; Madureira 3 pg; Portuguesa 2 pg.

9ª rodada

Ter, 04/Ago Botafogo 1-0 Bonsucesso
Qua, 05/Ago São Cristóvão 0-0 Campo Grande
Qua, 05/Ago Olaria 1-0 Flamengo
Qua, 05/Ago Fluminense 5-2 Bangu
Qui, 06/Ago Portuguesa 0-1 Madureira
Qui, 06/Ago Vasco 1-3 América

Classificação: América 15 pg; Botafogo e Fluminense 14 pg; Vasco e Flamengo 13 pg; Olaria 11 pg; São Cristóvão e Campo Grande 6 pg; Bangu e Madureira 5 pg; Bonsucesso 4 pg; Portuguesa 2 pg.

10ª rodada

Sab, 08/Ago São Cristóvão 1-1 Olaria
Sab, 08/Ago Botafogo 1-2 Bangu
Dom, 09/Ago Vasco 1-0 Flamengo
Dom, 09/Ago Portuguesa 0-1 Fluminense
Dom, 09/Ago Madureira 2-2 Campo Grande
Dom, 09/Ago Bonsucesso 1-5 América

Classificação: América 17 pg; Fluminense 16 pg; Vasco 15 pg; Botafogo 14 pg; Flamengo 13 pg; Olaria 12 pg; Bangu, São Cristóvão e Campo Grande 7 pg; Madureira 6 pg; Bonsucesso 4 pg; Portuguesa 2 pg.

11ª rodada

Sab, 15/Ago São Cristóvão 0-3 Bonsucesso
Sab, 15/Ago Vasco 2-0 Portuguesa
Sab, 15/Ago Flamengo 1-1 Botafogo
Dom, 16/Ago Olaria 0-0 Campo Grande
Dom, 16/Ago Madureira 2-1 Bangu
Dom, 16/Ago Fluminense 3-1 América






2º Turno

12ª rodada

Sab, 22/Ago Olaria 1-3 Vasco
Sab, 22/Ago Campo Grande 1-3 Flamengo
Dom, 23/Ago Botafogo 2-1 Fluminense
Dom, 23/Ago América 1-1 Madureira

Classificação: Vasco 19 pg; Fluminense e América 18 pg; Botafogo 17 pg; Flamengo 16 pg; Olaria 13 pg; Madureira 9 pg; Campo Grande 8 pg.

13ª rodada

Sab, 29/Ago Botafogo 1-0 Olaria
Sab, 29/Ago Fluminense 5-1 Madureira
Dom, 30/Ago Flamengo 0-1 Vasco
Dom, 30/Ago América 3-0 Campo Grande

Classificação: Vasco 21 pg; Fluminense e América 20 pg; Botafogo 19 pg; Flamengo 16 pg; Olaria 13 pg; Madureira 9 pg; Campo Grande 8 pg.

14ª rodada

Qui, 03/Set Botafogo 3-1 Campo Grande
Dom, 06/Set Flamengo 0-2 Fluminense
Dom, 06/Set Madureira 0-2 Vasco
Seg, 07/Set América 4-0 Olaria

Classificação: Vasco 23 pg; Fluminense e América 22 pg; Botafogo 21 pg; Flamengo 16 pg; Olaria 13 pg; Madureira 9 pg; Campo Grande 8 pg.

15ª rodada

Qua, 09/Set Fluminense 0-0 Olaria
Qua, 09/Set Botafogo 0-1 Madureira
Qui, 10/Set Campo Grande 0-4 Vasco
Qui, 10/Set América 0-4 Flamengo

Classificação: Vasco 25 pg; Fluminense 23 pg; América 22 pg; Botafogo 21 pg; Flamengo 18 pg; Olaria 14 pg; Madureira 11 pg; Campo Grande 8 pg.

16ª rodada

Sab, 12/Set Campo Grande 1-2 Fluminense
Sab, 12/Set Botafogo 3-0 Flamengo
Dom, 13/Set América 2-3 Vasco
Dom, 13/Set Madureira 1-3 Olaria

Classificação: Vasco 27 pg; Fluminense 25 pg; Botafogo 23 pg; América 22 pg; Flamengo 18 pg; Olaria 16 pg; Madureira 11 pg; Campo Grande 8 pg.

17ª rodada

Qua, 16/Set Flamengo 2-2 Olaria
Qua, 16/Set América 0-0 Fluminense
Qui, 17/Set Madureira 0-2 Campo Grande
Qui, 17/Set Botafogo 1-2 Vasco

Classificação: Vasco 29 pg; Fluminense 26 pg; Botafogo e América 23 pg; Flamengo 19 pg; Olaria 17 pg; Madureira 11 pg; Campo Grande 10 pg.

18ª rodada

Sab, 19/Set Flamengo 2-0 Madureira
Sab, 19/Set América 0-0 Botafogo
Dom, 20/Set Fluminense 2-0 Vasco
Dom, 20/Set Campo Grande 1-2 Olaria






A CAMPANHA




(18 J; 13 V; 3 E; 2 D; 30 GP; 14 GC; saldo +16)

Desacreditado pela mídia que considerava a equipe de São Januário a quarta força do Rio, empatada com o América, a tímida estreia pareceu confirmar as demasiadamente precoces projeções iniciais. A dura vitória por 2x1 em casa, diante do modesto Bonsucesso, foi o primeiro passo dado. Dutra faz gol contra e abre o placar para o Vasco no fim do tempo inicial. Zé Mário empata, mas Silva salva o clube de um tropeço de cara.

Vasco 2x1 Bonsucesso (RJ)
Domingo, 28 de junho de 1970
Local: São Januário
Árbitro: José Aldo Pereira
Gols: Dutra-contra 43/1ºT (VAS); Zé Mário 17/2ºT (BON) e Silva 40/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Joel, Moacir, Batista; Alcir, Buglê (Willy); Luís Carlos (Jaílson), Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Bonsucesso: Ubirajara, Moisés, Dutra, Moisés II, Orlando; Zé Mário (Rubinho), Jurandir; Olavo (Mendes), Jair Pereira, Gibira e Morais.

O segundo duelo parece repetição do anterior, só mudando o adversário, que dessa vez é o Tricolor Suburbano. O jogo aconteceu no Maracanã e o roteiro foi o mesmo. Valfrido abre o marcador vascaíno na fase inicial. Alcino empata para o Madureira, mas Silva dá novamente os dois pontos ao Vasco.

Vasco 2x1 Madureira (RJ)
Sábado, 4 de julho de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Guálter Teixeira Portela Filho
Gols: Valfrido 41/1ºT (VAS); Alcino 17/2ºT (MAD) e Silva 26/2ºT (VAS).
Expulsão: Danilo 33/2ºT (MAD)
Vasco: Andrada, Fidélis, Joel, Moacir, Batista; Alcir, Buglê (Benetti); Luís Carlos (Jaílson), Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Madureira: Paulo Roberto, Danilo, Leléu, Silva, Edmar; Zoe, Teles; Soares, Netinho, Cléber (Alcino) e Palhinha (Ivan).

O confronto seguinte é o clássico contra o Bangu. E marca a primeira boa apresentação cruzmaltina. O time sai atrás no placar, vira o jogo ainda na etapa inicial, fazendo dois de vantagem, mas deixa o adversário encostar no segundo tempo. No minuto final, Luís Carlos ratifica mais um triunfo vascaíno. A vitória deixou o Vasco isolado pela primeira vez na liderança.

Vasco 4x2 Bangu (RJ)
Quarta-feira, 8 de julho de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Armando Marques
Gols: Dé 15/1ºT (BAN), Valfrido 30/1ºT (VAS), Jaílson 34/1ºT (VAS) e Buglê 44/1ºT (VAS); Aladim 30/2ºT (BAN) e Luís Carlos 45/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista; Alcir, Buglê; Jaílson (Luís Carlos), Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Bangu: Roni, Cabrita, Serjão, Luiz Alberto, Bauer; Sidclei, Vanderlei (Alfredo); Paulo Mata (Édson), Almiro, Dé e Aladim. Técnico: Flavio Costa.

A quarta partida do time não foi boa. Tentando se afirmar no campeonato, o Almirante tropeça e fica no zero contra o Campusca no Maracanã. O adversário conseguia seu primeiro ponto na competição, já que nas rodadas anteriores havia sido batido por Fluminense, Flamengo e América.

Vasco 0x0 Campo Grande (RJ)
Sábado, 11 de julho de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: José Mário Vinhas
Expulsão: Zezinho (CAM)
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista; Alcir (Ademir), Buglê; Luís Carlos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Campo Grande: Sanchez, Vicente, Biluca, Geneci, Jorge Correia; Adílson, Almir; Zezinho, Amoroso (Valmir), Alves e Nodir.

Na quinta rodada o Vasco da Gama enfrentaria o time que brigava pelo bi. Considerado o melhor time carioca daquele período, o Tricolor das Laranjeiras não botou medo no Almirante, que vence a partida até mais da metade da etapa final, quando sofre o gol de empate. O Gigante da Colina aos poucos ganhava respeito dos rivais.

Vasco 1x1 Fluminense
Domingo, 19 de julho de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Armando Marques
Gols: Buglê 29/1ºT (VAS) e Mickey 32/2ºT (FLU).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista; Alcir, Buglê; Jaílson (Luís Carlos), Valfrido (Ademir), Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Fluminense: Jairo, Oliveira, Galhardo, Assis, Marco Antônio; Denílson, Didi; Cafuringa, Mickey, Jair (Cláudio Garcia) e Lula. Técnico: Paulo Amaral.

Jogando em casa contra o vizinho de bairro, o Vasco mostra novamente dificuldade em vencer um time mais humilde. E é de novo o “Batuta” que nos garante os pontos do embate. Mais uma vez no segundo tempo.

Vasco 1x0 São Cristóvão (RJ)
Quarta-feira, 22 de julho de 1970
Local: São Januário
Árbitro: Antônio Viug
Gol: Silva 18/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista; Alcir, Buglê (Ademir); Jaílson, Valfrido (Luís Carlos), Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
São Cristóvão: Franz, Triel, Celso, Dias, Ari; Mafra (Sá), Jedir; Robertinho, Aírton, Jurandir (Juarez) e Adílson.

O Clássico em Preto e Branco seria a atração da sétima rodada no Maracanã. O Glorioso havia acabado de perder seu selo no campeonato diante do América. A derrota para um lado ou para outro seria de amargar. Mas o empate sem gols fica de bom tamanho para o futebol apresentado de pouca inspiração.

Vasco 0x0 Botafogo (RJ)
Domingo, 26 de julho de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: José Aldo Pereira
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista; Alcir, Buglê (Ademir); Luís Carlos, Jaílson, Silva e Gílson Nunes (Valfrido). Técnico: Tim.
Botafogo: Cao, Moreira, Moisés, Leônidas, Valtencir; Carlos Roberto, Nei; Zequinha, Nílson, Ferreti (Careca) e Paulo César Caju. Técnico: Zagallo.

O oitavo oponente do time de São Januário era um pequeno que vinha incomodando e muito. Nas sete jornadas anteriores, o Olaria só havia sido derrotado em uma, diante do Alvinegro. Foi o Alvi-anil da Leopoldina inclusive quem acabou com a pompa (e a invencibilidade) do Fluminense no torneio. A expectativa de um encontro complicado era ainda maior por ser disputado no acanhado estádio do Bonsucesso. O público encheu o aconchegante campo e viu Alcir dar a vitória ao Vasco na etapa final.

Vasco 1x0 Olaria (RJ)
Sábado, 1º de agosto de 1970
Local: Teixeira de Castro
Árbitro: José Mário Vinhas
Gol: Alcir 26/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista; Alcir, Buglê; Luís Carlos, Kosilek (Gílson Nunes), Silva e Ademir. Técnico: Tim.
Olaria: Pedro Paulo, Mura, Miguel, Altivo, Mineiro; Fernando (Pirulito), Valinhos; Williams, Humberto, Américo (Pastinha) e Torino.

A nona rodada marcava o Clássico da Paz como principal luta. Ambos compartilhavam a liderança da competição por pontos perdidos, já que no dia anterior puderam testemunhar a segunda derrota seguida do Urubu, dessa vez diante do chato Olaria, o que afastou o time vermelho e preto da ponta. Quem ganhasse pularia para o topo sem ninguém ao lado. Mas o Gigante tombou. Dominado por um endiabrado time rubro, os cruzmaltinos até foram buscar a igualdade no tempo inicial. Silva faz um gol extraordinário, a la Pelé. Mas o América deslancha na fase derradeira. O último invicto caía do cavalo.

Vasco 1x3 América (RJ)
Quinta-feira, 6 de agosto de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Arnaldo César Coelho
Gols: Tarciso 8/1ºT (AME) e Silva 40/1ºT (VAS); Jorge Cuíca 16/2ºT (AME) e Tarciso 36/2ºT (AME).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista; Alcir, Buglê (Willy); Luís Carlos, Ademir, Silva e Gílson Nunes (Valfrido). Técnico: Tim.
América: Helinho, Paulo César, Tião, Aldeci, Zé Carlos; Badeco, Jorge Cuíca (Mareco); Tarciso, Jeremias, Edu (Tadeu) e Sarão. Técnico: Óto Glória.

Relegado a um momentâneo segundo plano no Carioca, Vasco e Flamengo fariam o clássico da décima rodada. Uma nova queda significaria um “quase adeus” ao título. O jogo foi um tanto modorrento, mas ao fim, pelo menos uma metade da galera saíra satisfeita: a do Almirante. Silva, sempre ele, aproveita umas das raras chances de gol do jogo e coloca a pelota no fundo da rede. O lance acontece a cinco minutos do apito final, para o desespero da torcida adversária.

Vasco 1x0 Flamengo (RJ)
Domingo, 9 de agosto de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: José Mário Vinhas
Gol: Silva 40/2ºT (VAS)
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Eberval; Alcir, Buglê; Luís Carlos (Kosilek), Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Flamengo: Sidnei, Murilo, Washington, Reyes, Paulo Henrique; Liminha, Zanata; Nei Oliveira, Adãozinho, Fio e Caldeira. Técnico: Iustrich.
Obs: Na preliminar jogaram Madureira e Campo Grande.

Depois de despachar o Urubu, não seria diante da lanterna e eliminada Portuguesa que o Vasco iria fazer má figura. O jogo fecharia o turno e, já sabendo que não alcançaria a liderança naquela rodada, o importante era não deixar os times mais bem colocados – América e o vice Fluminense – dispararem. A peleja é no campo rival, na Ilha do Governador. De novo o Almirante constrói o placar no tempo final. Agora o herói da vez foi Buglê, que faz dois gols quase em sequência, com menos de dez minutos decorridos. No Maracanã, o Tricolor derruba o Diabo. A diferença para o novo líder era só de um ponto. O sonho estava mais vivo do que nunca.

Vasco 2x0 Portuguesa (RJ)
Sábado, 15 de agosto de 1970
Local: Ilha do Governador
Árbitro: José Aldo Pereira
Gols: Buglê 3/2ºT (VAS) e Buglê 7/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Eberval; Alcir, Buglê; Luís Carlos (Kosilek), Valfrido, Silva e Gílson Nunes (Ademir). Técnico: Tim.
Portuguesa: Otávio, Bruno, Valtinho, Odélio, Beto; Chiquinho, Mário Breves, Noé (Gilbert), Miguel; Português e Valdir.

O returno começaria com o Vasco pegando o incômodo Olaria. Dessa vez o jogo é no Maraca. Apoiado pela torcida que começava a acreditar no time, o clube de São Januário joga bem e vence por 3 a 1. Diferente dos outros jogos, o grupo agora parece não ser tão dependente de Silva. Todos jogam, todos brigam e todos ganham. Era um conjunto confiante em suas possibilidades. Beneficiado pela derrota tricolor diante dos alvinegros no dia seguinte e pelo empate rubro diante do Madura, o Gigante assume uma liderança que jamais perderia até o ápice desta narrativa.

Vasco 3x1 Olaria (RJ)
Sábado, 22 de agosto de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Arnaldo César Coelho
Gols: Fidélis 16/1ºT (VAS); Gílson Nunes 9/2ºT (VAS), Humberto 24/2ºT (OLA) e Valfrido 34/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir (Clóvis), Renê, Eberval; Alcir, Buglê; Jaílson, Valfrido, Silva e Gílson Nunes (Ademir). Técnico: Tim.
Olaria: Pedro Paulo, Mura, Miguel, Altivo, Alfinete, Fernando, Gessê (Valinhos), Williams, Humberto, Pinho e Torino.
Obs: Na preliminar jogaram Flamengo e Campo Grande.

Três semanas depois, mais uma vez o Almirante tinha o Urubu pela frente. Ainda acreditando em um milagre o Rubro-negro endurece o jogo. A chuva forte deixa o gramado alagado. E Valfrido, que por sua estatura fôra apelidado de “Espanador da Lua”, se aproveita de uma poça e faz o tento solitário do confronto. O Vasco estava mesmo disposto a passar o Flamengo para o fim da fila naquela temporada.

Vasco 1x0 Flamengo (RJ)
Domingo, 30 de agosto de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Carlos Costa
Expulsões: Nei Oliveira 8/2ºT (FLA) e Renê 27/2ºT (VAS).
Gol: Valfrido 17/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Eberval; Alcir, Buglê; Jaílson, Valfrido, Silva e Gílson Nunes (Ademir). Técnico: Tim.
Flamengo: Sidnei, Murilo, Washington, Reyes, Paulo Henrique (Tinteiro); Liminha, Zanata; Ademir, Nei Oliveira, Adãozinho (Dario) e Caldeira. Técnico: Iustrich.
Obs: Na preliminar jogaram América e Campo Grande.

Incrivelmente tendo que atuar em uma preliminar de Fla-Flu, o Vasco encara o Madureira que é muito incentivado pelos rivais. No segundo tempo, quando era maior o apoio dos torcedores inimigos, Silva e Alcir calam a boca da galera. A torcida depois seria pelo tropeço tricolor que não veio. Muito pelo contrário: com a vitória do time das Laranjeiras, o Urubu se despedia do campeonato.

Vasco 2x0 Madureira (RJ)
Domingo, 6 de setembro de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: José Aldo Pereira
Gols: Silva 10/2ºT (VAS) e Alcir 35/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Clóvis, Eberval; Alcir, Buglê; Jaílson, Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Madureira: Paulo Roberto, Leléu, Silva, Ivan, Edmar; Pitico (Lourival), Teles; Cléber, Luís Carlos (Alcino), Osni e Diogo.
Obs: Jogado na preliminar de Flamengo e Fluminense.

A quatro jogos do fim, o Gigante da Colina, apesar da desconfiança alheia, já se mostrava como o maior candidato ao título. Um dia antes da partida contra o Campo Grande, a derrota alvinegra para o fraco Tricolor Suburbano e um outro deslize do Flu traria mais certeza desse pensamento aos vascaínos. O empate diante do irritante Olaria deixaria os tricolores a dois pontos do líder caso uma nova vitória do Vasco acontecesse. Jogando novamente na preliminar de uma rodada dupla no Maracanã, os cruzmaltinos têm uma noite de dupla felicidade: inicialmente, veem o belo triunfo – a primeira goleada de fato na competição – sobre o Campusca (4x0). Logo após, testemunham o inacreditável baile do eliminado Rubro-negro que sapeca o mesmo placar do jogo anterior no forte América, que se distanciava ainda mais do topo da tabela.

Vasco 4x0 Campo Grande (RJ)
Quinta-feira, 10 de setembro de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: José Mário Vinhas
Gols: Silva 28/1ºT (VAS); Valfrido 6/2ºT (VAS), Luís Carlos 10/2ºT (VAS) e Ademir 25/2ºT (VAS).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Eberval; Alcir, Buglê (Ademir); Jaílson (Luís Carlos), Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Campo Grande: Sanchez, Vicente, Valdez, Geneci, Almir; Ademir, Adílson (Gil); Zezinho, Alves, Clair (Edinho) e Nodir.
Obs: Jogado na preliminar de Flamengo e América.

Distante dois pontos do Flu e três do América, na véspera da antepenúltima jornada, o Almirante teria pela frente o Clássico da Paz mais importante de várias décadas. A vitória tricolor sobre o Campo Grande um dia antes deixava o clima bem tenso. Uma derrota americana se constituiría em um bye-bye antecipado. Se do lado vascaíno ocorresse, seria uma escorregada na hora crucial. Silva abre o placar. Mas ninguém esperava o que viria a seguir: Renê tenta atrasar uma bola quase do meio campo e faz um gol contra lindo. Que coisa, Vasco! Porém na etapa final, Gilson Nunes de falta e, de novo, Silva, colocam o Gigante em vantagem. O Diabo ainda desconta, mas morre mais uma vez na praia. “Ai, ai, ai-ai, está chegando a hora...”

Vasco 3x2 América (RJ)
Domingo, 13 de setembro de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Arnaldo César Coelho
Gols: Silva 8/1ºT (VAS) e Renê (c) 17/1ºT (AME); Gílson Nunes 10/2ºT (VAS), Silva 35/2ºT (VAS) e Salvador 40/2ºT (AME).
Vasco: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Eberval; Alcir, Buglê (Ademir); Luís Carlos, Valfrido (Kosilek), Silva e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
América: Helinho, Paulo César, Tião, Aldeci, Zé Carlos; Badeco, Jorge Cuíca (Renato); Tarciso, Antunes, Tadeu e Salvador. Técnico: Óto Glória
Obs: Na preliminar jogaram Olaria e Madureira.

O tão almejado título poderia sair na rodada seguinte. Vindo de um elenco desacreditado, isso seria inesperado. Mas três times ainda pensavam em conquistar o troféu: Vasco, Flu e Bota. O primeiro com dois pontos de vantagem sobre o Fluminense, que estava à mesma distância do Botafogo. O Alvinegro torceria por uma derrota tricolor na penúltima rodada diante do América e teria de fazer sua parte vencendo o Almirante. Na derradeira rodada, ficaria na torcida por uma derrota do Vasco diante do Tricolor e caso ganhasse dos americanos, haveria um tríplice empate.

Mas nada disso ocorreu. Logo no confronto que abriu a jornada, a igualdade sem gols entre as equipes de Campos Sales e das Laranjeiras colocava ponto final às aspirações botafoguenses. O caminho estava aberto para o Gigante da Colina que teria diante de si um Glorioso um tanto desmotivado. Uma decisão para um só time. Mas seria mesmo assim?

A COMEMORAÇÃO

A massa vascaína ocupou mais de 70% do anel superior das arquibancadas. A festa foi linda com muitos balões coloridos e com uma alegria que há muito não se via no Maracanã. Os tricolores fizeram as honras e botaram a faixa no peito dos novos campeões. Personalidades, dirigentes, torcedores ilustres e muitas crianças fizeram do gramado do maior do mundo um animado salão de festas. O orgulho em ser Vasco e a sensação gostosa de novamente poder soltar o grito da garganta eram indescritíveis. Todo o elenco se fez presente. Foi um domingo inesquecível! (Não deu nem pra se aborrecer com a derrota em campo.)

Vasco 0x2 Fluminense (RJ)
Domingo, 20 de setembro de 1970
Local: Maracanã
Árbitro: Armando Marques
Expulsões: Renê (VAS) e Didi (FLU) no 2º tempo
Gols: Marco Antônio 24/2ºT (FLU) e Mickey 37/2ºT (FLU).
Vasco: Élcio, Fidélis, Moacir, Renê, Eberval (Ademir); Alcir, Buglê; Ferreira, Valfrido, Silva (Kosilek) e Gílson Nunes. Técnico: Tim.
Fluminense: Félix, Oliveira, Paulo Lumumba, Assis, Marco Antônio (Silveira); Denílson, Didi; Cafuringa, Mickey, Jair (Cláudio Garcia) e Lula. Técnico: Paulo Amaral.
Obs: Na preliminar jogaram Olaria e Campo Grande.

ÁUDIOS

Narração do Gol: Vasco 1x0 Flamengo (09/08/1970) - Silva

Narração do Gol: Vasco 1x0 Flamengo (30/08/1970) - Valfrido

Gols narrados por Wagner Luiz, da Rádio Continental.

ARTILHARIA




ELENCO




Ademir
Ademir
Alcir
Alcir
Andrada
Andrada
Batista
Batista
Benetti
Benetti
Buglê
Buglê
Clovis
Clovis
Eberval
Eberval
Élcio
Élcio
Ferreira
Ferreira
Fidélis
Fidélis
Gilson Nunes
Gilson Nunes
Jailson
Jailson
Joel Santana
Joel Santana
Kosilec
Kosilec
Luis Carlos
Luis Carlos
Moacir
Moacir
Renê
Renê
Silva
Silva
Valfrido
Valfrido
Willy
Willy


O TÉCNICO

O craque TimElba de Pádua Lima, ou tão somente Tim, foi um craque. Nasceu em Rifânia, interior de São Paulo em 20 de fevereiro de 1915. Começou atuando no Botafogo de Ribeirão Preto, quando foi transferido para a Portuguesa santista. Aos 22 anos chegava ao Tricolor das Laranjeiras onde passaria longos e vitoriosos anos na equipe carioca. Foi tricampeão em 36/37/38 e logo após faturou um bi em 40/41. Foi nesse período que jogou pela seleção brasileira. Sua maior virtude eram os dribles rápidos. Era um exímio bailarino dos gramados. Certa vez foi aplaudido por suas jogadas em plena 'Bombonera'. Lá recebeu o apelido de 'El Peón' da imprensa argentina. Depois de atuar pelo São Paulo Railway (atual Nacional-SP) e retornar ao seu time de origem, ainda teve uma breve passagem pelo Olaria e pelo Atlético Júnior da Colômbia.

Iniciou como técnico nos juvenis do Bangu. Depois foi para Curitiba, onde treinou o Ferroviário local. Seu destino a seguir foi o Guarani de Campinas, voltando ao Rio de Janeiro para assumir o comando, primeiro do Fluminense, depois do Flamengo. Foi contratado pelo San Lorenzo onde teve brilhante experiência. Antes de triunfar pelo Almirante, foi campeão carioca defendendo o Flu em 1964 e argentino em 1968.

Seu grande mestre na função de treinador foi Ondino Viera com quem conviveu no time de Moça Bonita. Famoso por usar os botões para orientar seus times, o estrategista Elba de Pádua Lima ganhou o apelido de 'Raposa'. Em sua estadia no Gigante da Colina destacou como segredo para o sucesso obtido a implantação no clube de São Januário do que chamava de um “colegiado” de profissionais do futebol que para ele seria um caminho sem volta. Mais uma grande sacada do mestre Tim.

Faleceu no dia 7 de julho de 1984, aos 69 anos de idade.

A TORCEDORA-SÍMBOLO

A Torcedora-Símbolo Dulce RosalinaDulce Rosalina nasceu no dia 7 de março de 1934. Curiosamente, foi neste mesmo dia em 1944 que a Torcida Organizada do Vasco (TOV) foi fundada oficialmente, pois de modo informal já existia desde 1942. Filha de português com brasileira, aos dois anos já era sócia do clube. Fazendo parte de uma segunda geração de torcedores da TOV, Dulce foi a primeira mulher a assumir a presidência de uma torcida organizada em 1956, aos 22 anos, quando João de Lucca, presidente desde a fundação, teve de se afastar por problemas de saúde.

Por sua assiduidade aos estádios, Dulce recebeu em 1960 da Revista do Esporte o título de Torcedora Nº. 1 do Brasil, desbancando tradicionais torcedores como Jayme de Almeida (do Flamengo) e Tarzan (do Botafogo). Criativa, foi ela quem implantou ideias pioneiras nos estádios como a chuva de papel picado, a utilização de instrumentos de percussão e a promoção de concursos de torcidas.

Casada com o ex-jogador de futebol Ponce de Leon, com quem teve um filho – o “Poncinho” – em 26 de março de 1977, depois de divergências políticas internas, ela deixa a TOV e funda a Renovascão, onde permaneceria até o fim de sua vida.

Além de se fazer presente nos campos de futebol em todo o Brasil, Dulce apoiava os esportes amadores do Vasco, sendo logo “imitada” por torcedores rivais. Em fins de 1968, quando a TOV realizava uma caravana para São Paulo, um grave acidente automobilístico – um dos 30 ônibus que levavam os torcedores vascaínos à capital paulista desabou 50 metros ribanceira abaixo – deixou marcas que jamais seriam apagadas da bela torcedora. Braço e clavícula fraturados, mais um afundamento de crânio ocasionaram seu afastamento dos estádios por quase dois anos. De cama, jamais deixou de acompanhar sua grande paixão pela tv e rádio. Dulce não quis fazer cirurgia plástica. Disse que as cicatrizes eram provas de sua dedicação ao Vasco. Em outra oportunidade, ao longo dos anos 90, teve de se separar de novo dos estádios por apresentar um problema nos olhos.

Recuperada do acidente, foi em 1970 que ele começava a retornar às arquibancadas para ver os jogos de perto. Depois da caminhada que culminou no título, Dulce já não era a mesma torcedora de outrora. Era uma pessoa bem mais feliz. O “seu” Vasco agora era novamente campeão!

Faleceu no dia 19 de janeiro de 2004, aos 69 anos de idade.

TESTEMUNHA OCULAR DA HISTÓRIA

Entrevista com Mauro Prais, criador do primeiro site do Club de Regatas Vasco da Gama:

Como foi sua experiência com aquela conquista de 70?

Tenho muitas lembranças vívidas daquela campanha. Eu tinha de 13 para 14 anos e pela primeira vez tinha a permissão para ir a estádios na companhia de amigos, sem meu pai ou um outro adulto. Hoje em dia isso seria uma temeridade. O meu interesse por futebol e pelo Vasco, que já era grande há vários anos, se intensificou com a conquista da Copa no México. Antes e durante o Campeonato Carioca se falava muito em quem seria o campeão do ano do tri, e foi motivo de orgulho que tenha sido o Vasco, mesmo sem ter cedido nenhum jogador para a Seleção tricampeã mundial.

Quais eram suas expectativas?

Minhas expectativas eram mínimas no início e foram crescendo na medida em que o Vasco foi vencendo os jogos e assumindo a liderança. Honestamente, antes do campeonato começar, não havia motivos para a torcida estar otimista. A campanha na Taça Guanabara tinha sido medíocre e obviamente o time tinha debilidades na defesa e principalmente no ataque. Mas o Tim era um técnico muito sagaz, foi mudando algumas peças, fazendo ajustes e, já com o campeonato em andamento, conseguiu dar conjunto a uma equipe que, embora fosse tecnicamente limitada, era unida, motivada e soube honrar a camisa. Alias, o Tim foi o técnico que eu vi que melhor sabia mexer no time durante o jogo.

Qual era a atmosfera que era sentida por vc?

Havia um certo descrédito geral em relação às chances do Vasco, mesmo quando o time alcançou a liderança, e mesmo depois dos primeiros jogos do returno quem não era vascaíno parecia achar que era uma questão de tempo o Vasco cair na tabela, pois ainda faltavam os quatro clássicos, o primeiro deles contra o Flamengo. Depois da vitória épica nesse confronto, num dia de muita chuva em que o Valfrido fez o famoso gol da poça d’água, é que se criou uma atmosfera de confiança no título por parte dos torcedores vascaínos. Mas para as torcidas adversárias e meios de comunicação, acho que a ficha só caiu quando só faltavam três rodadas, com o Vasco firme na liderança e Fluminense e América ainda com alguma chance.

O que achava dos atletas?

A força da equipe era a parte coletiva, muito bem comandada pelo Tim e se sentia que havia uma organização bem montada e uma comissão técnica competente. Os atletas eram unidos e esforçados como poucas vezes se havia visto nos últimos anos. O time possuía uma espinha dorsal bastante razoável, onde se destacavam tecnicamente o maravilhoso goleiro Andrada e o talentoso e experiente atacante Silva. O “Batuta” estava numa forma exuberante, se movimentando, abrindo espaços, recuando para armar e penetrando para concluir jogadas. Os laterais Fidélis e Eberval e o meio-campo formado por Alcir e Buglê, que era o capitão do time, fizeram um ótimo campeonato, jamais deixando a desejar no desempenho das suas funções. O ponto de desconfiança era o zagueiro Renê, que era imprevisível, capaz de fazer tanto jogadas excelentes como gols contra bisonhos. Mas todos jogavam com muita raça e dava gosto ver o esforço dos pontas Luís Carlos e Gílson Nunes, incansáveis, recuando para ajudar o meio-campo quando o Vasco não tinha a posse de bola e avançando quando o Vasco partia para o ataque, a raça do Valfrido, que superava uma certa falta de intimidade com a bola com muito espírito de luta e faro de gol, e a autoridade com que se impunham os zagueiros Moacir e o próprio Renê, verdadeiros xerifes na área. Durante o campeonato estreou o Ademir (aquele que fez o primeiro gol na final do Campeonato Brasileiro de 1974), que era um meia armador canhoto, mas entrava no decorrer das partidas na ponta esquerda, fazendo aquele falso ponta do 4-3-3 que era marca registrada do esquema tático do Zagalo que tanto sucesso fez na Copa de 1970 e anteriormente no Botafogo.

Como viu o decorrer do campeonato?

O Vasco começando desacreditado, sempre correndo por fora, enquanto que os favoritos Botafogo e Fluminense tropeçavam aqui e ali e o América, sempre perigoso, largava na frente e morria na praia como sempre. No turno o Vasco empatou com os dois favoritos e perdeu para o América, mas uma vitória sobre o Flamengo na penúltima rodada, com um gol do Silva no finalzinho, manteve o time no páreo. A partir daquele jogo, o time emplacou uma sequência de vitórias, assumiu a liderança, e no returno embalou de vez quando ganhou do Flamengo novamente. Só foi perder na última rodada quando já tinha o título assegurado e tudo era festa.

Se fez presente nos jogos?

Estive presente em mais da metade dos jogos, inclusive um contra a Portuguesa na Ilha e um contra o Olaria que foi disputado em Teixeira de Castro, estádio do Bonsucesso, e não na rua Bariri como seria de se esperar. Nesses o meu pai não foi. Fui com amigos, de ônibus. O Vasco disputou apenas dois jogos em São Januário, um na estreia contra o Bonsucesso e outro numa quarta à noite, se não me engano contra o São Cristóvão, e não fomos a nenhum dos dois. Quase todos os outros jogos foram no Maracanã, onde íamos a pé. Os clássicos, fomos a todos menos um, justamente o do gol da poça d’água, contra o Flamengo, não que o temporal nos desencorajasse, mas por motivo de saúde, uma pequena cirurgia para remover uma inflamação no dedo indicador, que me impediu de comparecer às duas primeiras rodadas do returno, o primeiro jogo contra o Olaria no Maracanã o segundo essa vitória sobre o Flamengo. Vários jogos da campanha foram muito marcantes. Até mesmo a derrota para o América no turno, por causa do gol fantástico marcado pelo Silva, partindo de antes da linha de meio de campo e driblando mais de meio time do América, sendo a seguir aplaudido pela torcida do Vasco toda de pé, uma ovação como se ele fosse um virtuose que tivesse executado um concerto de música clássica. O Vasco acabou perdendo por 3 a 1, mas aquele golaço ficou na memória. A primeira vez na minha vida que eu compareci a um estádio que não fosse o Maracanã ou São Januário foi a vitória sobre o Olaria em Teixeira de Castro, no turno, que foi suadíssima, tanto no sentido figurado como no sentido literal, pois a arquibancada estava apinhada, numa tarde de sábado, e fazia um calor dos diabos. Foi um sofrimento, o Olaria armou uma retranca terrível e o Vasco não jogava bem, mas no segundo tempo veio o golzinho salvador do Alcir. Me lembro de um empate terrível contra o Campo Grande, onde eu fui de geral na companhia de amigos e ficamos os 90 minutos atrás do gol defendido pelo goleiro do Campo Grande, chamado Sanchez, que fez defesas impossíveis e segurou o 0 a 0. Já na reta final, os jogos contra Madureira e Campo Grande foram preliminares de um Fla-Flu e Flamengo x América respectivamente, e claro que as torcidas adversárias torciam contra, para o Vasco perder a liderança que tinha naquela altura. Lembro-me de permanecermos naquele Fla-Flu para torcer pelo Fla, já que o Flu era nosso concorrente direto e o Fla já estava fora do páreo, mas não adiantou. Mas foi uma boa lição: torcer para eles não compensa nunca. A vitória contra o América na antepenúltima rodada foi para mim tão emocionante quanto a vitória sobre o Botafogo na rodada seguinte, que garantiu o título antecipado. Essa foi emocionante pela iminência do título e pela euforia depois do jogo. Mas contra o América, que ainda lutava por uma pequena chance de chegar ao título e havia sido o único adversário a derrotar o Vasco até aquela altura, havia a sensação de que era o jogo chave, que colocaria o Vasco com a mão na taça. E o Vasco jogou muito, teve a sua melhor atuação em todo o campeonato, em que pese um gol contra de placa do Renê – se é que um gol contra pode ser de placa -, que foi querer atrasar do meio do campo para o Andrada, que estava na linha da grande área, e acabou encobrindo o espantado goleiro, que ainda deu inutilmente uma corrida de volta para o gol . O murmúrio de desespero nas arquibancadas foi indescritível. E finalmente, a festa da entrega das faixas no último jogo foi linda, com o Maracanã tomado pela torcida do Vasco, que ia até quase atrás do gol do lado da torcida do Flu. Havia feixes de bolas de gás em toda parte, colorindo o estádio, e foram soltas simultaneamente quando o time entrou em campo sob a ovação da torcida.

Sentiu aquela conquista como um "cala-boca" aos adversários?

Um pouco, talvez, porque o título colocava um fim naquela história de jejum, mas sinceramente o sentimento predominante era a alegria de ver pela primeira vez o Vasco conquistar o campeonato carioca. Porque no de 1958, que foi decidido em janeiro de 1959, eu já era nascido, mas não tinha feito dois anos ainda.

Mas eu fiquei com a sensação de ter dado um "cala-boca" nos meus colegas de escola não-vascaínos quando o Vasco venceu o Flamengo no turno. Naquela época a Loteria Esportiva era uma novidade, tinha começado logo antes da Copa, e na minha turma da escola a gente fazia um concurso interno, com cada um apostando um trocado do dinheiro da merenda e aquele que fizesse mais pontos ganhava a bolada. Naquela semana eu fui o ganhador por ter sido o único que tinha cravado a vitória do Vasco sobre o Flamengo. Foi o pontinho que fez a diferença.

Havia mesmo um peso desse jejum de Carioca ou a conquista da Taça GB em 65 e do Rio-SP em 66 já haviam amenizado essa estória?

Havia um peso sim. Havia a gozação dos torcedores adversários por cause desse jejum, que era mencionado pela imprensa todo ano, e piorou quando o Vasco esteve na bica para vencer em 1968 mas perdeu para o Botafogo na última rodada. O Vasco nunca tinha ficado tanto tempo sem ser campeão carioca antes, ao contrario dos outros, que já tinham passado 11 anos no mínimo sem título – o Botafogo muito mais até. O Vasco tinha ficado no máximo 8 anos, de 1936 a 45. E o campeonato de 1970 era crítico nessa estatística, pois se o Vasco não ganhasse em 1970 completaria 12 anos, ultrapassando Fla e Flu.

Na conquista da primeira Taça GB, em 1965, eu senti a emoção de pela primeira vez gritar "é campeão" na saída do estádio. A Taça GB era glamurosa e especialmente a primeira competição foi muito valorizada, mas o significado que tinha um Campeonato Carioca era muito maior que hoje. Qualquer torcedor preferia ser campeão carioca que ganhar um Rio-São Paulo, Taça Brasil ou até uma Libertadores, quanto mais uma Taça GB. Então aquela conquista de 1965 não havia amenizado nem um pouco a ansiedade da espera por um título do Carioca.

GALERIA

Vasco 2x1 

Bonsuça - O início da campanha histórica
Vasco 2x1 Bonsuça - O início da campanha histórica
Jaílson comemora seu 

gol contra o Bangu
Jaílson comemora seu gol contra o Bangu
Silva enterra de vez o Urubu
Silva enterra de vez o Urubu
Silva mata o Urubu - outro 

ângulo
Silva mata o Urubu - outro ângulo
Fidélis e 

Paulo Henrique - Vasco 1x0 Urubu no returno
Fidélis e Paulo Henrique - Vasco 1x0 Urubu no returno
Silva abre o 

placar contra o Madura no returno
Silva abre o placar contra o Madura no returno
Alcir coloca números finais na partida contra o Tricolor Suburbano
Alcir coloca números finais na partida contra o Tricolor Suburbano
Um flash antes da vitória sobre o Madureira, a taça estava perto
Um flash antes da vitória sobre o Madureira, a taça estava perto
Time posa antes 

do decisivo Vasco 3x2 América
Time posa antes do decisivo Vasco 3x2 América
Buglê em ação na 

derrota para o América
Buglê em ação na derrota para o América
Capa da revista Placar Nº 26
Capa da revista Placar Nº 26
O 

canhoto Gilson Nunes em ação antes de abrir a contagem
O canhoto Gilson Nunes em ação antes de abrir a contagem
Ubirajara 

observa a disputa entre Valfrido e Moisés
Ubirajara observa a disputa entre Valfrido e Moisés
Valfrido parte com a bola dominada pra cima do Alvinegro
Valfrido parte com a bola dominada pra cima do Alvinegro
A bola está no fundo da rede - Ubirajara nem viu a bomba de Gilson Nunes passar
A bola está no fundo da rede - Ubirajara nem viu a bomba de Gilson Nunes passar
Valfrido faz o segundo na noite inesquecível de 17 de setembro de 1970
Valfrido faz o segundo na noite inesquecível de 17 de setembro de 1970
O 

tiro de Valfrido desvia em Moisés e tira o goleiro do lance
O tiro de Valfrido desvia em Moisés e tira o goleiro do lance
Silva barra o goleiro Ubirajara e a reação alvinegra
Silva barra o goleiro Ubirajara e a reação alvinegra
Gilson Nunes chora 

aliviado, depois...
Gilson Nunes chora aliviado, depois...
Não esconde seu contentamento
Não esconde seu contentamento
Alcir nos braços do povo
Alcir nos braços do povo
Silva é carregado por 

torcedores
Silva é carregado por torcedores
Tim é saudado pela vitória
Tim é saudado pela vitória
Valfrido parece não 

acreditar na conquista
Valfrido parece não acreditar na conquista
O ritual de Santana em dois 

tempos
O ritual de Santana em dois tempos
O ritual de Santana em dois 

tempos
O ritual de Santana em dois tempos
Elba 

de Pádua Lima - o Tim - foi um grande estrategista
Elba de Pádua Lima - o Tim - foi um grande estrategista
Gilson Nunes lidera a 

volta olímpica
Gilson Nunes lidera a volta olímpica
O diretor de 

futebol João Silva e Dulce Rosalina
O diretor de futebol João Silva e Dulce Rosalina
A emoção 

está estampada no semblante dos personagens
A emoção está estampada no semblante dos personagens
Chacrinha, de óculos, também esteve presente na festa da conquista
Chacrinha, de óculos, também esteve presente na festa da conquista
Pai Santana é 

carregado na infindável noite de 70
Pai Santana é carregado na infindável noite de 70
Capa do 

Jornal do Brasil de 18 de setembro de 1970
Capa do Jornal do Brasil de 18 de setembro de 1970
Capa da revista Placar Nº 28
Capa da revista Placar Nº 28
Silva delira
Silva delira
A união 

Brasil-Portugal
A união Brasil-Portugal
A união 

Brasil-Portugal
A união Brasil-Portugal
A 

galera vascaína foi um espetáculo à parte no jogo da festa
A galera vascaína foi um espetáculo à parte no jogo da festa
Tim recebe o sinal de positivo sob o olhar do sorridente Alcir
Tim recebe o sinal de positivo sob o olhar do sorridente Alcir
Renê recebe a faixa da 

musa vascaína
Renê recebe a faixa da musa vascaína
A torcedora símbolo também participa da homenagem aos campeões
A torcedora símbolo também participa da homenagem aos campeões
O campeão com a faixa no peito
O campeão com a faixa no peito
Silva, sem faixa, cumprimenta os reservas Kosilec, Clóvis, Benetti, Ademir e o goleiro Valdir
Silva, sem faixa, cumprimenta os reservas Kosilec, Clóvis, Benetti, Ademir e o goleiro Valdir
Buglê levanta a taça
Buglê levanta a taça
O 

capitão tricolor Denilson presenteia Buglê com flores
O capitão tricolor Denilson presenteia Buglê com flores
Silva faz jogada de efeito no jogo das faixas
Silva faz jogada de efeito no jogo das faixas
Vasco em noite de gala no Palácio Guanabara
Vasco em noite de gala no Palácio Guanabara
Havelange parabeniza o batuta Silva
Havelange parabeniza o batuta Silva
Capa da revista Super Vasco Nº 1
Capa da revista Super Vasco Nº 1
Folheto em homenagem ao título no ano do tri
Folheto em homenagem ao título no ano do tri
Buglê, o capitão da memorável conquista
Buglê, o capitão da memorável conquista
Foto Oficial *
Foto Oficial *
O Presidente Agathyrno
O Presidente Agathyrno

(*) Na foto oficial: Orlando Peçanha, João Silva, Agathyrno, Humberto Torgado e José Bonetti. Ivo, Aniceto, Cosme, Jorginho, Helinho, Dr. Nicolau Simão, Dr. Lakir Aguiar (dentista), Prado, Kleber Camerino, Raul Carlesso, Hélio Vigio, Santana e Tim. Joel, Ademir, Eberval, Fidélis, Renê, Moacir, Gilson Nunes, Benetti, Buglê, Alcir, Valdir, Luis Carlos e Silva. Celso, Élcio, Clóvis, Kosilek, Tião, Rossi, Ferreira, Batista, Jaílson, Willi, Valfrido e Andrada.

CRÉDITOS

Pesquisa, Texto, Tabelas e Fichas: Alexandre Mesquita
Revisão e Formatação: NETVASCO
Fotos: Placar, Acervo JB, Revista Grandes Clubes Brasileiros
Áudios: Rádio Continental/gravação Mauro Prais