Ramon está ansioso para voltar aos campos. O jogador, que se recuperou de uma lesão na coxa, tem grande chance de atuar contra o Avaí, nesta quinta-feira. Contudo, o atleta tenta segurar sua empolgação para não queimar etapas e acabar não só se prejudicando, mas também ao time.
- Por mim, voltaria quinta e jogaria os noventa minutos. Do jeito que sou fominha, queria jogar logo. Mas cabe à comissão saber se eu estou bem para isso. Eles têm que avaliar se eu tenho condição de jogar bem, em um bom nível. Tenho que controlar a ansiedade para não correr o risco de prejudicar um trabalho que foi feito – disse, sem saber que a comissão técnica já o tinha liberado para atuar.
Mais do que voltar, o jogador quer voltar bem. Ou seja, quer estar pelo menos perto do nível que o torcedor cruzmaltino se acostumou a ver em campo.
- Isso pesa. O Vasco vem numa batida muito intensa. Eu vejo o Fágner na velocidade que ele está. Se eu voltar, eu quero voltar pelo menos no ritmo dele. Tenho que estar bem. Não receio ter uma nova lesão, mas receio não ter mais aquele ritmo que tinha.
Falta de pré-temporada prejudica
Apesar de garantir que não tem medo de se lesionar novamente, a verdade é que a “bruxa” tem rondado Ramon. Neste ano, o jogador sofreu três lesões, o que o tem impedido de ter uma boa sequência em campo. Na avaliação do Vasco, o imbróglio que envolveu o lateral no início do ano é responsável direto por isso.
Depois de se destacar na Série B, Ramon teve que regressar ao Inter, clube detentor de seus direitos econômicos. O Vasco tentou segurar o atleta, sem êxito. Contudo, o então técnico colorado, Jorge Fossatti, encostou o lateral, que passou a treinar separado do elenco. O Gigante da Colina voltou a correr atrás do jogador e conseguiu traze-lo de volta. Porém, nesse tempo, Ramon perdeu boa parte da pré-temporada, o que o deixa mais suscetível a lesões.
- A gente já teve várias reuniões internas para conversar sobre esse assunto (lesões consecutivas). Um jogador que não faz uma boa pré-temporada está mais sujeito a ter lesões. Eu fiquei parado da Série B até março. Treinei uma semana para voltar na batida da Copa do Brasil. Para mim, foi muito difícil, já que quase nunca me machucava e não estava acostumado a ficar parado.
O jogador conta que ficou muito triste por não poder entrar em campo. Mas também relata que contou com o apoio de muitas pessoas que o ajudaram a superar os piores momentos.
- Quando eu me lesionava, ficava em baixa. Mas eles (a comissão técnica) me ampararam e me deram muita ajuda. Eu nunca tinha lesão muscular. Para mim, foi estranho. Quando eu voltei a correr no campo, as pessoas me perguntavam quando eu voltaria. Isso me ajudou. Esse carinho das pessoas foi muito importante. O PC também foi muito legal. Ele foi meu amigo.
Ramon e o torcedor vascaíno esperam que o período de lesões tenha ficado para trás. Nesta quinta-feira, o jogador irá reencontrar a torcida na partida contra o Avaí, em São Januário. O jogo tem início às 21h (horário de Brasília).
Fonte: GloboEsporte.com