PPV 2010 – A participação de cada clube na receita
No final do semestre passado os institutos Datafolha e IBOPE finalizaram as pesquisas sobre os clubes de preferência entre os compradores do futebol nos canais PPV.
Como de hábito e já sabe o leitor deste OCE, os clubes da Série A recebem sua participação sobre os valores dessa modalidade de acordo com a média percentual entre as duas pesquisas.
Veremos em sequência três tabelas. As duas primeiras com os números levantados por cada um dos institutos e a terceira trazendo a média das duas pesquisas. É esse percentual que vai definir o quanto cada um dos clubes receberá sobre o total de vendas do PPV no decorrer do segundo semestre desse ano e primeiro semestre de 2011.
De maneira geral, podemos dizer que as alterações no ranking de participação e nos percentuais de compra, foram ditados pelo comportamento das equipes em campo.
O título brasileiro motivou a torcida rubronegra a aumentar suas compras, enquanto a corintiana manteve a evolução e alavancou ainda mais a mordida do Corinthians na verba do PPV – um bom time, com as presenças de Ronaldo e Roberto Carlos, e mais a expectativa pelo centenário do clube são as causas mais evidentes desse crescimento. A participação do São Paulo cresceu consideravelmente, apesar do ano de 2009 não ter sido dos mais brilhantes para o tricolor paulista, num resultado que chegou a surpreender. Nada surpreendente foi a redução das compras palmeirenses depois da campanha frustrada no BR 2009. Cruzeiro e Vasco cresceram; o primeiro em função de boas e consistentes performances, e o segundo pelo retorno à Série A. Curiosamente, Grêmio e Internacional tiveram fortes quedas percentuais, ao lado de Fluminense e Botafogo. Todavia, podemos esperar novo crescimento da participação colorada em função da campanha desse ano. A próxima tabela mostra essas variações:
O torcedor sempre imagina que seus companheiros de torcida são fieis ao clube, independentemente da performance da equipe. Mesmo com os números de bilheteria desmentindo essa crença, ela sobrevive e muitos imaginam que a flutuação na freqüência aos estádios não é verdadeira quando se fala nos torcedores associados aos clubes e nos compradores de PPV. Novamente, duas crenças sem fundamento na realidade. A inadimplência nos programas de sócios-torcedores, que normalmente já é elevada, aumenta conforme a performance no gramado diminui e volta aumentar, naturalmente, quando o time reage. No caso do PPV, onde a maior parte das compras são concentradas na virada de ano, pela renovação, ou no início da temporada, os efeitos de uma campanha ruim num ano são mais persistentes e vão acompanhar o clube pela próxima temporada inteira, mesmo que ele cresça em campo e conquiste resultados significativos.
A paixão é forte, mas não é cega.
Que os dirigentes pensem a respeito.
Fonte: Blog Olhar Crônico Esportivo - GloboEsporte.com